Luís Martins, investigador da UTAD em comunicação em Freixo de Espada à Cinta |
A necessidade de requalificar o Freixo surgiu quando o município quis ver classificada a árvore como Planta Monumental Nacional mas se deparou com a eminência de a árvore morrer, e dessa forma a classificação não pode ser concluída, no entanto o técnico do município responsável pela classificação da árvore, Jorge Duarte, tem esperança que “dentro de pouco tempo a classificação esteja concluída”.
O Freixo mais antigo do país necessitou que especialistas cuidassem dele, de forma a não deixar que uma árvore com tanta história se perdesse.
Freixo com 500 anos |
Para além disso os técnicos tiveram de construir uma estrutura dentro do tronco do Freixo, tornando-o mais forte, já que o interior do tronco está podre, e nas suas ramagens dando novamente estabilidade à velhinha árvore, e evitando que esta se parta ao meio.
Para Luís Martins, investigador da UTAD, o próximo passo é proibir o estacionamento junto ao Freixo, “pois o peso dos veículos faz com que a calçada vá abatendo, o que está a danificar as raízes do Freixo”. Luís Martins teme ainda que a longo prazo, a escultura que agora se encontra ao redor do tronco do Freixo, asfixie a árvore e não a deixe revigorar-se.
O município de Freixo comprometeu-se em tomar medidas relativamente ao estacionamento, pois esta “árvore é a identidade do nosso povo, e de tudo vamos fazer para que se mantenha viva”, disse a presidente da autarquia, Maria do Céu Quintas.
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O Freixo, que segundo muitos deu o nome à vila manuelina, vai continuar a ser alvo de estudo e de intervenção, para garantir que volta a ser saudável, sendo que atualmente já se verifica que a árvore está a revigorar a bom ritmo.
O debate, que decorreu no sábado passado, foi moderado por Fernando Alves, jornalista da TSF, que recentemente escreveu uma crónica sobre o Freixo, e contou com a presença dos investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Universidade do Algarve, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, do Jornalista do JN Eduardo Pinto, e do técnico do município Jorge Duarte, numa mesa redonda de troca de ideias e esclarecimentos sobre o Freixo Duarte d’Armas.
Sara Alves