O concelho integra grande parte do seu território na área classificada pela Unesco como Património da Humanidade, enquanto Paisagem Cultural Evolutiva e Viva, onde se implantam alguns miradouros capazes de oferecerem ao visitante as deslumbrantes paisagens construídas da região vinhateira do Douro.
Desenvolvendo-se num interfluvial, o território do concelho de Carrazeda de Ansiães distribui-se pelo vales dos rios Tua e Douro e pelo planalto carrazedense, onde o turista tem a oportunidade de fruir uma grande variedade de paisagens naturais e culturais.
Polarizado pela área concelhia existe actualmente uma grande quantidade de monumentos arqueológicos e estruturas museológicas de grande qualidade, e como tal susceptíveis de captarem a atenção de um segmento de visitantes do designado turismo cultural.
A Vila Amuralhada de Ansiães, mais frequentemente conhecida pelo designativo de “Castelo de Ansiães”, continua a ser um ponto de visita incontornável para quem passar por esta região, fornecendo ao turista uma verdadeira incursão pela época medieval. Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o local revela-se actualmente como um espaço bem preservado e modernizado, surgindo equipado com sinalética que incorpora o Código QR, uma tecnologia que permite ao visitante ter acesso directo a toda a informação disponível num servidor a partir de um domínio da Web.
O visitante que se desloque ao Castelo de Ansiães pode apontar o seu smartphone, ou qualquer outro dispositivo móvel com ligação à internet, para uma das placas que sinalizam o imóvel para ter acesso directo a um site onde é disponibilizado um vasto manancial de informação, desde a história da vila medieval, caraterização das igrejas românicas de S. Salvador e de S. João Batista, urbanismo da vila medieval, resultados das escavações arqueológicas, bibliografia, dados documentais, publicações e até outras sugestões de visita, além de informações sobre roteiros culturais ou informações sobre o património arqueológico do concelho de Carrazeda de Ansiães, podendo ainda visualizar vídeos, fotografias e outros conteúdos relacionados com o tema.
As antas pré-históricas de Vilarinho da Castanheira e de Zedes, as pinturas rupestres do Cachão da Rapa, as gravuras rupestres de Parambos, o Moinho de Vento de Carrazeda ou os Moinhos de Rodízio da Ribeira do Coito, são outros pontos de atractividade para quem estiver interessado nas peculiaridades arqueológicas e culturais do concelho.
Mas o esforço mais recente da autarquia tem recaído num programa de musealização centrado no Museu da Memória Rural, um conceito de museu de território que está a ser esboçado a partir da “unidade mãe” que é a estrutura museológica localizada na aldeia de Vilarinho da Castanheira. Trata-se da primeira unidade museológica da região transmontana a trabalhar de forma abrangente temáticas relativas à cultura rural imaterial e do “saber fazer”, integrando espaços destinados ao estudo e à recolha das tradições e saberes concelhios e regionais que actualmente estão a cair em desuso.
O discurso museográfico foi centrado, numa primeira fase, na exposição de temáticas relacionadas com as antigas práticas das culturas da vinha, do azeite e dos cereais, estando ainda representados os ofícios tradicionais como o do ferrador, canastreiro, pescador do rio Douro, padeira, queijeira, pastor, tanoeiro, sapateiro, funileiro, moleiro e corticeiro.
Suportado num conjunto de recursos tecnológicos, onde se incluem as mais recentes soluções multimédia, o Museu da Memória Rural "assume-se com um carácter fundamentalmente didáctico, constituindo uma homenagem à cultura rural de um povo que possui uma longa história e uma ancestral tradição cultural que urge preservar, estudar e difundir”.
Dentro deste conceito de museu de território, está a ser perspectivado a criação de outros pequenos núcleos museológicos onde serão expostas técnicas antigas relacionadas com a economia local como, por exemplo, os fornos de secagem de figos ou os antigos fornos de produção de tellha. Foi também dentro desse plano que já surgiu um destes primeiros núcleos: o Núcleo Museológico do Lagar de Azeite de Lavandeira. Este núcleo museológico resultou da recuperação de um antigo lagar de azeite que se encontrava em ruínas e que agora está a funcionar como um espaço didáctico e expositivo das técnicas tradicionais relacionadas com o fabrico do azeite.
Este novo núcleo museológico é o mais recente pólo de uma rede que se pretende mais abrangente e que deverá integrar outras pequenas unidades museológicas que a autarquia pretende montar no seu território sob a marca referencial de Museu da Memória Rural.
De momento fazem parte desta rede a sede do Museu em Vilarinho da Castanheira, o Moinho de Vento em Carrazeda de Ansiães, os moinhos de rodízio da Ribeira do Coito e o Núcleo Museológico do Lagar de Azeite de Lavandeira. A autarquia também já trabalha no futuro núcleo alusivo à produção de telha tradicional na aldeia de Luzelos.
É no âmbito do aproveitamento e da promoção turística destas significativas sinergias que a autarquia de Carrazeda de Ansiães promove durante este verão um programa de visitas guiadas aos principais pontos de interesse do concelho.
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Estas visitas serão efectuadas mediante marcação prévia que deverá ser efectuada na Loja interactiva de Turismo ou através do email: lit@cmca.pt e estão condicionadas à participação mínima de 6 pessoas. Para além das visitas guiadas durante os meses de verão estará também em funcionamento o Circuito Turístico do Castelo e dos Moinhos que conduz os visitantes inscritos num percurso com o seguinte itinerário: CICA, Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães, Castelo de Ansiães, Miradouro da Rota do Douro, Senhora da Ribeira, Armazém da Quinta do Lobazim, Museu da Memória Rural em Vilarinho da Castanheira.
Para mais informações, os interessados deverão contactar a Loja Interactiva de Turismo de Carrazeda de Ansiães através do número de telefone 278098507 ou do endereço electrónico lit@cmca.pt.