A concelhia do Partido Socialista de Macedo de Cavaleiros já reagiu à demissão da vereadora da Ação Social, Educação, Cultura, Juventude e Desporto, Helena Magalhães, que ontem renunciou ao cargo e funções que desempenhava há ano e meio na Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros.
|
Pedro Mascarenhas, líder da Comissão Política Concelhia do PS de Macedo de Cavaleiros |
“Foi com surpresa que o Partido Socialista de Macedo de Cavaleiros, através dos meios de comunicação social, tomou conhecimento da demissão da Senhora Vereadora da Cultura, Helena Magalhães. Este é mais um caso político do executivo PSD da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros que em nada dignifica a imagem do nosso Município”, referem os socialistas em comunicado distribuído à imprensa.
No mesmo comunicado, a Comissão Política Concelhia do PS refere que “o Partido Socialista havia já afirmado, aquando do conhecimento público da sentença de Duarte Moreno, que a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros iria cair num vazio moral de poder e que se iria abrir uma ferida muito difícil de sarar. A entrada do Vereador do CDS, Rui Costa, para o executivo, veio aumentar a já enorme animosidade entre os vereadores do PSD. Há uma luta interna pelo poder e pelo protagonismo político que o próprio Presidente não consegue combater ou, pior ainda, talvez faça questão de alimentar”.
Os socialistas macedenses enfatizam ainda “os casos políticos que abalaram ultimamente a Câmara Municipal” e dão como exemplo “o reconhecimento de duas enormes dívidas, uma de um milhão e trezentos mil Euros à Resíduos do Nordeste, outra de seis milhões e quinhentos mil euros à Águas de Portugal; Os milhares e milhares de Euros não cobrados de água e as centenas de cortes de fornecimento de água feitos à pressa; O eminente fracasso da verticalização do setor das águas; O desentendimento com a Associação Comercial e Industrial relativamente à Feira de S. Pedro, com o Vereador do CDS, Rui Costa, a ameaçar demitir-se caso a Feira continue a ser organizada pela ACIMC e a própria Vereadora da Cultura a abster-se na votação da proposta do Presidente para o novo modelo de organização da Feira e Festas da Cidade. Estas, e outras, situações vieram trazer maior desentendimento entre Presidente e Vereadores, aumentando o mau ambiente que transparece para o exterior e afeta os funcionários da autarquia”, considera em comunicado a Comissão Política Concelhia do PS.
Os socialistas de Macedo referem também “o sentimento de desorganização e caos que reina dentro da Câmara e a saída de técnicos, dirigentes e outros funcionários”.
Segundo a oposição socialista, "na Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, não se sabe quem dirige quem e o quê”.
“A Câmara Municipal funciona literalmente à custa do brio e dignidade profissional dos seus funcionários que diariamente vão muito para além das suas obrigações funcionais assumindo, por vezes, responsabilidades que não lhes são devidas. Temos uma câmara Municipal à deriva, sem ninguém que a saiba governar. Hoje o Município sofreu mais um rude golpe. A Vereadora da Cultura demitiu-se. Não sabemos ainda os motivos mas, estamos certos que Helena Magalhães, face às responsabilidades que tem para com os eleitores, virá a público dar cabal esclarecimento da sua decisão”, afirma-se no citado comunicado.
O PS de Macedo de Cavaleiros diz também que “o executivo de Duarte Moreno está cada vez mais fragilizado e carente de legitimidade para governar. Este episódio veio aumentar os nossos receios quanto ao futuro da nossa terra. É urgente que o Presidente do Município diga aos Macedenses o que pensa fazer daqui para a frente e que garantias nos dá para que esta situação não se repita com outro vereador ou consigo próprio”, afirmam os socialistas em comunicado, reiterando a ideia de que “Duarte Moreno devia demitir-se e dar nova oportunidade aos macedenses para decidirem o seu futuro”.