"Num cenário que evoca a desolação das praias de Dunquerque de 1944, Ajax, o mais poderoso guerreiro grego, vê a desonra abater-se sobre ele, ao recusarem-lhe as armas divinas de Aquiles em benefício de Ulisses. O seu orgulho cega-o simultaneamente às virtudes do outro e aos seus próprios defeitos, levando-o ao repúdio de homens e Deuses, e criando o espaço para a sua própria queda.
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«Ajax», de Sófocles no Teatro Municipal de Bragança |
Damos assim continuidade ao projecto nuclear de divulgação dos textos fundamentais da dramaturgia ocidental. Este ciclo que propomos não é, evidentemente literário mas teatral. No entanto, constrói-se a partir de clássicos, essas raras obras que permanecem no Tempo, que nunca são esgotáveis, que cada geração tem necessidade de re-olhar e de tentar a sua leitura sempre incompleta.
Segundo o encenador, no âmbito de uma montagem contemporânea, esta peça desenvolve-se, acima de tudo, em torno da luta titânica, que na sociedade actual - hiper-informada mas não hiper-consciente - existe para controlar a narrativa dos factos e portanto (re) escrever a realidade, e que está hoje, profusamente, à frente dos nossos olhos..."
Produção Teatro do Bolhão / Ao Cabo Teatro, com texto de Sófocles, encenação de Nuno Cardoso, tradução de Maria Helena da Rocha Pereira, interpretação de Afonso Santos, António Júlio, Luís Araújo, João Cravo Cardoso, Júlia Valente, Mário Santos, Micaela Cardoso e Rodrigo Santos.
Onde:Teatro Municipal de Bragança
Quando:27-03-2015
Hora: 21h30
Entrada: Livre