Alunos das escolas secundárias de Vinhais e Mirandela protestam contra a falta de condições

A Associação de Estudantes da Escola D. Afonso III de Vinhais, no distrito Bragança, anunciou que convocou para sexta-feira uma manifestação contra o frio nas instalações, que conta com o apoio de pais e encarregados de educação.

Escola secundária de Mirandela
O alvo do protesto, segundo a convocatória assinada pelo presidente Eurico Baía, é o Ministério da Educação "devido ao frio nas salas de aula", numa escola com 30 anos que nunca teve obras e onde os termómetros não passam os seis graus, mesmo com o aquecimento ligado.

"O motivo que nos leva a realizar esta manifestação tem a ver com as más condições e o frio que os alunos têm que suportar, obrigando já alguns alunos a levar cobertores para as salas de aula", refere o representante dos estudantes da escola citado pela Agência Lusa.

De sublinhar que a vila de Vinhais é uma das zonas mais frias do país, com neve e gelo nesta época do ano.

Alunos de Mirandela querem fazer queixa do Estado ao Tribunal Europeu


Também os alunos de Mirandela dizem que o Estado os trata de forma diferente em comparação às outras escolas nacionais. Os jovens estudantes queixam-se da falta de condições do seu estabelecimento de ensino  que está a necessitar de obras de requalificação que o Ministérios da Educação tem constantemente adiado.

Entre a chuva que cai nas salas de aula e as mantas que têm de levar devido ao frio, os alunos só querem que o Governo faça algo, refere um artigo do Jornal de Notícias.

Por isso a Associação de Estudantes da escola secundária de Mirandela diz-se disposta a avançar com uma queixa contra o Estado no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por estarem cansados de esperar pelas obras de requalificação. O presidente da Associação de Estudante, João Pilão, garantiu ao Jornal de Notícias (JN) que se vão reunir com um advogado para “avançar com a ação”.

“Chove nas salas de aula e a caixilharia está podre. No inverno ninguém suporta o frio, há portas e mesas partidas e os sanitários são um atentado à saúde pública”, acrescentou o dirigente estudantil citado pelo JN.


O cúmulo da falta de condições levou já alguns alunos  a utilizarem mantas para se protegerem do frio enquanto assistiam às aulas. “Apesar do aquecimento estar ligado, o frio entra por todo o lado e nestas condições como é possível haver concentração na matéria?”, questionou João, o jovem dirigente associativo da escola secundária de Mirandela.

www.CodeNirvana.in

© Autorizada a utilização de conteúdos para pesquisa histórica Arquivo Velho do Noticias do Nordeste | TemaNN