As Nações Unidas destacaram cinco datas históricas com particular pertinência para o estudo da luz, que deverão ser celebradas neste ano de 2015: Há mil anos, em 1015, o árabe Ibn Al Haytham (conhecido também pela forma latina Alhazen) escreveu o primeiro “Livro de Óptica”. Há 200 anos, em 1815, o francês Augustin-Jean Fresnel apresentou a sua teoria sobre a natureza ondulatória da luz, que desfez na altura uma controvérsia a respeito da luz.
Há 150 anos, em 1865, o britânico James Clerk Maxwell publicou a sua teoria de electromagnetismo, afirmando que a luz era composta por ondas electromagnéticas (essas celebradas equações de Maxwell explicam todos os fenómenos eléctricos, magnéticos e ópticos).
Celebra-se este ano também o centenário da publicação por Albert Einstein da teoria da Relatividade Geral, apresentando a luz no espaço e no tempo: a luz é encurvada nas proximidades de um corpo com massa elevada, que deforma o espaço-tempo á sua volta.
Para além das referências históricas, a escolha do tema da luz justifica-se em diversas dimensões. A ciência da luz deu origem a aplicações com impacto directo na qualidade de vida em todo o mundo. Essas aplicações são dos maiores motores económicos da actualidade: basta pensar nos telemóveis, na televisão, na Internet, nos micro-ondas, nos lasers, no GPS, etc. São usadas aplicações do nosso conhecimento sobre a luz nas comunicações, na saúde, no ambiente e em muitos sectores da sociedade.
Celebremos então a luz que tece o Universo e que nos dá vida, e com ela entremos numa viagem iluminada pelo conhecimento humano.
António Piedade
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva