Câmara de Vila Real ameaça deixar Fundação Museu do Douro

Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, não gostou das alterações que o governo quer introduzir no modelo de gestão Fundação Museu do Douro e da Fundação do Museu do côa.

Museu do Douro - Peso da Régua
O autarca ameaça abandonar o Museu do Douro caso esta instituição se venha a transformar numa fundação pública, como pretende o governo.

“Face a este ataque sem precedentes às instituições da região, a Câmara Municipal de Vila Real irá nos próximos dias ponderar muito seriamente a sua saída da FMD”, afirmou o autarca citado pela Agência Lusa.

A Fundação Museu do Douro, esteve incluída na lista de extinções anunciada pelo Governo PSD/CDS, mas acabou por se manter, embora, o atual governo pretenda efetuar uma revisão estatutária que permita a instituição enquadrar-se na lei-quadro das fundações que está em vigor desde 2012.

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Mas Rui Santos quer manter o estatuto de fundação de direito privado para o Museu do Douro, discordando da nova opção governamental que pretende transformar o modelo de gestão dos dois principias museus da região em unidades semelhantes a institutos públicos.

A Câmara Municipal de Vila Real contribui com cerca de 15 mil euros anuais para o orçamento da Fundação do Museu do Douro, e se o governo levar para a frente as alterações que pretende introduzir, o autarca defende “ que a câmara saia porque não estamos habituamos a ser verbos de encher onde quer que estejamos”, disse.

Rui Santos acrescentou ainda que se a “fundação passar a instituto público isso significará que o Estado, de forma central, decidirá o que se passará na fundação. Ora, se é assim, as autarquias e os privados nada estarão a fazer na FMD”, uma vez que os agentes locais deixarão de ter qualquer autonomia, sublinhou o autarca transmontano.

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“O seu diretor é nomeado, o seu plano estratégico é elaborado única e exclusivamente de forma central, farão de conta que nos ouvem, como aliás fizeram de conta que nos ouviram nesta transformação, de fundação de direito privado para instituto público, mas será sempre um faz de conta”, acrescentou.

O autarca de Vila Real disse que quer ser ouvido, dar a sua opinião, discutir, participar e ser parte da solução.

“Quando nos impõem coisas deste género, só temos um caminho. Quem pode manda, neste caso, o Estado central manda, mas mandará sozinho e não fará de nós apenas um verbo-de-encher, como se costuma dizer”, afirmou.

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