Em requerimento ao Governo “Os Verdes” persistem na paragem da Barragem de Foz Tua e na defesa da Linha

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) entregou ontem, na Assembleia da República, um Requerimento dirigido ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia a solicitar o relatório da inspeção que está a ser levada a cabo pela Direção Geral do Ambiente, Mar e Ordenamento do Território, sobre o cumprimento da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) da Barragem de Foz Tua, logo que este seja entregue ao Ministro do Ambiente.

Foto:  A Terceira Dimensão - Fotografia Aérea
Segundo “Os Verdes” esta “inspeção foi, segundo informação disponibilizada, no passado dia 28 de Julho, na página eletrónica do Governo, ordenada pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, no sentido de averiguar sobre o cumprimento das obrigações resultantes da DIA do aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua, e deve decorrer no prazo de 30 dias úteis”. O Requerimento de “Os Verdes” foi entregue, na véspera do dia em que perfazem 7 anos sobre o último acidente mortal na Linha do Tua, acidente que, segundo o PEV “serviu de pretexto, ao então Governo PS, para encerrar a Linha e dar o aval definitivo à barragem de Foz Tua”.


O PEV afirma que “passado este tempo, ainda não se esbateu a nuvem que ensombra as causas deste acidente e do outro ocorrido em Fevereiro de 2007, no qual morreram 3 ferroviários e, continuam por apurar as responsabilidades pelas duas tragédias. A estas 4 mortes vêm somar-se agora mais 4, as dos operários mortos nas obras da barragem de Foz Tua, deixando uma marca indelével de luto sobre o Vale do Tua, até então, símbolo da vida luxuriante, pela biodiversidade que o caracteriza e pela vida que a linha ferroviária proporcionou a esta região do país, de tão difícil acesso”, refere um comunicado do partido.


O PEV que desde o início contestou e lutou contra o encerramento da Linha do Tua e contra a barragem, “tem defendido que o não cumprimento, pela EDP, das obrigações da DIA dá uma larga vantagem ao Governo para parar definitivamente esta barragem, da qual o país não precisa, caso as declarações do Ministro do Ambiente proferidas sobre esta matéria não sejam mera demagogia”.

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