Autarcas contra fim do estatuto público da Casa do Douro |
Acrescentou que "nenhuma instituição tão fragilizada como a Casa do Douro consegue motivar os viticultores a juntar-se a ela".
Esta solução, que tem que ser aprovada agora pela Assembleia da República, está a gerar grande contestação e críticas na Região Demarcada do Douro.
Durante esta manhã, 24 autarcas da CIM Douro e da Região Demarcada do Douro reuniram-se com o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, para defender a manutenção do estatuto de direito público da CD, contrariando a posição do Governo, que entende que o organismo deve ser de direito privado.
Francisco Freitas revelou que o governante não mostrou "nenhuma" abertura para prescindir da alteração do estatuto da CD.
"Há aqui a exigência de uma função que o Estado não pode ter porque não faz sentido obrigar os viticultores a inscrever-se numa única associação e, estando convencido disso, o Governo não quer ceder", salientou.
Nesta questão, Francisco Freitas avançou que o governante manifestou abertura para pensar em formas alternativas de obtenção de quotas para a instituição.
Além do estatuto da Casa do Douro, a venda de vinho por parte do Estado para pagar a dívida deixa os autarcas apreensivos.
"A venda de vinho é imperativa, mas deve haver um entendimento entre a Casa do Doutro e o Governo para não colocar o 'stock' todo no mercado porque traria grandes prejuízos para os viticultores e implicaria baixar o preço do vinho", referiu.
Fonte: Lusa