Humberto Rocha já foi vice-presidente durante oito anos pelo PS, na década de 1990, e candidata-se pela segunda vez à presidência com o movimento "Sempre Presente" e a garantia de que não pretende ir para a Câmara "para ganhar dinheiro".
Se for eleito, ganhará como presidente "mais do dobro" do que o valor da reforma atual, pelo que promete recusar-se a receber a diferença e reverter o excedente "integralmente para obras nas freguesias, nas associações e para um fundo de apoio aos mais necessitados".
"Sei que qualquer um dos outros candidatos tem mais poder económico do que eu, mas lanço-lhes um desafio: digam às pessoas que não vão para a Câmara ganhar dinheiro e deixem o que vai além daquilo que já ganham para os mesmos fins que eu deixo", declarou.
O desafio aos adversários foi lançado em Paço de Rio Frio, uma das aldeias que visitou hoje durante a tarde e onde fez comício em que repetiu o que se propõe fazer, se ganhar as eleições do dia 29.
A criação do cheque de saúde é uma das medidas anunciadas, destinada "a crianças, idosos e a pessoas economicamente carentes" para que ninguém deixe de comprar um medicamento ou de fazer um exame por não ter dinheiro.
Criar um gabinete de apoio ao agricultor é outras das promessas do independente, que há quatro anos obteve quase 16 por cento dos votos, foi eleito vereador e reduziu a maioria do social-democrata Jorge Nunes, que não se recandidata, depois de 16 anos, por ter atingido o limite legal de mandatos.
Humberto Rocha avisou ainda que pretende rever o acordo que classificou de "uma fraude" com as Águas de Portugal, que "recebeu património da Câmara e das freguesias", em alguns casos construído pelas próprias populações, algumas das quais estão a pagar taxa de saneamento na fatura da água sem terem este serviço.
Avisa ainda que não permitirá que aconteça o mesmo com a barragem de Veiguinhas, em construção para reforçar o abastecimento de água a Bragança.
Além do independente Humberto Rocha, concorrem à Câmara de Bragança Hernâni Dias, pelo PSD, Júlio Meirinhos, pelo PS, Telmo Cadavez, pelo CDS-PP, José Castro, pela CDU e Gil Gonçalves, pelo Bloco de Esquerda.
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Fonte: Agência Lusa