PEV preocupado com encerramento de repartições de finanças do distrito de Bragança

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério de Estado e das Finanças, sobre o eventual encerramento de repartições de finanças no Distrito de Bragança, “o que constituiria um autêntico golpe na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos desta região” refere num comunicado o Partido Ecologista “Os Verdes”.

O memorando de entendimento negociado pelo anterior governo do Partido Socialista e subscrito por este partido bem como pelo PSD e pelo CDS, estabelece a imposição de “Reduzir o número de serviços desconcentrados ao nível dos ministérios (por exemplo, impostos, segurança social, justiça). Estes serviços deverão ser objeto de fusão em lojas do cidadão, abrangendo uma área geográfica mais alargada e imprimindo um maior desenvolvimento da administração eletrónica durante o período de duração do programa.”

Segundo o PEV este “ é mais um golpe na qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e aos contribuintes, negociado entre o PS, PSD e CDS e a Troika estrangeira e que vai agravar ainda mais a vida das populações do Distrito de Bragança. A comunicação Social deu recentemente nota de um alerta do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos, que aponta para a intenção do Governo em proceder ao encerramento de várias repartições de finanças no distrito de Bragança”.

Devido a esta preocupação o PEV enviou uma pergunta ao Governo através do Ministério das Finanças querendo saber se se confirma que o Governo tem a intenção de encerrar Repartições de Finanças no distrito de Bragança e quantas e quais as que serão encerradas.

O PEV quer ainda saber como será assegurado o direito dos cidadãos ao acesso a este importante serviço público de proximidade e se estes encerramentos implicam despedimento de trabalhadores do setor.

Barragem do Tua dá oportunidade única de estudar destruição de edifícios e pontes

A Barragem de Foz Tua vai dar uma oportunidade única aos engenheiros de destruírem, de forma monitorizada, edifícios, muros e pontes, para estudarem resistências estruturais e fazerem melhor conservação das construções da época da linha do Tua.

"É uma novidade na área da engenharia, com vista a tornar as reabilitações e as recuperações de construções, que usavam aquele tipo de técnicas, mais seguras, perfeitas e mais fáceis", afirmou hoje o investigador Eduardo Beira, do MIT Portugal.

Eduardo Beira coordena o estudo histórico da linha ferroviária do Tua e do vale do Tua, que envolve ainda investigadores da Universidade do Minho, e está a ser realizado no âmbito do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua.

Há dois anos que a EDP está a construir a Barragem de Foz Tua, entre os concelhos de Alijó (Vila Real) e Carrazeda de Ansiães (Bragança), que se prevê que entre em funcionamento em meados de 2016.

Este empreendimento implica a submersão de parte da linha ferroviária do Tua, construída há cerca de 130 anos.

O investigador, que falava em Alijó, à margem de uma conferência sobre a linha, referiu que, antes de se começar a encher a barragem, vão ser feitos trabalhos experimentais, aproveitando as estruturas que vão ficar submersas.

"Os engenheiros têm geralmente poucas oportunidades de encontrar edifícios para deitar abaixo, ou de estruturas, pontes para destruir, de forma monitorizada, com vista a estudos estruturais", salientou.

Objeto de estudo vão ser, por exemplo, os edifícios das estações, os muros de suporte da linha, as pontes ou os túneis.

"Também se aprende e muito com a destruição, se ela for feita de maneira controlada, para tirar dados sobre as resistências estruturais e para poder depois fazer melhor conservação", sustentou.

Para o investigador, esta "é uma componente relativamente original do estudo porque esta parte de história de construções é menos habitual do que a história propriamente da visita do rei ou das biografias das pessoas".

A investigação sobre a linha do Tua junta engenheiros, economistas, arquitetos, humanistas e sociólogos com o objetivo de revelar uma visão multidisciplinar do impacto dos caminhos-de-ferro.

PLI // JGJ 
Lusa/Fim

Plano multimodal pretende "ressuscitar" linha férrea do Tua

O investigador do MIT Portugal Eduardo Beira considerou hoje, em Alijó, que o plano multimodal proposto para o Tua, que junta o comboio, funicular ao barco, vai "permitir ressuscitar" a linha ferroviária do Tua.



"É um mal menor, é o passar dos tempos, as infraestruturas também morrem, não são eternas. É aquilo que é possível fazer com uma linha que foi feita há 130 anos em condições e circunstâncias completamente diferentes", salientou o responsável.

Eduardo Beira coordena o estudo histórico da linha ferroviária do Tua e do vale do Tua, que envolve ainda investigadores da Universidade do Minho, e está a ser realizado no âmbito do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua.

A construção deste empreendimento implica a submersão de parte da linha ferroviária do Tua. Em consequência disso, foi elaborado um plano de mobilidade, que está a ser gerido pela Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), e vai implicar um investimento de 40 milhões de euros.

À EDP caberá um investimento de 10 milhões de euros, enquanto os 30 milhões de euros serão provenientes de fundos comunitários.

Para o Tua propõe-se um sistema multimodal, que começará pelo transporte ferroviário até à barragem, com subida do paredão através de um elevador panorâmico (funicular) e depois viagem de barco até à Brunheda, onde se entrará novamente no comboio até Mirandela. A linha será reabilitada entre a Brunheda e o Cachão.

"Isso é um ressuscitar de uma linha que, neste momento, está parada", salientou Eduardo Beira.

Para o investigador, este plano, dentro de um contexto especialmente turístico, "pode ser uma grande oportunidade para a região".

"Um renascimento em moldes um pouco diferentes, mas o possível numa linha com 130 anos e construída com características que tornam muito difícil a sua reabilitação como linha de transporte interlocal", frisou.

O especialista falava à margem da conferência internacional "Railroads in Historical Context" que reúne, em Alijó, 40 investigadores internacionais, operadores turísticos do Douro e responsáveis pela EDP.

O operador Ricardo Costa, que trabalha na zona do Pinhão (Douro), afirmou que a sua empresa está interessada neste novo produto turístico proposto para o Tua, que diz que pode potenciar a vinda de mais turistas ao território.

"É uma área nova, é uma captação de negócio novo que tem vantagens e riscos enormes, há aqui aspetos delicados a ter em consideração uma vez que vai haver interligação entre barco, funicular e comboio. Temos que articular tudo isto", salientou.

Também a operadora Matilde Costa considerou que este produto pode ser "uma mais-valia" que se pode articular com o trabalho já desenvolvido pela sua empresa no Douro.

David Salvador trabalha na parte do Douro Internacional e considerou também que se trata de um "projeto com muito futuro e hipóteses".

A barragem de Foz Tua representa um investimento de 370 milhões de euros e deverá entrar em funcionamento em setembro de 2016.

A construção deste empreendimento tem sido muito criticada por ambientalistas e defensores da linha do Tua.

Lusa

EDP Distribuição renova a rede de Baixa Tensão em algumas localidade do distrito

A EDP Distribuição renova a rede de Baixa Tensão no lugar de Santa Cecília freguesia de Seixo Manhoses Concelho de Vila Flor, melhorando a qualidade de serviço disponibilizada aos seus clientes.




A EDP Distribuição, no âmbito de ações de melhoria a que vem efetuando nas suas redes energéticas procedeu à renovação da rede de Baixa Tensão que serve a localidade de Santa Cecília, Freguesia de Seixo Manhoses no Concelho de Vila Flor.

Este investimento compreendeu a renovação da rede elétrica em cerca de 540 metros, com a colocação de vinte e um apoios novos e substituição por cabo troçada isolado, de um extenso troço de rede aérea de cobre nu que já apresentava fragilidades mecânicas, originando avarias em presença de condições atmosféricas adversas.

A nova rede em condutores isolados é mais robusta e de secção adequada, perspectivando melhor qualidade de serviço e permitindo uma maior flexibilidade na exploração da rede de baixa tensão, possibilitando reconfigurações alternativas de alimentação aos clientes, garantindo sempre, a observância dos níveis de tensão regulamentares, ficando também garantida reserva de potência para fazer face a futuros aumentos de consumos.

Interligação de duas linhas de Média Tensão a 30 KV, entre as localidades de Travanca e Santa Cruz no concelho de Vinhais.

No mesmo âmbito A EDP Distribuição procedeu a interligação de duas linhas de Média Tensão a 30KV, Bragança Vinhais e Bragança Prado Novo, para melhorar a qualidade de serviço prestada.

Para o efeito foram investidos 168.345,00 euros na construção de 13.3 Km de linha aérea de Média Tensão a 30KV, que permitem maior facilidade de exploração da rede energética e melhorar a qualidade do serviço prestado a 7310 clientes de Vinhais, Travanca e Santa Cruz no concelho de Vinhais.

Autarcas de Bragança avançam com acção popular para manter helicóptero do INEM

Os autarcas do distrito de Bragança vão avançar em tribunal com uma ação popular para impedir a retirada do helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros, anunciou hoje a presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes.



A autarca socialista será a anfitriã de uma reunião marcada para segunda-feira em que os presidentes de câmara vão acordar a nova forma de tentar reverter a última decisão judicial, que permite a deslocalização do meio de socorro aéreo para Vila Real, como o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pretende há mais de um ano.

A intenção é, explicou à Lusa Berta Nunes, através de uma ação popular subscrita a título individual por todos os presidentes de câmara da região, conseguir a manutenção da aeronave até à decisão da ação principal, que ainda corre no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Mirandela.

Os autarcas conseguiram, entretanto, que aquele tribunal aceitasse uma providência cautelar que impediu até agora a retirada do helicóptero, mas que foi revogada em maio pelo Tribunal Central Administrativo do Norte.

As autarquias recorreram para o Supremo Tribunal Administrativo, que rejeitou a revista excecional do acórdão, o que permite agora ao INEM deslocalizar o meio aéreo.

Os presidentes de câmara pretendem agora socorrer-se do direito consagrado na Constituição da República Portuguesa que permite a todos os cidadãos a título individual ou coletivamente promover ação popular nos tribunais em nome de um interesse público, no caso concreto, o da Saúde Pública.

Berta Nunes adiantou ainda que os autarcas vão também pedir uma reunião à nova presidente do INEM, Regina Pimentel, "para saber se vai manter a política ou reavaliar as situações".

Os autarcas de Bragança argumentam que a retirada do helicóptero do INEM desta região viola os protocolos celebrados entre os municípios e o Ministério da Saúde, em 2007, que garantiam o meio de socorro aéreo como contrapartida do encerramento noturno dos centros de saúde.

O helicóptero sediado em Macedo de Cavaleiros é, de entre a frota aérea nacional do INEM, a que mais ocorrências assiste em Portugal.

Os autarcas argumentam que "o distrito de Bragança é o que está mais afastado dos hospitais" de referência.

Lusa

PSD/Bragança quer que Governo clarifique se vai fechar 9 das 12 Finanças do distrito

O presidente da distrital de Bragança do PSD anunciou hoje que vai tentar saber junto do Governo se tem fundamento a lista que aponta para o fecho de nove das 12 repartições de Finanças deste distrito.



O Diário de Notícias divulgou hoje o mapa da alegada reorganização dos serviços de Finanças, com base em cruzamento de dados, nomeadamente do Sindicato dos Trabalhadores dos Imposto, que calcula que venham a encerrar metade das atuais repartições, ou seja 154 serviços, sobretudo no interior do país.

De acordo com o mesmo mapa, o distrito de Bragança perde nove das atuais 12 repartições, ficando com os serviços tributários apenas na capital de distrito, Bragança, em Mirandela e em Vila Flor.

Parque Natural Regional do Vale do Tua está oficialmente criado

O Parque Natural Regional do Vale do Tua está oficialmente criado com a publicação em Diário da República do regulamento que rege a área protegida vocacionada para o desenvolvimento económico, anunciaram hoje os responsáveis.



A Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, entidade responsável pelo processo, divulgou hoje que o regulamento do parque foi publicado em Diário da República a 24 de setembro, dando por concluído o processo de criação depois de um período de discussão pública.

Este parque surge no âmbito das contrapartidas pela construção da barragem de Foz Tua, em Trás-os-Montes, e distingue-se das restantes áreas classificadas em Portugal. O seu propósito é delimitar geograficamente a zona de intervenção para aplicação dos fundos que a barragem vai disponiblizar.

Barragem do Tua ainda pode ser travada nos tribunais

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela aceitou a providência cautelar interposta pela Plataforma Salvar o Tua para travar as obras da barragem da EDP.





A empresa e o Estado têm até 7 de outubro para se pronunciarem e só depois será conhecida a decisão do tribunal, garante uma notícia publicado hoje no site Esquerda.Net.

A ação judicial foi interposta após a decisão da UNESCO em considerar compatível a construção da barragem de Foz Tua com o Douro Património Mundial. As associações ambientalistas e de desenvolvimento local não se conformaram com os argumentos da UNESCO e considerou que as medidas de salvaguarda propostas não seriam suficientes para colmatar os danos irreversíveis que a barragem irá causar no Vale do Tua e no Alto Douro Vinhateiro.

Para Joanaz de Melo, dirigente da GEOTA, que faz parte da Plataforma Salvar o Tua, "esta é uma obra totalmente inútil e que vai ter um custo brutal para o país", para além de colocar em “risco o Douro Património Mundial da Humanidade”. Ouvido pela agência Lusa, o ambientalista acrescentou que esta barragem da EDP naquele local é “mais uma fraude sobre os contribuintes portugueses, para além de todos os danos ambientais e culturais que estão em causa”.

Depois de conhecida a luz verde da UNESCO para a construção da barragem, a Plataforma Salvar o Tua denunciou terem sido completamente ignorados os dois relatórios entregues pelos ambientalistas sobre o impacto paisagístico do paredão da barragem ou o risco de alterações climáticas que podem afetar no futuro a produção dos vinhos do Douro e do Porto.

Albufeiras com grandes reservas de água em Trás-os-Montes

As principais albufeiras que garantem o regadio em Trás-os-Montes apresentam níveis de reserva de água superiores em quase o dobro aos registados em setembro de 2012, segundo dados do Ministério da Agricultura, distribuídos pela Lusa.


Segundo um relatório da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, a média do volume útil das 14 albufeiras desta região era de 61,5%, , enquanto que no ano transacto esse valor cifrava-se nos34%.

Segundo a mesma fonte as reservas mais baixas são as das albufeiras da Burga, no Vale da Vilariça, da Prada, em Vinhais, e Arcossó e Mairos, em Chaves, ainda assim com valores na ordem dos 40%.

Estas albufeiras são responsáveis pelo regadio de algumas das zonas agrícolas mais férteis de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A direção regional de Agricultura divulgou também que está aberto concurso público para aquisição de equipamento para melhorar a eficácia do sistema de regadio do Vale da Vilariça através da automação e telegestão.

A obra é financiada pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Regional) com um prazo de execução de "nove a 12 meses".

Parque do Tua começa a financiar projectos em Outubr

O parque natural que vai nascer em torno da barragem de Foz Tua, em construção em Trás-os-Montes, poderá começar a receber candidaturas para financiar projetos a partir de Outubro, anunciou hoje a responsável pelo processo.



A Agência para o Desenvolvimento do Vale do Tua é a promotora da criação do Parque natural Regional do Vale do Tua que se encontra em discussão pública até 16 de setembro.

O direto executivo da agência, José Silvano, adiantou à Lusa que no mês imediatamente a seguir, em outubro, estarão reunidas condições para “começar a receber candidaturas de projetos públicos e privados para o desenvolvimento desta zona”.

O parque tem 70 milhões de euros para a conservação da natureza e biodiversidade e para projetos de desenvolvimento turístico do Vale do Tua, nos próximos 12 anos.

O montante resulta do Fundo da Biodiversidade, financiado pela EDP com três por cento do valor líquido anual da produção de energia da barragem e pode ser aumentado com candidaturas complementares a fundos comunitários.

O diretor executivo da agência, criada também no âmbito das contrapartidas da concessionária pela construção do empreendimento, lembrou que “este parque distingue-se das restantes áreas classificadas em Portugal porque não obedece às mesmas regras ambientais e foi criada para delimitar geograficamente a área de intervenção para o desenvolvimento local com os fundos da barragem”.

A criação da marca “Tua” faz também parte dos objetivos dos promotores.

O Parque Natural Regional do Vale do Tua estende-se por 25 mil hectares dos cinco concelhos da área de influência da barragem, nomeadamente Mirandela, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães, no Distrito de Bragança, e Murça e Alijó, no Distrito de Vila Real.

Os estudos que sustentam a criação do novo parque, estimam que nos doze anos correspondes ao projeto-base sejam geradas receitas no valor de três milhões de euros e criados 35 postos de trabalho, “apesar da incerteza associada à atual conjuntura económico-financeira”.

A criação do parque regional faz parte das três principais contrapartidas da barragem e encontra-se já em execução, assim como a recuperação do património cultural do Vale do Tua e as medidas de incentivo ao empreendedorismo local.

A última contrapartida a ser executada, segundo José Silvano, será o plano de mobilidade que só poderá avançar quando a barragem estiver concluída, em 2016.

Este plano inclui a linha do Tua, cuja reativação para a vertente turística está dependente da disponibilização de fundos comunitários para os 40 milhões de euros de investimento necessário para concretizar todo o plano de mobilidade.

Silvano explicou à Lusa que estão assegurados pela EDP 25 por cento desta verba e os restantes dependem do êxito da candidatura que está a ser elaborada a verbas comunitárias. Se a candidatura não for aprovada, o presidente da agência de desenvolvimento admite que a recuperação da linha do Tua, entre a Brunheda e o Cachão, estará em causa.

A proposta de criação do parque encontra-se em discussão pública e pode ser consultado em www.valetua.pt.

Fonte: Agência Lusa

TerraFlor junta festas de Verão e produtos regionais em Vila Flor

Perto de cem expositores participam durante três dias na TerraFlor, uma amostra dos produtores e sabores regionais aliada à festa de Verão em Vila Flor, no Distrito de Bragança.




Entre sexta-feira e domingo, o certame anual que se estreou há dez anos regressa, depois de um interregno, apostado na ”enchente” de emigrantes e veraneantes que nesta altura do ano passam férias no concelho transmontano e procuram o parque de campismo municipal, como disse hoje à Lusa o presidente da Câmara, Artur Pimentel.

O azeite, o vinho e artesanato são alguns dos produtos em destaque na TerraFlor, que se assume como uma oportunidade de ajudar os pequenos produtores locais a escoarem as suas produções.

O programa da feira inclui também um colóquio sobre a nova Política Agrícola Comum (PAC) e os desafios para a agricultura, além de concursos de ovelha churra e cabra serrana e de cão de gado transmontano.

A par do certame, decorrerem as festas de verão do concelho com uma recriação histórica de Vila Flor medieval e quinhentista.

A animação musical será da responsabilidade de grupos e bandas tradicionais, mas também com espetáculos com nomes conhecidos do público nacional, nomeadamente os GNR.

O programa das festas inclui também alternativa para os adeptos do desporto como um passeio de cicloturismo.

Fonte: Agência Lusa

Bloco de Esquerda apresenta candidatos às próximas autárquicas em Bragança, Mirandela, Miranda do Douro, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros

O Bloco de Esquerda (BE) entregou as listas eleitorais na passada segunda-feira dia 5, apresentando candidatura para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, no concelho de Bragança, sendo cabeça de lista à Câmara Municipal Gil Gonçalves, cabeça de lista à Assembleia Municipal Luís Vale, cabeça de lista à União de Freguesias o jovem Paulo Martins e Fernando Almeida à freguesia de Gondosende.


As listas do BE em Bragança são na sua maioria jovens e apoiada por vários candidatos e candidatas independentes . O Bloco de Esquerda no distrito de Bragança, apresenta listas em Mirandela, Miranda do Douro, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros.

O candidato à Câmara Municipal de Mirandela é Fernando Bebiano, funcionário público, em Mirandela o Bloco de Esquerda concorre a 5 freguesias, Frechas, Carvalhais, Mirandela, Avidagos e Aguieira.

Em Miranda do Douro, o candidato do Bloco é Júlio Afonso, Funcionário Público, elemento da distrital do BE Bragança, tendo a jovem Estudante Andreia Domingues, como candidata à Assembleia Municipal. O Bloco concorre também à junta de freguesia de Miranda do Douro.

Já em Macedo de Cavaleiros e Vila Flor o BE concorre às Assembleias Municipais, em Macedo de Cavaleiros, com o deputado municipal e estudante Rogério Martins e em Vila Flor o cabeça de lista é o Psicólogo Joni Ledo, também ele deputado municipal.

Segundo o BE, os “objetivos centrais destas candidaturas é discutir políticas a favor de uma mudança politica e de uma transformação que permita combater a crise, o despovoamento e o interioricidio”.

Novas estradas podem mexer na Saúde de Bragança, autarcas contestam

O presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, António Marçôa, admitiu hoje repensar a oferta de consulta aberta e serviços de urgência onde as novas estradas eliminarem as dificuldades de acesso das populações.


O responsável pelo organismo que congrega todos os hospitais e centros de saúde do Nordeste Transmontano ressalvou que "não está prevista nenhuma alteração ainda, mas pode acontecer efetivamente". eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

O presidente da ULS vincou que falta estudar se a conclusão do IP2, IC5 e Autoestrada Transmontana alteraram os pressupostos da atual rede de serviços, baseada na dificuldade de acessibilidade da população dispersa por um extenso território. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

Os autarcas do Distrito de Bragança assinaram, em 2007, protocolos com a Administração regional de Saúde (ARS) Norte, que garantiam, em troca do encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) consulta aberta nos centros de saúde, o reforço da rede de emergência pré-hospitalar e das urgências. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

"Nunca esteve no espírito dos protocolos que poderia diminuir ou retirar ainda mais serviços", afirmou à Lusa Berta Nunes, presidente da Câmara de Alfândega da Fé e antiga responsável pela sub-região de Saúde de Bragança. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

A autarca socialista acusa a ULS de prosseguir uma política "hospitalocêntrica" que contraria as orientações do Ministério da Saúde, cortando serviços nos centros de saúde para reforçar os hospitais. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

Mesmo com novas estradas, Berta Nunes alertou que a diminuição de serviços de proximidade agrava a acessibilidade das populações numa altura em que "os transportes não estão a ser pagos aos doentes". eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

A hipótese levantada pela ULS é "completamente absurda" para o social democrata António Branco, presidente da Câmara de Mirandela, que pôs o Ministério da Saúde em Tribunal, alegando que não estar a cumprir os protocolos no que toca à urgência médico cirúrgica do hospital da cidade. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

"Foi por se construir a CREL, a A29 ou a VCI que foi alterada a rede de urgências em Lisboa ou no Porto? Então porque é que em Trás-os-Montes é diferente", questionou. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

António Branco defende que "não há alteração das condições" que estiveram na base dos protocolos e responde à ULS do Nordeste citando o despacho do juiz que deu origem à ação que a Câmara de Mirandela tem em Tribunal: "ninguém obrigou o Ministério da saúde a assinar os contratos e para serem alterados tem de ser bilateralmente". eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

O responsável pela ULS do Nordeste, António Março, reconhece que a região "tem especificidades" que é necessário ter em conta e que eventuais alterações nunca podem ser realizadas com base "apenas em números". eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

"Mesmo com as novas estradas eu, se quiser ir de Bragança a Freixo de Espada à Cinta, ainda demoro uma hora e tal", declarou. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

"Abriram o IP2 e o IC5 e ainda não notou que não é necessária a consulta aberta", acrescentou. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

O principal hospital da região, o de Bragança, situa-se a mais de uma hora de parte significativa da população, a mesma distância a que se encontra a única Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER). eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

A população conta ainda com o helicóptero que o INEM quer deslocar de Macedo de Cavaleiros para Vila Real e que os autarcas impediram com uma ação em tribunal, ainda que provisoriamente. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.

Os três hospitais da região situam-se no eixo da A4, a nova Autoestrada Transmontana, a 15 minutos uns dos outros, onde se concentra metade da população. A restante tem no centro de saúde o serviço mais próximo. eliminarem as dificuldades de acesso das populações.
HFI // MSP
 Lusa/fim

Fonte: Agência Lusa

UNESCO já decidiu sobre Foz Tua . Partido Ecologista “Os Verdes” reage

A UNESCO decidiu, no Camboja, que a Barragem de Foz Tua e o Douro Património Mundial são compatíveis, e por isso chegou ao fim um processo que durante algum tempo opôs os ativistas contra a barragem do Tua e o governo português.


Esta decisão levou o Partido Ecologista “Os Verdes” e emitirem uma nota de imprensa onde dizem lamentar “profundamente a decisão da UNESCO” e considera que esta decisão “constitui mais uma opção política do que, propriamente, uma opção técnica”.

No mesmo comunicado “Os Verdes” dizem que “discordam profundamente desta decisão pois defendem e acreditam que não é possível a dita compatibilidade entre a Barragem e a paisagem classificada do Douro. O PEV reafirma que a Barragem de Foz Tua tem um impacto grande que fere profundamente a paisagem duriense classificada pela UNESCO, uma ferida que nem as medidas de salvaguarda irão conseguir atenuar”.

“O PEV considera ainda que os pareceres emitidos pelo ICOMOS/UNESCO e as diversas deliberações da UNESCO, que têm vindo a ser tomadas ao longo do tempo, contêm em si várias contradições que resultam de pressões políticas e de informações que não correspondem à realidade e à verdade, nomeadamente as questões que dizem respeito à navegabilidade do Douro”.

O Partido afirma que brevemente “ tomará uma posição mais aprofundada sobre esta matéria mas, desde já, reafirma que a Barragem de Foz Tua será uma célula cancerígena que afetará o Douro Património Mundial cuja classificação está, agora mais do nunca, ameaçada, pois esta Barragem abrirá um precedente negativo para a paisagem classificada”, afirmam.

Modesto Navarro lança «A oitava colina»

O escritor transmontano Modesto navarro, nascido em Vila Flor, lança hoje na Cooperativa Cultural Popular Barreirense, o seu último romance intitulado «A oitava colina».




“Este livro vem dos confins de Trás-os-Montes, dos resistentes ao fascismo, da afirmação das mulheres e dos homens, dos jovens que foram influenciados pela campanha eleitoral de Humberto Delgado e pela situação de miséria e opressão do salazarismo.

Na década de 1960 principiaram a guerra colonial e a emigração para a Europa. A experiência da vida de então em Lisboa, a resistência, a formação dos soldados, a guerra em África e a construção do 25 de Abril na clandestinidade e no movimento democrático (CDE) estão nestas páginas, na vontade de viver e de lutar dos trabalhadores e dos intelectuais conscientes e interventivos, na prisão e na tortura, na Revolução e depois, até agora, numa nova resistência que se impõe para transformarmos a vida.

Este é um livro de amor, de libertação e afirmação humana no interior do país e em Lisboa. A oitava colina de Lisboa é a liberdade”.

Modesto Navarro é hoje considerado um escritor realista,onde sobressai “ um olhar crítico sobre a realidade, denunciando situações de injustiça, de exploração, de opressão, de miséria, e ao mesmo tempo exprimindo uma confiança cega num porvir de onde sejam definitivamente erradicadas essas situações”.

Detido suspeito de homicídio de idosa há três anos em Vila Flor

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção do presumível autor do homicídio de uma idosa, ocorrido há três anos, na localidade de Freixiel, concelho de Vila Flor, no distrito de Bragança.




O detido é um homem de 24 anos, trabalhador agrícola, que as autoridades acreditam terá estrangulado a idosa de 88 anos, em junho de 2010, segundo informação divulgada pela PJ. na localidade de Freixiel, concelho de Vila Flor, no distrito de Bragança.

Depois de três anos de diligências, a PJ, através da diretoria do Norte, identificou e deteve o suspeito que foi presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório, desconhecendo-se ainda as medidas de coação aplicadas. na localidade de Freixiel, concelho de Vila Flor, no distrito de Bragança.

A PJ dá conta de que "a investigação, desenvolvida desde a comunicação dos factos, apurou que o homicídio da idosa foi cometido por estrangulamento, não tendo ocorrido o furto ou roubo de quaisquer objetos". na localidade de Freixiel, concelho de Vila Flor, no distrito de Bragança.

O cadáver foi encontrado a 02 de junho de 2010 numa divisão anexa à residência, e o crime terá sido cometido quando a vítima, uma professora reformada de 88 anos de idade, preparava a comida para os animais domésticos.
 HFI // JGJ Lusa/fim
Fonte: Agência Lusa

Apoios da EDP Solidária Barragens sobem para 900 mil euros

5ª edição do programa abre candidaturas para projectos sociais baseados nos concelhos abrangidos pelos investimentos em novos projectos hídricos





A EDP lançou ontem a 5ª edição da EDP Solidária Barragens, um programa de apoio a projetos sociais que atinge assim os 900 mil euros de investimento no conjunto das cinco edições. Os 32 projetos vencedores das edições anteriores beneficiaram cerca de 7.000 pessoas.

O prazo para candidaturas, iniciado a 3 de junho, termina a 15 de julho mantendo-se nesta 5ª edição os critérios de selecção, privilegiando o número de pessoas beneficiadas, sustentabilidade e relevância social. O orçamento do EDP Solidária Barragens 2013 é de 200 mil euros.

O programa foi criado para apoiar a melhoria da qualidade de vida das populações abrangidas pelos investimentos da EDP em novos projectos hidroeléctricos. A área elegível estende-se por 15 concelhos, com predomínio da região de Trás-os-Montes (Alfândega da Fé, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro, Murça, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Ribeira de Pena, Mondim de Basto, Sever do Vouga, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vale de Cambra e Vieira do Minho).

As Candidaturas podem ser realizadas a partir deste site.

Ambientalistas avançam com nova queixa na UNESCO contra barragem do Tua

Várias associações e movimentos ambientalistas anunciaram hoje que vão avançar com uma nova queixa junto da UNESCO contra os alegados impactos negativos da barragem de Foz Tua no Douro Património da Humanidade.



Esta é apresentada como a primeira ação da nova Plataforma Salva o Tua - Associação de Defesa do Ambiente, fundada hoje por nove associações ambientais e por uma quinta de produção vinícola da região.

A plataforma entende que a recente decisão da UNESCO, que considerou a barragem compatível com o estatuto do Douro Património da Humanidade e permite o avanço das obras contempla "insignificantes medidas de minimização e compensação dos impactes negativos".

A Plataforma Salvar o Tua "enviou a todos os membros do Comité do Património Mundial da UNESCO um relatório que demonstra a incompatibilidade da construção da barragem de Foz-Tua com os valores protegidos, na sequência da classificação do Alto Douro Vinhateiro -- Património Mundial", refere, em comunicado.

Os subscritores da queixa frisam que "visa alertar para a necessidade de alteração da proposta de decisão final do Comité do Património Mundial da UNESCO, a ter lugar no Camboja entre 16 a 27 de Junho, no sentido de recomendar a suspensão completa das obras de construção da barragem, sob pena de a classificação do alto Douro Vinhateiro como Património Mundial deixar de fazer sentido".

A barragem de Foz Tua tem sido objeto de contestação de associações ambientalistas e movimentos regionais de defesa do vale e da Linha do Tua, entretanto desativada. Os opositores do empreendimento em construção há dois anos, em Trás-os-Montes, alegam que a barragem vai também afetar o Douro Vinhateiro, Património da Humanidade e pretendem que a entidade internacional responsável pela classificação, a Unesco, ajude a travar a obra.

A barragem, concessionada à EDP, começou a ser construída há dois anos e os trabalhos sofreram um abrandamento durante o período em que a Unesco esteve a analisar uma anterior queixa apresentada pelo Partido Ecologista "Os Verdes".

A conclusão da obra foi adiada um ano, estando agora prevista para 2016.

A Plataforma Salvar o Tua é constituída pela GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente), Liga para a Proteção da Natureza, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza), Coordenadora de Afetados pelas Grandes Barragens e Transvazes, Associação dos Amigos do Vale do Tua, ALDEIA (Ação, Liberdade, Desenvolvimento, Educação, Investigação, Ambiente), FAPAS (Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens) GAIA (Gripo de Ação e Intervenção Ambiental) e Quinta das Murças.
HFI // JGJ
 Lusa/fim
Fonte: Agência Lusa

EDP investe na requalificação do património cultural do vale do Tua

Vários monumentos da área de abrangência da barragem de Foz Tua, em Trás-os-Montes, vão ser requalificados e valorizados no âmbito de um projeto financiado pela EDP em quase 1,6 milhões de euros, foi hoje divulgado.



A iniciativa resulta das contrapartidas da elétrica nacional à região do Vale do Tua e será oficializada sexta-feira numa cerimónia em Mirandela, para oficializar o protocolo que rege a intervenção e que envolve a EDP, a Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN), e a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua - Associação ADRVT.

De acordo com informação divulgada pelos promotores, "a EDP vai financiar com uma verba de 1,58 milhões de euros o projeto de valorização do património cultural localizado nos municípios abrangidos pela Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua", nomeadamente os de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor.

A DRCN é a entidade responsável pela coordenação e implementação do projeto que beneficiará um conjunto de monumentos previamente identificados entre esta entidade e os municípios envolvidos.

Os responsáveis adiantaram que "está prevista a requalificação do Santuário do Senhor de Perafita, a ponte e via medieval de São Mamede de Ribatua, ambos localizados em Alijó, a Capela da Misericórdia de Murça, o Cabeço da Mina no concelho de Vila flor, o Castelo de Ansiães e a Igreja da Lavandeira, no concelho de Carrazeda de Ansiães e outros a acordar no município de Mirandela".

O início dos trabalhos está previsto ainda para este ano e a conclusão para 2015.

Fonte: Agência Lusa

Partido Ecologista «Os Verdes» reage ao projeto de decisão da UNESCO sobre o Alto Douro Vinhateiro e Barragem do Tua

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) realizou no dia 8 de Maio, no Porto, uma conferência de imprensa onde divulgou a sua posição sobre o projeto de decisão da UNESCO relativo ao Alto Douro Vinhateiro/Barragem do Tua, uma conferência que contou com a participação da dirigente nacional do PEV, Manuela Cunha, assim como de outros dirigentes do partido.

O PEV, enquanto autor da queixa apresentada em 2007 à UNESCO, pela construção da Barragem de Foz Tua no Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial da Humanidade, reage à decisão da UNESCO e diz que “ não pode deixar de lamentar a debilidade do projeto de deliberação e a inconsistência do relatório sobre o estado de conservação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) que sustenta esta deliberação que será debatida e posta à votação na 37ª Sessão do Comité Mundial da UNESCO (orgão máximo da UNESCO no que diz respeito ao património) que irá decorrer no próximo mês de junho no Cambodja”.

Segundo o PEV, o documento apresentado pelo Centro do Património Mundial, organismo que acompanha a gestão dos sítios classificados, “afasta-se muito do relatório da Missão conjunta (Centro do Património - ICOMOS- IUCN), realizada nos passados meses de julho e Agosto”.

Na opinião de «Os Verdes», o documento “chega mesmo a desvirtuar esse relatório para além de fazer tábua rasa sobre o relatório da Missão anterior, ocorrida em 2011, e sobre a deliberação do Comité Mundial de junho de 2012”.

O PEV, em nota de imprensa, reage mesmo de forma sarcástica ao “«zelo diplomático» do Governo Português, do qual o antigo embaixador de Portugal junto da UNESCO, Seixas da Costa, se vai gabando no seu blogue, não será por certo estranho a esta mudança, tal como todos os dados e factos omitidos e deturpações contidas nos documentos enviados para a UNESCO, após a última Missão, dos quais destacamos duas, a relativa à Via Navegável do Douro e a relativa às Linhas de Alta Tensão”

O PEV contesta a decisão referindo que “neste último documento da UNESCO é referido que o Estado Português deu como realizados 60% dos trabalhos do «canal de navegação» e que se espera pela época seca para acabar o resto. No entanto, na imprensa portuguesa encontram-se declarações do ex-responsável da Delegação Norte e Douro do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), Joaquim Gonçalves, datadas de fevereiro de 2013 onde é referido que esta intervenção está em fase de «estudo prévio» e declarações, de Freitas da Costa, responsável da EDP e diretor de Projeto da Barragem, datadas de 13 de março, onde este anuncia o início dos trabalhos da alargamento da Via de 25 para 40 metros, para 2014”.

“Estas declarações, contrariam claramente a informação veiculada no relatório da UNESCO, mas confirmam o que PEV sempre denunciou, ou seja, o impacto da Barragem de Foz Tua sobre a Via Navegável do Douro”.

Segundo os ecologistas “Os Verdes” o “impacto é real, como complexo, o que levou à realização de testes no LNEC, e obriga a uma intervenção no canal navegável do Douro. Estes factos foram escondidos e negados pela EDP e omitidos pelos sucessivos Governos (PS e PSD/CDS) que se remeteram ao silêncio sempre que interpelados pelos Verdes, sobre a matéria, tanto por via de perguntas escritas, como em sede de Comissão Parlamentar. Atitude que permitiu que esta questão ficasse à margem da Avaliação de Impacte Ambiental, não lhe sendo feita qualquer referência na DIA e no contrato de concessão da Barragem, deixando assim a EDP liberta de qualquer encargo”, acusa o PEV num documento elaborado para a imprensa.

O PEV contesta, de igual modo, o facto de no último documento da UNESCO ser referido que foi realizado um Procedimento de Definição de Âmbito do EIA para as Linhas de Alta Tensão (Foz Tua- Armamar) e que a Comissão de Avaliação exigiu que fossem levados a cabo EIA dos cinco traçados selecionados. Segundo o PEV, nesse mesmo documento “não se refere que três destes traçados já tinham sido rejeitados num procedimento anterior, pela Direção Regional de Cultura do Norte, pelos impactos dos mesmos sobre a área classificada”. “Ficamos assim, sem saber se estes factos foram dados a conhecer pelo Governo Português à UNESCO”, sublinham “Os Verdes”.

O partido revela-se preocupado ”face a estas omissões e contradições na informação fornecida pelo Governo Português à UNESCO”, ao mesmo tempo que também os preocupa “o aparente «esquecimento» por parte da UNESCO de todo um conjunto de informação que tem ao seu dispor por diversas vias, nomeadamente por via dos próprios Verdes”.

Por isso, e pelo facto de não verem espelhado neste projeto de deliberação grande parte das preocupações e recomendações refletidas nos dois relatórios das Missões realizadas ao ADV, nomeadamente no que diz respeito à mobilidade e à promoção de um turismo sustentado compatível com a preservação do Bem e uma vez que sentem “ a aparente «resignação» da UNESCO face a factos que o Governo Português e a EDP apresentam como de «interesse nacional» e dão como irreversíveis, nomeadamente a dita «imprescindibilidade» da Barragem do Tua para a produção elétrica nacional, omitindo que um dos argumentos de sustentação do PNBEPH era um «previsível» aumento do consumo de eletricidade em 5%, há muito contrariado com a queda, em 3 anos consecutivos, do consumo de energia elétrica, decorrente da crise em que se encontra o país, o Partido Ecologista”, «Os Verdes» decidiram tomar um conjunto de iniciativas que os levarão a continuar a luta pela paragem da Barragem de Foz Tua e preparam-se para solicitar uma audiência com carácter de urgência ao Centro do Património Mundial, porque, dizem que estão “convictos que se a Barragem de Foz Tua avançar, será como uma célula cancerígena que irá ter ramificações impossíveis de controlar e que levarão senão no imediato, mas num futuro próximo, à morte do Alto Douro Vinhateiro Património da Humanidade”.

O PEV ira também “confrontar o Ministro da Economia, na Assembleia da República sobre as questões relacionadas com a navegabilidade do Douro” e .entregar nas próximas semanas uma queixa ao Provedor de Justiça, relativa aos procedimentos seguidos.

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