Projeto conquista 10 milhões de euros para estudo de grandes incêndios florestais

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1608204086249{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Um projeto internacional liderado pelo cientista Domingos Xavier Viegas, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), acaba de obter 10 milhões de euros de financiamento para o estudo de grandes incêndios florestais.


Intitulado “FirEUrisk - Developing a holistic, risk-wise strategy for European wildfire management” (Desenvolvendo uma estratégia holística e baseada no risco para a gestão de incêndios florestais na Europa), o projeto foi aprovado no âmbito do programa Horizon 2020 da União Europeia, na área focal “Building a low-carbon, climate resilient future” (Construindo um futuro climaticamente resiliente e baixo em carbono), mais especificamente no tópico “Forest Fires Risk Reduction: towards an Integrated Fire Management Approach in the EU” (Redução do risco de incêndios florestais: em direção a uma abordagem de gestão integrada do fogo na UE).


Este ambicioso projeto junta em consórcio 39 parceiros de todo o mundo (Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Chipre, Espanha, Estados Unidos da América, França, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Israel, Itália, Portugal, Reino Unido, Roménia, Suécia, Ucrânia). Na Universidade de Coimbra, o estudo vai ser efetuado no Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), da FCTUC, envolvendo também equipas do Instituto Jurídico da Faculdade de Direito (FDUC) e da Faculdade de Medicina (FMUC).


Genericamente, o FirEUrisk, com a duração de quatro anos, tem como grandes objetivos utilizar o conhecimento científico desenvolvido para atualizar os sistemas de avaliação do risco de incêndio florestal, incluindo fatores críticos que não são ainda tidos em conta, propor medidas eficazes para a sua redução e adaptar as estratégias de gestão dos incêndios às mudanças climáticas e socioeconómicas futuras.


Estas metas, explica a equipa de Xavier Viegas, «serão alcançadas em estreita colaboração entre investigadores, utilizadores e cidadãos, integrando novas tecnologias, orientações e recomendações de políticas para melhorar os sistemas e práticas atuais, das escalas regionais às da UE».


O projeto vai abordar «todos os tipos de incêndios florestais, com foco particular em mega-incêndios, a interface urbano-florestal e os desafios dos incêndios emergentes no norte da União Europeia. Uma estratégia de gestão centrada no risco integrará as práticas e políticas de prevenção de incêndios florestais, supressão e restauração, numa estrutura conceitual holística e implementará uma plataforma operacional que apoie a coordenação conjunta, treino profissional e exercícios operacionais, envolvendo várias partes interessadas e abordando todas as tarefas relevantes de gestão de incêndios florestais, para melhorar a proteção dos cidadãos expostos», destacam os investigadores.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

UE precisa de uma nova estratégia para conservar a biodiversidade

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1608200739099{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1608200711858{margin-left: 26px !important;}"]


A União Europeia precisa de uma nova estratégia para conservar a sua biodiversidade, pois tem enviesado o financiamento para animais carismáticos como o urso, o lobo e o lince. A conclusão acaba de sair num artigo [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] científico da prestigiada revista Proceedings of the Royal Society B”, que inclui portugueses das universidades do Minho, Porto e Helsínquia (Finlândia) entre os autores.


Os cientistas avaliaram os projetos do Programa LIFE para espécies animais que foram financiados pela UE entre 1992 e 2018. Para Ronaldo Sousa, investigador no Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]) e professor do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho, o apoio a projetos com espécies vertebradas foi seis vezes maior do que com invertebradas (970 versus 150 milhões de euros). Aliás, aves e mamíferos representaram 72% das espécies contempladas e 75% do orçamento total atribuído. As espécies que “receberam” mais fundos foram o urso (Ursus arctos), o lobo (Canis lupus), o abetouro (Botaurus stellaris), o lince euro-asiático (Lynx lynx) e o lince ibérico (Lynx pardinus).


Apenas 0.06% dos invertebrados apoiados


Este enviesamento no esforço de conservação é ainda mais notório quando observamos que a Europa tem cerca de 1800 espécies de vertebrados e 130.300 espécies de invertebrados conhecidas, refere Manuel Lopes-Lima, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]) da Universidade do Porto. No período considerado, o Programa LIFE cobriu 23% dos vertebrados e apenas 0,06% dos invertebrados da UE, realça Pedro Cardoso, da Universidade de Helsínquia. Segundo Ricardo Correia, da mesma academia finlandesa, o esforço de conservação é explicado principalmente pela popularidade da espécie (medido pelo volume de pesquisas online nos últimos dez anos), em vez do seu risco real de extinção.


O artigo agora publicado, “Towards a taxonomically unbiased European Union biodiversity strategy for 2030”, junta ainda autores de instituições de Itália e França. A Diretiva Habitats e o Programa LIFE foram avaliados neste estudo com o objetivo de apoiar a futura agenda do setor. A nova Estratégia da UE para a Biodiversidade 2030 foi lançada em maio e propõe revolucionar a maneira como é feita a conservação da natureza, com um grande investimento (estimado em 20 biliões de euros anuais, se incluirmos mitigação dos efeitos das alterações climáticas) para a proteção da biodiversidade e dos seus habitats.


Há uma “necessidade premente” de a UE mudar de paradigma neste âmbito, que passa por rever a lista de espécies contida na Diretiva Habitats, por atentar na conservação de espécies realmente ameaçadas e dos seus habitats, pela aposta financeira mais equitativa e que permita diminuir as desigualdades entre espécies de vertebrados e invertebrados apoiadas e, ainda, pelo maior envolvimento dos cidadãos, por exemplo, em campanhas de monitorização ambiental, justificam os autores do estudo agora publicado. Só assim é que a UE liderará o mundo pelo exemplo e ação no que diz respeito à conservação da biodiversidade, acrescentam.


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Palombar: Livro revela estratégias de combate ao furtivismo e procedimentos do novo protocolo do Programa Antídoto Portugal

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1607772741216{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]O livro (e-book) “Estratégias de Combate ao Uso Ilegal de Venenos em Portugal”, editado pela organização não governamental de ambiente Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, no âmbito do projeto Sentinelas – Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre, acaba de ser lançado publicamente e revela as estratégias atuais de combate ao furtivismo no país, com foco na luta contra o uso ilegal de venenos, abordando também todos os procedimentos que constam do Novo Protocolo do Programa Antídoto Portugal. O livro está disponível gratuitamente no site da Palombar [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] e do projeto Sentinelas [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].

A obra, que apresenta vários dados estatísticos e informação relevante sobre a luta contra o furtivismo em Portugal e também no norte de Espanha, debruça-se sobre as ações implementadas no contexto dos projetos LIFE Imperial e LIFE Rupis no combate a esta ameaça, o funcionamento do Sistema de Monitorização de Lobos Mortos (SMLM), a importância do exame pós-morte em casos de envenenamento, os procedimentos do Novo Protocolo do Programa Antídoto Portugal, a atuação dos binómios de deteção de veneno da GNR, o projeto Sentinelas - Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre e a rede contra o furtivismo implementada no norte de Espanha.

Com prefácio da Sr.ª Procuradora da República Elisabete Matos, e coordenação e autoria de João Santos, coordenador geral e científico do projeto Sentinelas, Inês Barroso, coordenadora do Programa Antídoto Portugal/Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), José Pereira, presidente da Palombar e coordenador técnico do projeto Sentinelas e Patricia Mateo Tomás, investigadora da Universidade de Oviedo, em Espanha, o livro conta com a coautoria e colaboração de Liliana Barosa, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Julieta Costa, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Virgínia Pimenta, do ICNF, Isabel Pires e Justina Prada, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)/Laboratório de Histologia e Anatomia Patológica da UTAD e 1.º Sargento Pedro Figueiras, do Grupo de Intervenção Cinotécnico da Guarda Nacional Republicana.

“Identifica-se, nestas páginas, a circunstância, aparentemente universal, de as sociedades disporem hoje de edifícios jurídicos completos, mas de não lograrem um nível satisfatório de aplicação da legislação relativa à defesa do Ambiente e, em particular, à defesa da Natureza e Biodiversidade. Dedicada a publicação ao tema do uso de venenos contra a fauna selvagem, ressalta, também, da sua leitura, a dificuldade de deteção do ilícito, desde logo porque os animais envenenados pelo homem se refugiam para morrer, talvez junto à água, mas longe das pessoas. A publicação mais nos sugere que, entre nós, os níveis de esclarecimento do crime contra a fauna selvagem rondam a nulidade, nos casos que, ainda assim, pese as cifras negras, têm sido detetados. É um estado de coisas que estará nas nossas mãos ultrapassar”, destaca a Procuradora da República Elisabete Matos no prefácio do livro.

Esta obra agora editada foi produzida na sequência da realização da Jornada Técnica

“Estratégias de Combate ao Uso Ilegal de Venenos em Portugal”, organizada pela Palombar, no contexto do projeto Sentinelas (www.sentinelas.pt), em colaboração com o ICNF, e com o apoio do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), no dia 12 de dezembro de 2019, no Auditório do Centro de Educação Ambiental do Vidoeiro, Vila do Gerês. Esta Jornada Técnica reuniu as principais entidades envolvidas no combate ao uso ilegal de venenos e outras formas de furtivismo em Portugal.

“A presente publicação dá-nos esperança. Dela se pode extrair a complementaridade das intervenções da Administração, das ONG, da comunidade científica, da polícia e do titular da ação penal, da vantagem da cooperação internacional, do trabalho conjunto já realizado, a augurar mais-valias para o futuro. Retira-se, também, a especificidade do conhecimento das diferentes entidades, do que resulta que todas podem e devem ser mobilizadas para o esclarecimento dos casos. Resulta também que, para esse esclarecimento, em particular em matéria de envenenamento, dispomos de meios de atuação in loco, de robusta interpretação pericial e de um modelo de atuação orientador das investigações, o protocolo de atuação do Programa Antídoto, em cuja revisão a Procuradoria-Geral da República foi par”, sublinha ainda a Procuradora da República Elisabete Matos, no prefácio do livro.

Projeto Sentinelas reforçado para criar rede de monitorização de ameaças para a fauna silvestre

Em setembro de 2020, o Fundo Ambiental - Ministério do Ambiente e da Ação Climática aprovou o projeto "Avaliação da Vulnerabilidade da Fauna Silvestre ao Uso Ilegal de Venenos e Reforço da Rede de Sentinelas contra o Furtivismo" da Palombar, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oviedo (Espanha), o qual veio reforçar e integrar o projeto Sentinelas. Este reforço permitirá criar uma rede abrangente e robusta para a deteção de ameaças contra espécies de fauna silvestre relacionadas com o furtivismo em Portugal, englobando ferramentas e métodos interdisciplinares para monitorização e avaliação de riscos neste âmbito. Desta forma, o projeto Sentinelas passou a denominarse, em setembro de 2020, Sentinelas - Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

AEPGA lança projeto de sensibilização dos agricultores

[vc_row][vc_column width="1/4"][vc_single_image image="8780" img_size="709x1280" onclick="link_image"][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1606662502786{margin-left: 26px !important;}"]A Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino ( AEPGA) está a promover o projeto “Enfardar Naturalmente – Transição para uma Agricultura Ecológica”, com o objetivo de substituir o fio de polipropileno pelo fio de sisal, 100% natural e biodegradável. O projeto é apoiado pelo Fundo Ambiental no âmbito da Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020 – Produção e consumo sustentáveis.

“Enfardar Naturalmente – Transição para uma agricultura ecológica", tem como objeto principal o desenvolvimento de uma campanha de sensibilização ambiental que incentive os agricultores e demais intervenientes no processo de aquisição de material agrícola a substituírem o fio agrícola de polipropileno pelo fio de sisal. Com efeito, o fio de polipropileno, vulgarmente designado por baraço, é de difícil reciclagem, acabando frequentemente por ser abandonado no campo, dando origem a microplásticos que contaminam o solo.O fio de sisal, obtido a partir da planta Agave sisalana, é uma excelente alternativa, por se tratar de uma fibra 100% natural, , com propriedades interessantes ao nível da resistência, textura e flexibilidade.

A campanha inclui ações de demonstração do uso do fio de sisal junto de agricultores e consumidores indiretos, prevendo-se o agendamento de mais sessões para 2021 No âmbito da campanha estão ainda previstas ações de informação alertando para a urgência da alternativa ao fio agrícola junto de drogarias e vendedores a retalho, incentivando-os a disponibilizarem o sisal aos consumidores finais; a distribuição de um kit pedagógico pelas escolas, no âmbito da Educação Ambiental, sensibilizando os jovens para a problemática dos plásticos na agricultura e a consequente importância de uma cultura de consumo consciente; a produção de quatro webinars com convidados especialistas na matéria, um deles aberto ao público generalista, envolvendo a sociedade nas soluções de alternativa ao plástico.

Desde a submissão do processo de candidatura, em Maio de 2020, foram desenvolvidos pela AEPGA conteúdos informativos, como um website, cartazes e autocolantes ilustrativos para sensibilização da comunidade em geral, com foco nos agricultores. Está também a ser criada a “Rede de agricultores Pela Transição para uma Agricultura Ecológica”, que visa criar uma rede de contactos de agricultores que aderirem à transição total ou parcial.

Segundo Miguel Nóvoa, da Direção da AEPGA, o projeto “Transição para uma Agricultura Ecológica” terá continuidade nos próximos anos com a sensibilização para a diminuição dos plásticos na agricultura e a promoção, junto dos agricultores, de outras boas práticas amigas do ambiente e promotoras de biodiversidade.

Este projeto responde a obrigações estabelecidas por Portugal no âmbito das regulamentações da Diretiva (UE) 2019/904, relativa à redução do impacto de determinados produtos de plástico no ambiente, e vai de encontro à Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020 (ENEA), nomeadamente no que diz respeito aos Eixos Temáticos “Tornar a Economia Circular – Concepção de Produtos e uso eficiente dos recursos” – apoiando a transição da utilização de um material baseado num recurso limitado e poluente, para um produto natural; e “Valorizar o Território – Ordenamento do Território” – uma vez que se pretende sensibilizar para a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis;

Com este projeto, a AEPGA está também a contribuir para a prossecução dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da ONU, nomeadamente o 12º Objectivo “Produção e Consumo Sustentáveis”, uma vez que apresenta uma utilização mais eficiente dos recursos naturais, contribui para a redução dos resíduos de polipropileno e para a disseminação da informação sobre a alternativa ecológica do fio agrícola; A campanha contribuirá ainda para o Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC), visto que o projeto visa sensibilizar os consumidores de fio agrícola para uma alternativa sustentável.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Aumentos das temperaturas vão ‘assar’ a Península Ibérica

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1605740886787{margin-bottom: 30px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1605741294359{margin-left: 26px !important;}"]As temperaturas da Península Ibérica vão aumentar de forma “muito preocupante” durante este século. O alerta é de um estudo da Universidade de Aveiro (UA) que prevê até 2100 aumentos da temperatura média de 2 a 3 graus ao longo de todo o ano, o suficiente para causar graves impactos no meio ambiente e, por consequência, na saúde pública. Em Portugal há mesmo regiões que poderão registar aumentos de 4 a 5 graus centígrados nas máximas diárias.

As implicações poderão ser enormes”, alerta o investigador David Carvalho. Com base nos aumentos de temperatura detetados no estudo que coordenou, o cientista do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA antevê que “o número de dias por ano com temperaturas máximas acima dos 40 graus centígrados poderão aumentar até cerca de 50 dias por ano no final deste século”.

[caption id="attachment_8715" align="alignleft" width="950"] Diferenças de temperatura[/caption]

O investigador  sublinha, “daqui a algumas décadas poderemos ter 3 meses por ano onde as temperaturas máximas diárias são acima de 40 ºC, se bem que esta tendência é mais predominante no centro-sul de Espanha e não tanto para Portugal”. Aumentos que, a acontecerem, “trarão de certeza consequências significativas para a saúde humana, mas principalmente para o meio ambiente e em áreas como a agricultura, os fogos florestais, a desertificação ou a seca”.

Subida dos termómetros em todas as linhas


Publicado na revista Climate Dynamics, o estudo assinado pelos investigadores do CESAM David Carvalho, Susana Cardoso Pereira e Alfredo Rocha projetou e analisou as temperaturas de superfície na Península Ibérica para dois períodos futuros, o primeiro de 2046 a 2065 e o outro de 2081 a 2100.

Os resultados apontam para aumentos da temperatura diária, não só da média como também da máxima e da mínima, para praticamente todo o território da Península Ibérica. As temperaturas máximas diárias aumentarão mais do que as médias e as mínimas serão as que aumentarão menos.

No entanto, existe uma grande variação espacial nestes aumentos de temperatura: para Portugal os aumentos andarão à volta dos 1,5-2 graus centígrados para o período 2046-2065 e de 2-3 graus centígrados para 2081-2100 em termos de temperatura média diária. No caso da temperatura máxima, o aumento poderá chegar aos 4-5 graus centígrados no final do século.

As zonas projetadas para terem maiores aumentos de temperatura são as zonas centro e sul de Espanha, onde poderão ultrapassar os 5 graus centígrados em termos de temperaturas médias diárias.

Os resultados das projeções “são, sem dúvida, muito preocupantes”, alerta David Carvalho, coordenador do estudo e investigador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da UA. O cientista explica a preocupação com os resultados: “Aumentos de cerca de 2-3 graus centígrados em termos de temperaturas médias, máximas e mínimas são suficientes para causar impactos em áreas vitais como agricultura, fogos florestais, seca, desertificação e respetivos impactos na saúde e bem-estar das pessoas”.

Quando os dados mostram aumentos de 5-6 graus centígrados em algumas zonas de Espanha e entre 1.5-3 graus centígrados para a maioria das zonas da Península Ibérica, isso é sem dúvida motivo de preocupação”, refere o investigador.

[caption id="attachment_8716" align="alignleft" width="1200"] Temperatura máxima de verão[/caption]

E como se já não bastasse, David Carvalho sublinha ainda a “unanimidade quase total nos dados de clima futuro no que diz respeito ao aumento generalizado de temperatura na Península Ibérica, em todas as estações do ano, zonas geográficas e tipo de temperaturas”, sejam elas médias, máximas e mínimas.

É urgente reduzir a emissão de gases

A emissão para a atmosfera de grandes quantidades de gases com efeito de estufa, como é o caso do dióxido de carbono e do metano, refere o cientista do CESAM, “são as principais causas para o aumento de temperatura que estamos já a assistir, e que serão amplificadas nas próximas décadas”.

As soluções para contrariar as subidas do termómetro são já conhecidas, mas David Carvalho sublinha-as mais uma vez: “apostar fortemente numa descarbonização do modelo socioeconómico em que vivemos, ou seja, usar meios de produção de energia que não impliquem a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, apostar também num uso mais eficiente dos nossos recursos energéticos e evitar a necessidade de produção de tantos bens de consumo”.

O único caminho a seguir será gastar menos energia e recursos e ao mesmo tempo gerar a energia de que necessitámos sem emissão de gases com efeito de estufa”, resume David Carvalho.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Animais no ártico alteram comportamentos em resposta às alterações climáticas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1604752288769{margin-bottom: 20px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1604752574031{margin-left: 25px !important;}"]Depois de 30 anos a monitorizar os movimentos de animais que habitam a zona polar ártica, cerca de 150 investigadores de mais de 100 instituições, entre os quais o biólogo José Alves, da Universidade de Aveiro (UA), não têm dúvidas: as alterações climáticas que levaram o ártico a entrar num novo estado ecológico, provocaram alterações na dinâmica espácio-temporal dos animais que habitam a região. O artigo foi publicado hoje na revista Science.

O trabalho demonstra como aves migradoras alteraram os seus padrões migratórios e várias populações de renas mudaram a sua fenologia reprodutora em resposta às alterações climáticas no ártico. Por outro lado, ursos, alces e lobos não modificaram as suas taxas de deslocação em resposta à precipitação, embora os alces se movimentem mais com as temperaturas mais altas no verão, sugerindo diferenças nestas respostas em diferentes níveis tróficos do ecossistema ártico.

José Alves, investigador no Departamento de Biologia e no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), um dos laboratórios Associados da UA, e coautor do artigo, indica que “no ártico, o aquecimento global tem-se manifestado de forma muito notória, pois as temperaturas têm aumentado nos polos de forma mais acentuada do que no resto do globo, um fenómeno denominado por amplificação polar ártica”. O fenómeno, aponta o biólogo, “coloca os animais que habitam esta região na linha da frente dos efeitos das alterações climáticas”.

A investigação de excelência desenvolvida pelo investigador José Alves no âmbito do estudo com animais que habitam na zona polar ártica foi aceite numa das revistas mais prestigiadas do mundo, a Science”, congratula-se Artur Silva. O Vice-reitor da UA para a Investigação aponta que “este estudo, e outros desenvolvidos pelo Investigador e sua equipa, mostram a relação que existe entre comportamentos e alterações fisiológicas dos referidos animais e as alterações climáticas do planeta”. Por isso, o responsável não tem dúvidas: “O investigador José Alves, um dos bons representantes da comunidade científica da Universidade de Aveiro, contribui com os seus estudos para alertar o Mundo para as consequências do aquecimento global”.

Seguimento cada vez mais detalhado

Desde mamíferos marinhos, como baleias e focas, a aves terrestres, como são exemplo as águias e os passeriformes, passando pelas aves marinhas, como a andorinha-do-mar ou o airo, e mamíferos terrestres, como ursos e renas, até às aves limícolas, como o ostraceiro ou o maçarico-de-bico-direito, todos estes animais têm cada vez mais sido alvos de programas de monitorização remota, com recurso a aparelhos electrónicos de seguimento, como é o caso dos transmissores GPS.

Inicialmente, apenas animais de maior porte tinham capacidade para transportar este tipo de aparelhos, mas a rápida inovação tecnológica das últimas décadas, possibilitou a existência de equipamentos com precisão GPS pesando apenas 1 grama. Esta miniaturização permitiu aos investigadores que se dedicam ao estudo da ecologia destas espécies no árctico, colocar estes aparelhos num número cada vez mais diversificado de espécies (201 e a aumentar) transformando esses indivíduos em autênticos bio-sensores.

Em suma, os cientistas conseguem registar os seus movimentos com muita precisão e quantificar alterações nas suas deslocações, monitorizando estes padrões em grande detalhe. Seguindo alguns indivíduos é, assim, possível perceber como estas espécies respondem (ou não) às alterações que ocorrem nos seus habitats. E os padrões de movimento de todos estes grupos não enganam: o ártico está a mudar, e a forma como estas espécies usam estes habitats também.

Respostas comportamentais nem sempre favoráveis

À primeira vista até pode parecer que estes animais estão a responder a estas alterações no clima, contudo nem sempre estas respostas são suficientes ou se traduzem em resultados favoráveis para estas populações. José Alves, que estuda as aves limícolas na Islândia desde 2006, indica, por exemplo, o caso do ostraceiro, uma ave migradora que tem uma proporção cada vez maior de aves residentes, ou seja, que passam o inverno na Islândia, enquanto as restantes migram para o Reino Unido, Irlanda e continente europeu durante os meses mais frios do ano.

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Foto: Verónica Méndez




Macarico-de-bico-direito (Limosa limosa) capturado no seu território de reprodução em Floi í Fridland, que recebeu um transmissor para seguimento detalhado dos seus movimentos. Esta espécie migradora tem adiantado as datas de chegada à Islândia, reproduzindo-se mais cedo em anos mais quentes. (Créditos: Verónica Méndez)

Foto: Verónica Méndez


Maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa) capturado no seu território de reprodução em Floi í Fridland, que recebeu um transmissor para seguimento detalhado dos seus movimentos. Esta espécie migradora tem adiantado as datas de chegada à Islândia, reproduzindo-se mais cedo em anos mais quentes. (Créditos: Verónica Méndez)

José Alves


José Alves desenvolve investigação no ártico e sub-ártico desde 2006, estudando as aves limícolas migradoras que se reproduzem no interface entre a tundra e zonas agrícolas a altas latitudes e que durante o inverno migram para locais mais amenos, nomeadamente os estuários portugueses.

Foto: Sölvi Vignisson


Bando de ostraceiros em voo em Hvalfjörður na costa oeste da Islândia, uma espécie que têm vindo a alterar os seus comportamentos migratórios com um número cada vez maior de indivíduos a permanecer todo o ano na Islândia, tirando partido dos invernos mais amenos que se tem vindo a fazer sentir nestas latitudes. (Créditos: Sölvi Vignisson)

Foto: Sölvi Vignisson


Os ostraceiros que invernam na Islândia e que, apesar de invernos amenos serem cada vez mais frequentes, podem em anos mais rigorosos enfrentar vários dias com temperaturas abaixo de zero. A alteração no seu comportamento migrador, passando a residentes na Islândia tem subjacente risco de enfrentar condições de tal forma adversas que nem todos conseguirão persistir. (Créditos: Sölvi Vignisson)

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[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row css=".vc_custom_1604752772259{margin-top: -20px !important;}"][vc_column width="1/4" css=".vc_custom_1604752907507{margin-top: -30px !important;}"]

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[/vc_column][vc_column width="3/4" css=".vc_custom_1604752897840{margin-top: -30px !important;}"][vc_column_text css=".vc_custom_1604752420843{margin-left: 26px !important;}"]Esta alteração de comportamento não é alheia aos invernos cada vez mais amenos que se têm vindo a fazer sentir no país. Contudo, explica José Alves, “quando há um inverno mais rigoroso, como no ano passado, várias destas aves acabam por morrer! E esse é um preço muito alto a pagar”. Esta alteração no comportamento e movimentos migratórios dos indivíduos desta espécie que se reproduzem na Islândia faz com que esta seja a latitude mais a norte onde passam o inverno.

Existem também alterações na fenologia destas espécies. É o caso, por exemplo, do maçarico-de-bico-direito, que tira partido da antecipação da primavera chegando às zonas de reprodução na Islândia cada vez mais cedo no ano. Contudo, a janela mais larga de temperaturas favoráveis durante esta época do ano tem feito também com que os agricultores expandam a área agrícola, pois têm mais tempo para tirar partido de épocas mais longas para crescimento de feno (uma das poucas culturas viáveis nestas latitudes). Ao perderem habitat natural, os maçaricos colocam cada vez mais os seus ninhos nas zonas agrícolas.

Mas o crescimento rápido destas plantas não permite que haja tempo suficiente para incubar os ovos e fazer com que as crias sejam grandes o suficiente para escapar às máquinas quando se inicia a ceifa. “O tempo de incubação e crescimento das crias é praticamente o mesmo independente da temperatura. Estes ritmos não se alteram muito devido a factores extrínsecos”, explica José Alves. O investigador adianta que “são processos que estão ajustados aos habitats naturais no ártico e sub-ártico, mas desadequados para feno de crescimento rápido plantado nestes habitats artificiais, que se têm expandindo devido às alterações climáticas que aí se fazem sentir”.

Evitar a 6ªvaga de extinção

A concluir, o investigador sugere que, num momento em que se planeia o relançamento da economia na Europa, se promovam esforços para reduzir as emissões de carbono, limitando assim o aquecimento global que se faz sentir de forma muito prevalente no ártico. “É preciso dar tempo a estas espécies de responder às alterações que enfrentam, para que se evite a cada vez mais evidente 6ª vaga de extinção, que é consequência da ação humana”, apela.

Este artigo tem por base uma grande base de dados que permitiu a criação do Arctic Animal Movement Archive – AAMA [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]. Os autores apelam à contribuição de mais investigadores para que essa informação origine novas descobertas.

A equipa de José Alves encontra-se neste momento num período de intensa atividade de monitorização e seguimento de aves limícolas no estuário do Tejo. Muitas destas espécies migram para o ártico e sub-ártico na primavera e a maior e mais importante zona húmida de Portugal para as aves limícolas desempenha um papel fundamental nesta fase do ano, permitindo que estas aves cheguem nas melhores condições aos seus locais de nidificação nessa região.

O conhecimento adquirido pelos investigadores ao longo da rota migratória do Atlântico Leste nas últimas décadas tem sido crucial para a implementação de medidas de conservação para estas aves.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_column][/vc_column]

Projeto da Palombar sensibiliza para serviços que a avifauna presta aos ecossistemas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1604746827219{margin-bottom: 30px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1604746813064{margin-left: 25px !important;}"]Controlar pragas, reciclar nutrientes, limpar habitats, aumentar a produtividade agrícola, promover o crescimento florestal: sensibilizar a comunidade para estes e outros serviços de ecossistemas fundamentais prestados pela avifauna com o propósito de informar sobre a sua importância e papel vital e alertar para os problemas que têm provocado o declínio de várias espécies de aves associadas aos ecossistemas agrícolas é o principal objetivo do projeto ‘Reconecta-te à Natureza - as aves fazem mais do que cantar’ da organização não governamental de ambiente (ONGA) Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural.

Este projeto, financiado pelo Fundo Ambiental - Ministério do Ambiente e da Ação Climática e aprovado em outubro de 2020, tem como área de intervenção os municípios abrangidos pela Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), e visa também capacitar os cidadãos, oferecendo ferramentas que lhes permita intervir de forma sustentável no capital natural presente nesta região, através de materiais lúdicopedagógicos-informativos e ações de formação. O propósito é alterar comportamentos e promover o envolvimento da comunidade, potenciando uma cidadania ativa, participativa e informada, em prol da sustentabilidade ambiental.

Adicionalmente, o projeto pretende aproximar a sociedade da ciência, através da transmissão de conhecimentos científicos de forma simples e prática, envolvendo diferentes intervenientes com papéis importantes na conservação da biodiversidade, bem como promover uma maior interligação entre os gestores do território e os agentes de conservação da natureza, assegurando uma maior cooperação e articulação em benefício da biodiversidade.

O projeto tem como foco dois grupos de avifauna: os passeriformes e as aves de rapina. No caso dos passeriformes, irá abordar os serviços que estes prestam para os ecossistemas associados a hortas, pomares e florestas; e, no que se refere às rapinas, as ações incidirão sobre espécies diurnas ligadas ao habitat das searas, tendo o tartaranhão-caçador (Circus pygargus) como espécie bandeira, e noturnas, associadas às quintas, apresentando como espécie de destaque a coruja-das-torres (Tyto alba).

Durante este projeto, serão produzidos materiais diversificados para diferentes plataformas digitais e suportes impressos. O público-alvo é a população em geral, a comunidade escolar e os agricultores, em específico. Vídeos, mupis, cartazes, kits e conteúdos pedagógicos para os docentes abordarem as temáticas do projeto em contexto escolar, sessões de sensibilização, conversas informais e um webinar são alguns dos materiais e ações que integram este projeto.

Vão ser também implementadas, no território de intervenção, entre outras medidas, ações com vista à identificação e monitorização de ninhos de tartaranhão-caçador para promover a sua proteção e sucesso reprodutivo, em estreita colaboração com os agricultores locais, com o intuito de criar uma rede de proprietários agrícolas "Amigos do Tartaranhão-caçador".

De igual forma, o projeto irá promover o seguimento de ninhos de coruja-das-torres e revelar, através de imagens de vídeo em direto e conteúdos multimédia, o comportamento desta espécie no ninho e alertar para a importância de a conservar e proteger.

Sensibilizar e educar para a conservação da avifauna, através de uma relação pedagógica, de proximidade e cooperação, é a chave para assegurar um futuro sustentável a nível local, regional e global, e para preservar a relação de benefício mútuo do binómio Homem-Natureza.

Aves que ocorrem nos habitats agrícolas estão em declínio: é urgente agir para as conservar

A biodiversidade de avifauna na Europa está a sofrer uma redução sem precedentes. Estudos recentes alertam que 39% de um universo de 170 espécies de aves comuns encontram-se atualmente em acentuado declínio populacional, sobretudo aquelas que ocorrem em habitats agrícolas. Em Portugal, a situação é especialmente dramática para espécies com as quais estamos habituados a lidar no nosso dia-a-dia, espécies comuns, que afinal já não o são. É o caso do pintassilgo (Carduelis carduelis), da andorinha-daschaminés (Hirundo rustica) e da rola-brava (Streptopelia turtur), esta última com uma diminuição populacional de 80% nos últimos 15 anos.

O declínio das populações de aves selvagens leva a uma diminuição preocupante dos seus serviços para os ecossistemas, afetando o seu equilíbrio e manutenção, e gerando consequências nefastas para os habitats, a biodiversidade e para as comunidades e o seu bem-estar.

Os principais fatores responsáveis por esta perda de biodiversidade são as atividades humanas assentes em práticas agrícolas insustentáveis, a homogeneização e consequente degradação do mosaico agro-silvo-pastoril, o uso de agroquímicos e ainda os impactos diretos no sucesso reprodutivo de várias espécies, como a destruição de ninhos.

Na região de Trás-os-Montes, a agricultura tem um papel fundamental a nível social, ambiental e económico e contribui significativamente para a preservação da paisagem. É, por isso, essencial implementar no território medidas amigas do ambiente que permitam promover uma gestão sustentável dos recursos naturais, que assegure a preservação da biodiversidade, por um lado, e a viabilidade socioeconómica das zonas rurais, onde o setor primário é determinante, por outro.

Os serviços naturais para os ecossistemas tendem a aumentar e a manterem o seu equilíbrio com o aumento da biodiversidade, sendo esta uma componente chave dos ecossistemas multifuncionais. Urge, desta forma, fomentar o conhecimento da comunidade sobre o potencial das aves e das suas funções ecológicas nos ecossistemas, com o objetivo de assegurar a continuidade da interação harmoniosa e sustentável atividades humanashabitats biodiversidade, a qual promove benefícios mútuos essenciais para garantir a sobrevivência e o bem-estar de todas as formas de vida.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Padrões alimentares dos portugueses são insustentáveis

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1604395253611{margin-bottom: 20px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1604395238945{margin-left: 26px !important;}"]A alimentação pesa 30 por cento na pegada ecológica dos portugueses, mais do que os transportes ou o consumo de energia. A percentagem faz de Portugal o país mediterrânico com a maior pegada alimentar per capita. A conclusão é de um estudo da Universidade de Aveiro (UA) que deixa o alerta para uma balança muito desequilibrada: “Portugal importa 73 por cento dos alimentos e só o peixe e a carne ocupam cerca de metade do peso da pegada alimentar nacional”.


A Pegada Ecológica nacional, por habitante, é superior à biocapacidade do país ou do próprio planeta, o que siginifica que se todas as pessoas no mundo consumissem como os Portugueses, precisaríamos de 2,3 planetas Terra.  29 por cento dessa pegada diz respeito à alimentação, 20 por cento aos transportes e 10 por cento à habitação.


A pegada alimentar avalia em hectares globais (gha) a quantidade de recursos naturais que necessitamos para produzir o que comemos num ano. Sabendo que o país tem anualmente um ‘orçamento natural’ de 1,28 gha por habitante [valor de 2016], percebemos que só para nos alimentarmos ‘gastamos’ 1,08gha, ou seja, 84 por cento desse orçamento”, aponta Sara Moreno Pires, professora do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da UA.


Se dependêssemos exclusivamente da biocapacidade de Portugal para nos alimentarmos, refere a coautora do estudo, “ficaríamos com um saldo de 0,20 gha para todas as restantes atividades de consumo [transporte, habitação, energia, vestuário, etc.], se não quiséssemos ter défice ecológico”.


Mas grande parte da biocapacidade necessária para a nossa alimentação provém de outros países, como Espanha, França, Ucrânia ou mesmo China Senegal, o que implica uma pressão e uma dependência desses ecossistemas.


Portugal é, por esses motivos, o pior país de 15 países do Mediterrâneo no que diz respeito à Pegada Alimentar”, alerta Sara Moreno Pires.


Publicado recentemente na reconhecida revista científica internacional Science of the Total Environment, o estudo intitulado “Transição alimentar sustentável em Portugal: uma avaliação da pegada das escolhas alimentares e das lacunas nas políticas de alimentação nacionais e locais” [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], assinado por investigadores da UA e da Global Footprint Network, apresenta conclusões relevantes sobre a insustentabilidade dos padrões alimentares dos portugueses e a ainda frágil estrutura de políticas públicas para inverter esta tendência. Para além de Sara Moreno Pires, também pela UA Armando Alves e Filipe Teles assinam o trabalho.


 Peixe nosso de cada dia


Portugal é o terceiro maior consumidor de pescado do mundo, com cerca de 61,7 quilos consumidos por pessoa em 2017 e 60 por cento da biocapacidade para produzir esse pescado vem de outros países, sendo Espanha um dos parceiros comerciais mais evidente. A elevada intensidade da Pegada Ecológica de peixes como o atum, espadarte e bacalhau (não considerando a Pegada associada ao seu transporte) são outra evidência, que aliados à sua força cultural na alimentação portuguesa, salientam ainda mais o impacto elevado do consumo de peixe na Pegada Alimentar.


Além disso, o estudo identifica uma dependência da biocapacidade de países estrangeiros (como a Espanha, França, Brasil, ou mesmo a China) para produzir recursos alimentares, de modo a satisfazer a procura dos portugueses, sendo as categorias mais dependentes as de “pão e cereais” (em que se importa quase 90 por cento dos hectares globais necessários à sua produção), “açúcar, mel, doces, chocolate, etc.” (com um importação na ordem dos 80 por cento) ou “gorduras alimentares” (com cerca de 73 por cento).


Para além da esperada relação comercial com Países Europeus, o estudo aponta uma dependência de países como Uruguai (na carne), África Ocidental e Senegal (no peixe), EUA (no leite e produtos lácteos), Argentina, Canadá e Brasil (nas gorduras alimentares ou frutos), ou China (nos frutos e nos vegetais).


 Políticas locais imprescindíveis


Urge mudar hábitos alimentares e ter tolerância zero quanto ao desperdício”, sublinha Sara Moreno Pires garantindo que “o papel das políticas públicas é igualmente crítico para promover sistemas alimentares mais sustentáveis, desde a produção agrícola, ao processamento, à distribuição, ao consumo ou ao reaproveitamento dos alimentos, e para envolver todos nesta mudança”.


Dada a relevância de se estruturar e apoiar a governação das cidades em torno de sistemas alimentares mais sustentáveis, por estas desempenharem um papel fundamental na promoção de padrões alimentares resilientes e economicamente prósperos, pela sua proximidade e interação com diversos atores, este estudo identifica um conjunto de pontos fortes e fracos nas políticas de alimentação em seis cidades portuguesas:  Almada, Bragança, Castelo Branco, Guimarães, Lagoa e Vila Nova de Gaia.


Como importantes contributos dos municípios, o estudo destaca a sensibilização da população para a Pegada Ecológica da alimentação através de Calculadoras Municipais da Pegada Ecológica disponíveis nos websites destas Câmaras Municipais, a promoção de hortas urbanas, hortas sociais e hortas pedagógicas, ou iniciativas inovadoras como o Banco de Terra em Guimarães, através da sua Incubadora de Base Rural, ou a investigação agroalimentar, promovida pelo Município de Castelo Branco em parceria com o CATAA – Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar.


O Município de Vila Nova de Gaia destaca-se por inúmeras ações importantes, desde a divulgação de infografias de sustentabilidade alimentar na plataforma de educação a todos os encarregados de educação, a ações de avaliação do desperdício alimentar nas escolas ou cadernos de encargos para o fornecimento de refeições escolares promotoras da sustentabilidade alimentar. Este município é ainda signatário do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana, um importante compromisso político assumido por muitos autarcas do mundo inteiro em 2015, para o desenvolvimento de sistemas alimentares baseados nos princípios da sustentabilidade e da justiça social.


Das principais fragilidades identificadas pelos investigadores, a falta de recursos humanos adequados e com conhecimento especializado para trabalharem estas temáticas (com grupos multidisciplinares de profissionais qualificados, de nutricionistas a engenheiros florestais e agrícolas) ou de estruturas municipais para a promoção integrada de uma política de alimentação, são alguns dos fatores mais críticos. Destacam-se ainda o frágil suporte a circuitos agroalimentares curtos, que aproximem os produtores dos consumidores e a produção alimentar periurbana às cidades; a falta de regulamentação que promova compras públicas sustentáveis e a redução do desperdício alimentar; a ainda frágil colaboração entre as autarquias e diferentes setores (produtores, escolas profissionais, terceiro setor, empresas), bem como a falta de um compromisso político forte orientado para políticas alimentares locais. A falta de estratégias alimentares municipais ou de políticas integradas dedicadas à alimentação saudável e sustentável é disso um exemplo.


O estudo mostra que é necessário e urgente investir em mais informação (que identifique e avalie os impactos das iniciativas locais), mais recursos humanos, bem como na capacidade dos governos locais para promoverem sistemas alimentares equitativos, resilientes e sustentáveis. A coordenação entre atores e políticas, sobretudo a nível intermunicipal, ou mesmo nacional (nomeadamente com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) é um passo necessário, bem como a sensibilização de todos os intervenientes na cadeia alimentar (da produção, ao processamento, distribuição, consumo e resíduos) para a mudança de comportamentos, de forma permitir um olhar renovado sobre como os sistemas alimentares se podem tornar mais sustentáveis em Portugal.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Espécies Invasoras, uma das principais ameaças à biodiversidade a nível global

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1602235601284{margin-bottom: 100px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1602235864457{margin-left: 26px !important;}"]As espécies invasoras são a 5ª ameaça à biodiversidade a nível global. Com o objetivo de aumentar a sensibilização e conhecimento da população sobre este problema, o Centro de Ecologia Funcional vai promover, de 10 a 18 de outubro, a 1ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI).

Esta iniciativa da Plataforma Invasoras.pt do Centro de Ecologia Funcional, que reúne investigadores do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), conta com a participação de mais de meia centena de entidades, entre instituições públicas e privadas, associações, grupos informais, etc., como é o caso de vários municípios, institutos de investigação e ensino superior, associações de defesa do ambiente e centros Ciência Viva.

[caption id="attachment_8481" align="alignleft" width="960"] Eichhornia crassipes[/caption]

No seu conjunto, ao longo desta semana, organizam perto de 100 atividades, a decorrer de norte a sul do continente e ilhas dos Açores e Madeira. Muitas ações são online, permitindo a participação à distância. Entre as várias atividades, incluem-se ações de controlo de espécies invasoras no terreno, palestras, workshops e percursos pedestres para mapeamento de espécies invasoras. Os públicos-alvo são variados (público em geral, alunos de diversos graus de ensino, autarquias, técnicos ligados à conservação da natureza e gestão florestal e de áreas verdes, professores, etc.).

As espécies invasoras, explicam os investigadores que promovem a 1ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras, «são uma das principais ameaças à biodiversidade a nível global, mas uma grande parte dos cidadãos desconhece esta ameaça ambiental. Em Portugal, de acordo com a legislação nacional (Decreto-Lei nº 92/2019), estão listadas mais de 300 espécies exóticas invasoras, entre plantas e animais, como é o caso da mimosa, do jacinto-de-água, da vespa-asiática ou do lagostim-vermelho-do-Louisiana. A nível global, as espécies exóticas invasoras são a 5ª ameaça à biodiversidade, de acordo com a IPBES (Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystem Services), além de promoverem outros impactes significativos a nível ambiental, assim como a nível socioeconómico».

[caption id="attachment_8482" align="alignleft" width="960"] Eichhornia crassipes Ereira[/caption]

No âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas, acentuam, «o objetivo 15.8 prevê implementar medidas para evitar a introdução e reduzir significativamente o impacte de espécies exóticas invasoras nos ecossistemas terrestres e aquáticos, e controlar ou erradicar as espécies prioritárias. Os cidadãos têm um papel relevante não só na prevenção das invasões biológicas, mas também na mitigação dos seus impactes, pelo que é crucial aumentar a sensibilização sobre este tema».

Com a realização da SNEI, os investigadores do Centro de Ecologia Funcional da UC & IPC esperam aumentar a visibilidade desta temática ambiental junto do público em geral, mas também dos principais atores que lidam com estas espécies a nível profissional e político.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Investigadores da UC desenvolvem Smart Microgrid inovadora

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1602162003632{margin-bottom: 100px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1602161987669{margin-left: 26px !important;}"]Uma equipa do Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra (ISR-UC) desenvolveu uma microrrede de energia inovadora, que agrega produção fotovoltaica, armazenamento de energia em baterias de iões de lítio (baterias de última geração), controlo inteligente de cargas e interação vehicle to grid (V2G) usando carregadores elétricos com a recente tecnologia “silicon-carbide” - carregadores especiais que permitem transferência de potência bidirecional de elevada eficiência.


Uma microrrede (em inglês, microgrid) é uma rede inteligente de distribuição de energia com capacidade para funcionar de forma autónoma da rede elétrica principal, e que permite a integração, monitorização e controlo dos recursos, proporcionando maior eficiência energética e combatendo o desperdício.


Podemos imaginar bairros inteiros a funcionarem como microrredes - com telhados repletos de painéis fotovoltaicos acoplados a um sistema de baterias de armazenamento de energia e a veículos elétricos, bem como a um sistema inteligente de controlo e monitorização, permitindo, por exemplo, armazenar o excesso de produção gerada ao longo do dia para assegurar o fornecimento de energia à noite, quando não é gerada energia fotovoltaica.


«O nosso trabalho consistiu precisamente em interligar todos estes ativos e colocá-los a funcionar em conjunto, para ter uma microrrede que consiga funcionar autonomamente, só com a sua produção local e capacidade de armazenamento. O sistema que desenvolvemos é, cremos nós, o primeiro em Portugal a incluir V2G (vehicle to grid) e carregadores “silicon-carbide” e será usado para desenvolver algoritmos de controlo de microrredes numa panóplia de cenários», explica Alexandre Matias Correia, investigador principal do projeto, que faz parte da sua tese de doutoramento, orientado pelo catedrático Aníbal Traça de Almeida.


A microrrede desenvolvida no ISR-UC está em teste no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e os primeiros resultados indicam uma eficiência energética entre os 85-90%. O sistema solar fotovoltaico tem uma potência de 78kWp e foi inteiramente adquirido pelo ISR e oferecido à Universidade de Coimbra.


Esta instalação-piloto vai servir de modelo para o próximo passo da investigação: desenvolver uma microgrid específica para ser utilizada em situações de catástrofe. «Com base nesta bancada de testes, vamos desenvolver novos algoritmos e estratégias de controlo que permitam manter e garantir o fornecimento de energia mesmo durante situações de catástrofe, como incêndios florestais, furacões, cheias etc.», diz Alexandre Matias Correia.


O investigador do ISR considera que o paradigma energético está a mudar, salientado que, «sem dúvida, o futuro passa pelas microrredes. São soluções tecnológicas que contribuem de forma significativa para o processo de transição energética, a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) e combate ao desperdício».


O projeto, que foi recentemente exposto à comunidade científica, na 56ª Conferência IEEE “Industrial & Comercial Power Systems”, vai ser apresentado à EDP Distribuição na próxima segunda-feira, dia de 12 de outubro.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Academia Ponto Verde vai colocar as escolas de todo o país a reciclar mais e melhor

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1600765566298{margin-bottom: 129px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1600765548977{margin-left: 26px !important;}"]A Academia Ponto Verde está de volta mesmo a tempo do regresso às aulas. Este ano, o projeto da Sociedade Ponto Verde volta a desafiar as escolas com novas dinâmicas e apresenta o músico Murta como embaixador da iniciativa.

Para o ano letivo 2020/2021, um dos objetivos da Academia Ponto Verde é manter-se atual e aproximar-se da comunidade escolar. É neste sentido que lança um concurso direcionado a escolas do 2º, 3º ciclo, ensino secundário e profissional levando-os a participar mensalmente em passatempos e desafios criativos que lhes garantem prémios, entre eles uma visita do embaixador da Academia.

Murta é músico e começou por ser conhecido do grande público pela sua participação no programa “The Voice Portugal”. Em 2019, lançou o seu muito bem-sucedido álbum de estreia, “D’Art Vida”, e acaba de lançar o seu novo single “Alguém Que Mude”. Empenhado com as questões ambientais, sustentabilidade e proteção do planeta, o embaixador da Academia não hesitou em assumir a missão de aumentar a reciclagem junto dos mais jovens. “Devemos olhar para a meta da sustentabilidade do planeta como um conjunto de pequenas ações que todos podemos colocar em prática no dia-a-dia.

Plantar uma árvore ou separar e enviar as embalagens para a reciclagem são pequenas coisas que fazem realmente a diferença. Associo-me a este projeto da Academia Ponto Verde porque acredito que desde criança devemos começar a criar estes hábitos sustentáveis e que a escola pode ter esse papel fundamental”, afirma Murta.

Com o objetivo de contribuir para uma maior sensibilização do público escolar e incentivar o aumento de reciclagem nas Escolas, o concurso irá decorrer através do renovado site da Academia Ponto Verde onde serão publicados todos os desafios, porque a reciclagem também pode ser digital.

Para participar, os professores terão de se inscrever através da plataforma de modo a poderem dinamizar as iniciativas junto dos seus alunos. O concurso engloba vários tipos de provas desde passatempos interativos, a desafios que apelam à realização de atividades criativas, à implementação de um plano de ação para promover o aumento de separação de embalagens nas escolas.

“Criamos este concurso para ser um gatilho impulsionador que nos permita chegar ao final do ano letivo e verificar que realmente conseguimos aumentar a participação das escolas na reciclagem. O concurso estende-se a nível nacional para que todas as escolas tenham a possibilidade de participar e de mobilizar os seus alunos para os desafios que mensalmente lhes vão ser colocados. Queremos que no final do dia as crianças e jovens cheguem a casa e possam partilhar com a família os conhecimentos e boas práticas que adquiriram com este concurso”, assinala Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

As escolas, através dos professores, podem inscrever-se e vão somando pontos ao longo do ano letivo – quanto mais participações (mais turmas e alunos) tiverem mais pontos vão somando.

O período de inscrições decorre de 21 de setembro a 31 de dezembro e o regulamento pode ser consultado aqui [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]. Em maio serão determinadas e premiadas as escolas vencedoras a nível nacional e a escola com maior pontuação em cada distrito.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

IGAMAOT instaurou 100 processos de contraordenação a instalações com fontes radioativas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1600266680995{margin-left: 26px !important;}"]A Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) anuncia o levantamento de 100 autos por contraordenações em matéria de exposição a radiações ionizantes em instalações médicas e não médicas (hospitais, clínicas de imagiologia, consultórios dentários e veterinários) e em instalações industriais.

A ação da IGAMAOT abrangeu, de janeiro a agosto deste ano, mais de uma centena de operadores em instalações com exposições médicas e não médicas e em instalações industriais detentoras de equipamentos com fontes radioativas seladas (nomeadamente medidores nucleares e gamadensímetros).

Entre as infrações detetadas pelos inspetores, destacam-se a inexistência de inventários das fontes radioativas seladas, a falta de licenciamento de equipamentos e da implementação de boas práticas, a falta de proteção e segurança das fontes de radiação (sobretudo no armazenamento dos equipamentos), a exportação ilegal de equipamentos contendo fontes radioativas seladas e a gestão inadequada de fontes fora de uso. As infrações podem dar origem a contraordenações com coimas que podem ir de dois mil a cinco milhões de euros.

Estas inspeções inserem-se no âmbito da transposição para Portugal da Diretiva da União Europeia que fixa as normas de segurança e proteção contra os perigos resultantes da exposição a radiações ionizantes (Diretiva 2013/59/Euratom).

Em 2019, a IGAMAOT recebeu as competências em matéria de radiações ionizantes anteriormente repartidas pelas Autoridades Regionais de Saúde, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, o Instituto Superior Técnico/ Campus Tecnológico e Nuclear e pela Comissão Reguladora para a Segurança das Instalações Nucleares.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Projeto Sentinelas já conta com 13 grifos marcados para detetar ameaças contra a biodiversidade

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1596183583811{margin-bottom: 120px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1596183567540{margin-left: 25px !important;}"]

[gallery link="file" size="full" bgs_gallery_title="Grifos. Créditos das fotografias: Palombar " ids="7429,7428,7427"]

A rede de sentinelas de combate ao uso ilegal de venenos e outras ameaças para a biodiversidade criada no âmbito do projeto Sentinelas (www.sentinelas.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]) conta já com 13 grifos (Gyps fulvus) marcados com dispositivos GPS-GSM e/ou anilhas. Ao todo, desde o início do projeto, em 2019, foram colocados emissores GPS-GSM e anilhas em dez indivíduos e apenas anilhas noutros três.

Na quinta-feira dia 23 de julho de 2020, foram marcados seis grifos adultos na Zona de Proteção Especial (ZPE) Rios Sabor e Maçãs da Rede Natura 2000, no concelho de Vimioso, dos quais em cinco foram colocados emissores e anilhas PVC e metálicas, e num apenas as anilhas. Para além da marcação, foram registadas várias biometrias e colhidas diversas amostras biológicas dos exemplares para análise. Nas ações de captura e marcação estiveram presentes técnicos da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural e investigadores da Universidade de Oviedo (Espanha), parceira do projeto.

Estes seis grifos juntam-se agora aos sete que já tinham sido marcados no dia 18 de novembro de 2019 na ZPE Douro Internacional e Vale do Águeda, alargando, desta forma, a capacidade da rede de sentinelas do projeto. A marcação dos animais no âmbito deste projeto sofreu atrasos significativos devido à pandemia de COVID-19 e está ainda previsto serem marcados brevemente grifos com emissores GPS-GSM e anilhas nas ZPE Serra do Gerês e Montesinho/Nogueira.

Os emissores GPS-GSM emitem frequentemente as posições dos animais e permitem que a equipa técnica do projeto Sentinelas monitorize continuamente os indivíduos, possibilitando, assim, detetar, atempadamente, potenciais ameaças.

A rede de grifos marcados do projeto Sentinelas funciona, desta forma, como um “radar” e assegura não só a identificação do uso ilegal de venenos, como outros riscos relacionados com a intoxicação por diversos contaminantes ambientais, mortalidade em linhas elétricas e/ou parques eólicos e abate a tiro, as quais constituem algumas das ameaças mais importantes para várias aves de rapina com hábitos necrófagos, em particular, e para a biodiversidade, em geral.

Sobre o projeto Sentinelas
‘Sentinelas - marcação e seguimento de grifos Gyps fulvus como ferramenta de combate ao uso ilegal de venenos em Portugal’ é um projeto da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, financiado pelo Fundo Ambiental – Ministério do Ambiente e da Transição Energética no seu primeiro ano (2019) e desenvolvido em territórios da Rede Natura 2000. Tem como parceira a Universidade de Oviedo, em Espanha.

O principal objetivo do projeto é criar uma rede de espécies-sentinelas que possibilite obter informação e combater o uso ilegal de venenos em Portugal, o qual representa um sério problema para a conservação da biodiversidade, dos ecossistemas e para a saúde pública.

No âmbito deste projeto, pretende-se alargar e reforçar a rede de parceiros, bem como unir esforços com vista a combater de forma mais eficaz o uso ilegal de venenos e outras formas de furtivismo em Portugal.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

“Uma árvore pela floresta” junta CTT e Quercus pelo sétimo ano consecutivo

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1596134933395{margin-bottom: 120px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1596237252344{margin-left: 26px !important;}"]Está de volta a campanha de reflorestação "Uma Árvore pela Floresta". Pelo sétimo ano consecutivo, os CTT e a QUERCUS voltam a ser parceiros nesta iniciativa que tem como objectivo permitir que todos possam participar ativamente na plantação de espécies autóctones em Áreas Protegidas e Zonas Classificadas do nosso País, em particular nas zonas mais afetadas pelos incêndios.

Na edição de 2020 está à venda um novo kit, o Fraxinus angustifolia ou o freixo-nacional, que pode ser adquirido por 3,50 euros e até 31 de Dezembro, em 300 Lojas CTT espalhadas por todo o País, e também, durante todo o ano e com portes grátis, na Loja Online em www.ctt.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]

O novo kit “Uma Árvore Pela Floresta” possui também um QR Code, com uma mensagem sonora que disponibiliza notícias e instruções para o registo do kit no site www.umaarvorepelafloresta.quercus.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], para que saiba onde a sua árvore vai ser plantada e para o caso de querer ser voluntário nas plantações a realizar.

Os kits vendidos são convertidos em árvores e arbustos de espécies autóctones, como o freixo, o sobreiro, a azinheira, o medronheiro, ou o castanheiro, entre muitas outras, que serão plantadas em Áreas Protegidas e Zonas Classificadas na primavera de 2021, com a participação ativa de todos os voluntários que se inscreverem no website ou através do email voluntarios@quercus.pt.

"Este é um ano especial porque, com o contributo de todos, estamos prestes a atingir as 100 mil árvores plantadas. Por outro lado, devido à pandemia que a todos afeta, as plantações previstas para esta nova campanha incluirão também as 8.000 árvores que não puderam ser plantadas em março de 2020. Todas as plantações são organizadas no terreno pela QUERCUS, em colaboração com o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas", lê-se num comunicado de imprensa distribuído pelos CTT.

João Bento, CEO dos CTT, salienta  0 orgulho dos CTT se voltarem a associar à QUERCUS na iniciativa Uma Árvore pela Floresta. "Somos parceiros desde a primeira edição, no âmbito da nossa política de sustentabilidade, e fazemos uso da forte capilaridade da rede dos CTT e da proximidade aos portugueses para ajudar à reflorestação das zonas afetadas pelos incêndios em Portugal, uma vez que a QUERCUS irá plantar uma espécie autóctone por cada kit vendido, em zonas classificadas e áreas ardidas. É de louvar a adesão dos portugueses em edições anteriores e apelamos novamente à participação de todos, quer através de 400 das nossas lojas físicas quer na loja online”, disse o CEO dos CTT

Já Paula Nunes da Silva, presidente da QUERCUS, salientou a situação atual que atravessa o país, com temperaturas muito elevadas e propícias a incêndios. “Numa altura em que o país se prepara de novo para o drama dos incêndios e em que o planeta se debate com o perigo claro e urgente das Alterações Climáticas, projetos como “Uma Árvore pela Floresta” são de enorme importância porque permitem aos cidadãos participar ativamente e contribuir para a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas do nosso país e do Sistema Terra”.

Através desta parceria com a QUERCUS e os CTT reforçam a sua política de apoio à biodiversidade e de combate às alterações climáticas, expressa através dum portefólio ecológico ou carbonicamente neutro (Correio Verde, DM Eco e Expresso/Encomendas), da aposta na eficiência energética e carbónica, e da expansão da sua frota sustentável, a maior do país, os quais permitiram aos CTT reduzir a sua pegada carbónica em 64% entre 2008 e 2019.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica já é um "destino Biosphere"

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595757525286{margin-bottom: 120px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595757510353{margin-left: 25px !important;}"]A Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica viu concluída com êxito a Certificação do Destino pelo Instituto de Turismo Responsável, tornando-se um destino Biosphere comprometido com a sustentabilidade turística.


A certificação “Biosphere” é uma referência universalmente reconhecida no campo da sustentabilidade. Os referenciais da Biosphere Responsible Tourism foram os primeiros a ser acreditados e reconhecidos pelo Global Sustainable Tourism Council. Em Portugal, a certificação encontra-se a cargo do Instituto de Turismo Responsável, que é uma das organizações responsáveis pela promoção dos princípios da Carta Mundial do Turismo Sustentável.


Esta certificação distingue territórios que apresentem um forte compromisso com a melhoria contínua no sentido de se tornarem mais sustentáveis, competitivos e qualificados. Assim, estes territórios devem assumir-se como líderes no combate às alterações climáticas, reiterando uma clara intenção em contribuir para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e para o Acordo de Paris contra as mudanças climáticas, cumprindo as diretrizes indicadas na Carta Mundial do Turismo Sustentável +20.


Ao conseguir esta distinção, a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica (RBTMI) não só vê reconhecida a riqueza e a singularidade do seu património natural e cultural, como também passa a integrar uma lista circunscrita de territórios que agregam este ativo ao desígnio de um destino turístico crescentemente sustentável e responsável, que assume como prioridade absoluta o equilíbrio entre as dimensões climática, ambiental, socioeconómica e cultural associadas ao território.


A integração da RBTMI na rede “Biosphere” confere-lhe uma maior projeção e notoriedade internacional, passando a integrar um lote restrito de destinos com um posicionamento estabelecido e diferenciado no mercado turístico. Abre-se assim a porta a um perfil de turista em franco crescimento – o turista responsável – que percebe a responsabilidade do indivíduo para com o planeta e que, por esse motivo, consome destinos, produtos e serviços turísticos cuja sustentabilidade está garantida à partida.


Paralelamente ao destino em si, outras entidades poderão também obter certificações próprias, como alojamentos turísticos, museus, parques temáticos, operadores turísticos, transportes, entre outros. Importará, agora, conseguir mobilizar estes stakeholders locais para a obtenção do seu próprio certificado, de modo a completar o conjunto da cadeia de valor turística associada à RBTMI.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Cientistas descobrem a primeira fuga de metano no fundo do mar da Antártida

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595581106471{margin-bottom: 100px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595581091411{margin-left: 25px !important;}"]Uma equipa de investigadores da Universidade do Oregon publicou a descoberta da primeira fuga de metano no fundo do mar da Antártida. Os resultados dessa investigação foram publicados esta semana na revista Proceedings of the Royal Society B - Biological Sciences [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].

Esta descoberta poderá contribuir para uma nova compreensão do ciclo do metano e o papel que este gás pode desempenhar no aquecimento geral do planeta, explica uma nota de imprensa da instituição universitária [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].

A descoberta ocorreu ocasionalmente no mar de Ross e é a primeira fuga ativa encontrada na Antártida, disse Andrew Thurber, ecologista de ecossistemas marinhos ligado à Unidade Estadual da Universidade de Oregon. "O metano é o segundo gás mais eficaz no aquecimento de nossa atmosfera e a Antártida tem vastos reservatórios que provavelmente se abrirão à medida que as camadas de gelo recuam devido às mudanças climáticas", afirmou Thurber. "Esta é uma descoberta significativa que pode ajudar a preencher uma grande lacuna do nosso conhecimento sobre o ciclo do metano", sublinhou.

O metano é um gás que também provoca o efeito de estufa, sendo 25 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono no aquecimento do planeta. A maior parte do metano presente na água e nos sedimentos oceânicos é mantida fora da atmosfera pelos micróbios que o consomem. Thurber e os seus colegas descobriram que os micróbios ao redor da fuga detetada na Antártida são diferentes dos encontrados em outros oceanos do mundo. Isso poderá contribuir para que os investigadores entendam melhor os ciclos do metano e os fatores que determinam a sua chegada à atmosfera, assim como as consequências que daí poderão advir.

A libertação do mar de Ross foi descoberta numa área que os cientistas estudam há mais de 60 anos, mas esta fuga não estava ativa até 2011. Uma placa microbiana com cerca de 70 metros de comprimento formada no fundo do mar, 10 metros abaixo da superfície congelada do oceano, ajudaram a detetar a fuga, uma vez que essas placas são formadas por bactérias que estabelecem uma relação simbiótica com consumidores de metano, sendo também uma indicação reveladora da presença de libertações de metano, disse Thurber, explicando que "o tapete microbiano foi o sinal que ajudou a descobrir a fuga do metano".

Acredita-se que a Antártida contenha até 25% do metano marinho da Terra. Existir uma infiltração ativa para estudar este fenómeno natural fornece aos investigadores uma nova compreensão do ciclo do metano e como esse processo pode diferir na Antártida, se comparado com outros lugares do planeta, disse Thurber.

Esta equipa descobriu que o tipo mais comum de micróbio que consome metano levou cinco anos para aparecer no local da fuga e neste momento não estão a consumir todo o metano libertado, o que poderá significar que alguma percentagem desse gás está ou foi liberado para a atmosfera.

Mas segundo Andrew Thurber, "o realmente interessante e empolgante foi constatar que a comunidade microbiana não se desenvolveu como prevíamos com base em outros modelos de fugas de metano já estudadas em diferentes partes do mundo. Para aumentar o mistério das libertações de metano na Antártida, os micróbios que encontramos foram os que menos esperávamos ver neste local", sublinhou o investigador que liderou a equipa de Oregon.

Agora falta analisar se as libertações de metano têm um comportamento diferente na Antártida. "Nunca tivemos a oportunidade de estudar uma fuga aqui. Esta descoberta vai-nos permitir constatar se as infiltrações funcionam de maneira diferente ou se pode levar anos para as comunidades microbianas se adaptarem."

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O outro lado da atual extinção de insetos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595262935585{margin-bottom: 100px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595263037917{margin-left: 25px !important;}"]Face a diversos estudos científicos que têm demonstrado que a abundância e a diversidade de insetos está a reduzir drasticamente a nível mundial, uma equipa de investigadores de Portugal, França e Finlândia estudou os insetos capturados ao longo de seis anos na floresta nativa da ilha Terceira, Açores.

Os investigadores analisaram os padrões de diversidade e abundância destes invertebrados olhando também para a sua origem geográfica: espécies endémicas - que apenas podem ser encontradas no arquipélago – e espécies exóticas – que foram introduzidas no arquipélago de forma consciente ou inadvertidamente através de atividades económicas. Os resultados são agora publicados na revista científica Insect Conservation and Diversity [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]. 

“Os nossos resultados revelam uma maior diversidade de espécies exóticas de artrópodes capturadas nestes seis anos. Este padrão poderá implicar uma alteração em vários tipos de serviços de ecossistemas, perturbando processos como a predação e a reciclagem de nutrientes”, explica Paulo Borges, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], na Universidade dos Açores.

O estudo decorreu entre 2013 e 2018, período no qual foram capturados mais de 30 mil artrópodes na floresta nativa da Ilha Terceira – ilha que contém a maior área de florestas nativas do arquipélago. Os insetos recolhidos corresponderam a 159 espécies, 32 das quais endémicas.

Nos Açores, as espécies exóticas possuem o seu máximo de abundância e diversidade nos habitats criados pelo homem, como zonas urbanas, campos agrícolas, pastagens e matas de árvores exóticas. “A fragmentação dos habitats nativos e a proximidade de alguns desses habitats não-nativos está a promover um fluxo de espécies exóticas para a floresta nativa, processo que parece estar a aumentar nos últimos anos possivelmente devido à combinação de alterações climáticas e degradação da floresta nativa por plantas invasoras”, explica Pedro Cardoso, curador do Museu de História Natural da Finlândia (Universidade de Helsínquia).

Os resultados deste estudo apontam igualmente para uma ligeira diminuição da abundância de espécies endémicas do arquipélago – espécies que não se encontram em nenhum outro lugar do planeta. Um exemplo é a aranha-do-cedro-do-mato (Savigniorrhipis acoreensis), que ocorre em todas as ilhas exceto na ilha do Corvo. Esta espécie habita nas copas das árvores e parece estar a ser impactada pela presença de espécies exóticas ou por fatores climáticos, como a maior secura no verão.

“Estes resultados permitem ter uma visão diferente e complementar dos vários estudos científicos que têm alertado para um declínio global da abundância e diversidade de insetos. Esses estudos têm sido realizados sobretudo no continente europeu e norte-americano, existindo outras regiões ainda pouco estudadas – como as ilhas, que possuem um património único de espécies, e onde conhecer os fatores promotores de erosão da biodiversidade é critico para definir estratégias de gestão da conservação dos seus habitats”, conclui Paulo Borges.

Este estudo resulta da colaboração entre investigadores da Universidade dos Açores, da Universidade de Pau (Centre National de la Recherche Scientifique – CNRS, França) e do Museu de História Natural da Finlândia (Universidade de Helsínquia).

Referência do artigo:
Borges, P.A.V., Rigal, F., Ros-Prieto, A. & Cardoso, P. (2020) Increase of insular exotic arthropod diversity is a fundamental dimension of the current biodiversity crisis. Insect Conservation and Diversityaccepted, DOI: 10.1111/icad.12431 [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Palombar protege três ninhos de Tartaranhão-caçador, rapina em perigo de extinção

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595250429164{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595250409481{margin-left: 25px !important;}"]A organização não governamental de ambiente Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural implementou medidas de proteção de três ninhos de tartaranhão-caçador (Circus pygargus), uma espécie ameaçada e legalmente protegida, em terrenos agrícolas com culturas cerealífera e forrageira localizados no concelho de Miranda do Douro (distrito de Bragança), em ações realizadas em estreita colaboração com os agricultores locais. Dois dos ninhos foram identificados por um técnico da organização e o terceiro por um trabalhador agrícola. No total, os ninhos tinham oito ovos e três crias e a sua proteção contribui fortemente para assegurar o sucesso reprodutor e o potencial aumento de efetivos da espécie.

O tartaranhão-caçador é uma rapina migradora que tem um estatuto de ameaça “Em perigo” de extinção, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal e as suas populações têm registado um declínio continuado no território nacional. Os casais nidificantes desta espécie no país representam cerca de 13 por cento da população europeia (excluindo a Rússia). Esta é uma espécie de conservação prioritária em Portugal e que está protegida através da transposição para a legislação nacional da Diretiva Aves da União Europeia, e das Convenções de Berna, de Bona e de Washington. A região Nordeste do país regista um efetivo populacional relevante de tartaranhão-caçador e, tendo em conta esta realidade, a Palombar tem desenvolvido ações dirigidas para esta espécie com o objetivo de monitorizar as suas populações e detetar casais e ninhos existentes no território, sobretudo no Planalto Mirandês.

Os três ninhos de tartaranhão-caçador identificados e protegidos não estão atualmente localizados em território da Zona de Proteção Especial (ZPE) Douro Internacional e Vale do Águeda da Rede Natura 2000, contudo, encontram-se abrangidos pelo novo limite proposto para o alargamento desta ZPE pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o que confirma e corrobora a importância do aumento da extensão desta área protegida ao abrigo da Diretiva Aves da União Europeia para a conservação das aves estepárias e outras espécies de avifauna em risco.

O primeiro ninho de tartaranhão-caçador foi identificado no dia 21 de maio, o segundo no dia 2 de junho e o terceiro no dia 9 de junho. A identificação dos locais de nidificação foi possível devido ao conhecimento, por parte dos técnicos da Palombar, sobre os comportamentos da espécie e os seus habitats preferenciais de nidificação. Após a identificação e localização exata dos ninhos, a Palombar contactou os proprietários dos terrenos agrícolas onde estes se encontravam, os quais, sensibilizados para a importância da espécie e para a necessidade de proteger a biodiversidade, mostraram total disponibilidade para colaborar com a organização nas medidas de proteção a serem implementadas.

[vc_gallery type="nivo" interval="3" images="6907,6906,6905,6904" img_size="900x600" onclick="img_link_large"]Após a autorização dada pelos proprietários rurais, os técnicos da Palombar procederam à instalação de uma vedação para criar um perímetro de segurança e proteção à volta dos ninhos, os quais foram circunscritos por uma rede de malha metálica para evitar a sua destruição e/ou perturbações em consequência das atividades realizadas nos terrenos agrícolas, nomeadamente a ceifa de cereais, gramíneas e leguminosas, que normalmente ocorre no período de nidificação da espécie. A instalação da vedação ao redor dos ninhos foi realizada seguindo as orientações do "Manual de Proteção para os Ninhos de Tartaranhão-caçador (Circus pygargus) em Meios Agrícolas", 2011, Mãe d’Água, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas/Universidade de Évora e Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

A organização pretende também desenvolver um trabalho de maior proximidade com os gestores, proprietários e trabalhadores agrícolas da região de Trás-os-Montes, mais especificamente no Planalto Mirandês, em prol da conservação do tartaranhão-caçador.

O papel fundamental dos proprietários e trabalhadores agrícolas

O tartaranhão-caçador é uma espécie estepária que faz os seus ninhos no solo, na grande maioria das vezes, em terrenos cultivados, habitualmente culturas cerealíferas, arvenses e forrageiras. A destruição involuntária dos seus ninhos, ovos e crias por parte de máquinas agrícolas durante a atividade da ceifa, a qual ocorre num período temporal que coincide com a época de nidificação da espécie, entre finais de abril e meados de maio (postura dos ovos) e posterior fase de maturação das crias, constitui uma das principais ameaças ao seu sucesso reprodutor e sobrevivência.

Os proprietários de terrenos e trabalhadores agrícolas têm, desta forma, um papel absolutamente fundamental a desempenhar na proteção e conservação desta ave de rapina. A sua colaboração é imprescindível para que as organizações de conservação da natureza possam executar as medidas que assegurem a sua proteção. A sensibilização e o conhecimento desta espécie e dos seus comportamentos por parte da comunidade, em geral, e dos proprietários e trabalhadores agrícolas, em particular, é igualmente essencial para o sucesso das medidas conservacionistas implementadas no terreno.

A conservação das populações de tartaranhão-caçador promove o equilíbrio dos ecossistemas e beneficia diretamente os agricultores e as suas culturas, pois esta espécie é predadora de pequenos mamíferos roedores e insetos consumidores de sementes e vegetais diversos e contribui para travar o aumento excessivo das suas populações.

Foi o contacto e a colaboração estabelecidos com o proprietário rural e agricultor Emanuel Gonçalo, com o trabalhador agrícola Nelson Preto Jorge e com a Associação dos Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa, proprietária de um dos terrenos, e os seus contributos fundamentais que permitiram à Palombar implementar os procedimentos necessários para proteger os três ninhos de tartaranhão-caçador identificados, possibilitando, assim, assegurar o sucesso reprodutor da espécie e contribuir para o potencial aumento da sua população.

Para que seja possível cumprir os dois principais objetivos de conservação do tartaranhão-caçador em Portugal: manter/aumentar a população nidificante e conservar as zonas de nidificação e alimentação, é essencial a implementação de medidas agroambientais e planos de gestão do território e da espécie que envolvam as comunidades locais, bem como a realização de censos nacionais e monitorização da população, de forma a quantificar os seus reais efetivos e identificar os locais onde nidificam, assim como avaliar a evolução das suas populações ao longo dos próximos anos.

A ausência de um censo de âmbito nacional desta espécie não tem permitido ter uma perceção mais precisa sobre a sua dinâmica populacional nos últimos anos ao nível de todo o território. Contudo, sabe-se de declínios dramáticos do tartaranhão-caçador nalgumas zonas, nomeadamente em Campo Maior, onde a espécie sofreu uma forte redução, associada à intensificação da agricultura. O grande decréscimo da cerealicultura extensiva, habitat de que depende a larga maioria dos seus efetivos, é considerado um dos principais responsáveis pela redução das suas populações.

Na vizinha Espanha, de acordo com dados do último censo realizado em 2017 e publicado em 2019, entre 2006 e 2017, as populações de tartaranhão-caçador diminuíram 23%, segundo a Sociedade Espanhola de Ornitologia (SEO/Birdlife).

Tartaranhão-caçador: o exímio predador


O tartaranhão-caçador ou águia-caçadeira, a mais pequena das águias europeias, é uma espécie exímia na arte da caça e da predação e não é por acaso que os adjetivos “caçador” e “caçadeira” integram os seus nomes comuns. Esta rapina apresenta movimentos ágeis, rápidos, silenciosos e precisos e tem, por isso, uma grande habilidade para caçar presas vivas de pequenas dimensões. O tartaranhão-caçador é uma espécie nidificante estival, pelo que só está presente no território nacional a partir de meados de março até setembro. Esta espécie passa o inverno em África.

O macho apresenta uma plumagem cinzento-azulada, asas muito compridas e estreitas, corpo esguio e cauda comprida e estreita, de coloração negra. Em voo, distingue-se uma banda preta nas penas secundárias. A fêmea e os juvenis apresentam uma plumagem de tons castanhos-arruivados.

O seu habitat de eleição são áreas predominantemente desarborizadas, com solos secos ou húmidos e associadas a zonas agrícolas, principalmente culturas cerealíferas, arvenses e forrageiras. Reproduz-se em zonas seminaturais caracterizados pela cerealicultura extensiva, embora se possa reproduzir também nos planaltos serranos do centro-leste e norte e ainda em zonas costeiras. Na região mediterrânica, estima-se que 90% dos casais nidificam no interior de searas.

O tartaranhão-caçador alimenta-se essencialmente de pequenas presas: aves, pequenos mamíferos, insetos e lagartos. Apesar de ser considerado um predador generalista, a sua dieta pode apresentar especificidade a nível local na seleção de presas.

Os principais fatores de ameaça para esta espécie são: atividade da ceifa, intensificação da agricultura, abandono agrícola, utilização de agroquímicos, florestação das terras agrícolas, expansão de cultivos lenhosos, perturbação provocada pelas atividades humanas, abate ilegal, pilhagem e destruição de ninhos, e aumento de predadores de ovos e crias.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Estudo analisa as tendências da biodiversidade na Europa

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595148689136{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595148826201{margin-left: 25px !important;}"]Numa altura em que tanto se debate as grandes tendências globais no nosso planeta, tais como alterações climáticas, efeito de estufa, aumento médio da temperatura do ar e do mar, subida do nível do mar, aumento de eventos climáticos extremos como grandes secas, cheias ou ondas de calor, a grande pergunta que se coloca é: como se comportam os diferentes ecossistemas do nosso planeta?

Uma equipa internacional de cientistas, onde se incluem os portugueses Miguel Pardal e Filipe Martinho, da Universidade de Coimbra (UC), desenvolveu um estudo para tentar responder a esta e outras questões e concluiu que mudanças locais na diversidade, por vezes, não acompanham as tendências globais.

O estudo, publicado na revista Nature Communications [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], juntou 60 investigadores europeus de cerca de 50 instituições. Em conjunto, analisaram mais de 150 séries temporais de biodiversidade (de 15 a 91 anos), abrangendo 6.200 espécies marinhas, terrestres e de água doce de 21 países da Europa, em diferentes biorregiões (de norte a sul), englobando diferentes grupos de organismos (insetos, peixes, aves, mamíferos, invertebrados marinhos, plâncton, etc.). Esta investigação terá um impacto no desenvolvimento de conceitos eficazes de conservação.

Os resultados revelam que as tendências locais de abundância, riqueza específica e diversidade diferem entre biogeorregiões, tipo de ecossistema, grupos taxonómicos (aves, mamíferos, peixes, insetos, invertebrados marinhos, plâncton), demonstrando que as «mudanças na biodiversidade à escala local são frequentemente fenómenos complexos e que não podem ser facilmente generalizados. No entanto, tal como previsto, ocorre um aumento na riqueza específica e abundância com o aumento da temperatura e com a diminuição de impacto humano em cada ecossistema, bem como um padrão espacial claro de mudanças na composição da comunidade (ou seja, rotatividade taxonómica temporal) na maioria das biogeorregiões», indicam Miguel Pardal e Filipe Martinho.

A tendência global no planeta e na Europa parece clara: durante anos, a diversidade de espécies entre quase todos os grupos de animais e plantas diminuiu a um ritmo alarmante. «No entanto, ao nível regional, o quadro é mais complexo - aqui, fatores locais, como a perda de espécies raras e o estabelecimento de novas espécies, desempenham um papel significativo nos resultados gerais. As funções do ecossistema, nomeadamente no que diz respeito a bens e serviços fornecidos, logo os benefícios associados aos seres humanos, estão sempre relacionadas com a respetiva abundância, número e diversidade de espécies em cada local, sendo muito difícil fazer uma generalização mais global», explicam os investigadores do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Ou seja, acrescentam, «é essencial conhecer as diferentes tendências da biodiversidade em cada ecossistema e em cada local, para poder implementar medidas de proteção sustentáveis».

A análise dos investigadores revela ainda que «em grandes áreas da Europa central e do sul, nem a diversidade de espécies nem o número de espécies e indivíduos sofreram alterações, enquanto no norte da Europa foi registado um aumento na diversidade e no número de espécies. Este último pode ser parcialmente atribuído ao aumento das temperaturas no curso das mudanças climáticas globais».

Além disso, sublinham Miguel Pardal e Filipe Martinho, «em muitas partes da Europa, a fauna e a flora tradicionais estão a ser substituídas por novas espécies que geralmente são adaptadas às condições mais quentes». Em relação a essa observação, os autores do estudo alertam que «a maioria das séries temporais começou antes da década de 1980, quando uma perda significativa de espécies já se tornara aparente. Por outro lado, as tendências podem diferir significativamente, dependendo do bioma e do grupo de organismos analisado (grupo taxonómico). Embora pudéssemos observar um aumento da biodiversidade nas áreas marinhas durante o período do estudo, esse não foi o caso nos rios. Em média, a diversidade de algas nas zonas costeiras diminui, enquanto as aves e os invertebrados aquáticos mostraram uma surpreendente tendência de aumento. Isso ilustra que as tendências nem sempre são as mesmas em espécies ou ecossistemas inteiros».

Perante os resultados deste estudo, a equipa recomenda «uma expansão das séries temporais da biodiversidade e a padronização dos métodos de medição europeus nos diferentes habitats. Esta é a única maneira de desenvolvermos medidas de conservação significativas para cada região no que respeita à fauna e flora», concluem.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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