Pistácio: uma oportunidade para a agricultura transmontana

Na próxima 6ª feira, o CEO da Espaço Visual, José Martino, vai ser orador no Seminário "Oportunidades para a fileira dos frutos secos", que irá decorrer em Chaves, no Auditório Engº Luís Coutinho do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, sito à Avenida dos Aliados.

José Martino fará uma intervenção, a partir das 11.30 horas, intitulada: "O pistácio: aspetos técnicos da cultura". Esta cultura tem vindo a transformar-se num negócio em grande expansão em Espanha.

Em Portugal, o negócio do pistácio está a dar os primeiros passos, através da criação da empresa Fruystach, que se irá transformar numa Organização de Produtores, e da ação da consultora agrícola, líder de mercado, Espaço Visual.

A Espaço Visual tem vindo a organizar sessões de divulgação desta cultura e deste negócio por todo o país ideia é privilegiar as zonas do interior de Portugal, mais deprimidas e onde o clima é mais adequado à cultura do pistácio (frio no Inverno e muito quente no Verão), para produzir e exportar este fruto, contribuindo para gerar mais riqueza na região.

A Espaço Visual é uma empresa que já potenciou outros negócios no país na área agrícola dos pequenos frutos – mirtilo, morango, framboesa, amora e kiwi -, e que aposta agora em toda faixa interior de Portugal, desde Bragança a Beja, para promover a produção em larga escala de pistácio. José Martino, CEO da Espaço Visual, quer arrancar já com as primeiras plantações , com a perspectiva de chegar em dois anos a mais de 3.000 hectares de uma cultura praticamente inexistentes em Portugal.

Trata-se de um negócio altamente rentável, que implica um baixo investimento e baixos custos de produção. Para o efeito foi constituída a primeira organização de produtores de pistácio, em Portugal, que, além da comercialização e distribuição, dará assistência técnica aos associados.

José Martino garante que o escoamento da produção está assegurado para a União Europeia, onde a procura supera em muito a oferta. Na perspetiva do CEO da Espaço Visual, para suprir as necessidades dos mercados da União Europeia será necessário plantar mais 120 mil hectares.

Os frutos secos estão na moda, pelos benefícios para a saúde, pelo que José Martino defende que o pistácio é uma oportunidade única para dar dinâmica económica a regiões deprimidas.

Nas contas deste especialista, o pistácio pode gerar, em plena produção, um rendimento superior a 10 mil euros por hectare. Para José Martino, não há muitas actividades na agricultura que se aproximem desta cultura em regadio.

Os riscos profissionais e os apoios na agricultura em colóquio

O Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros participou, esta segunda-feira, no colóquio organizado pela Cooperativa Agrícola e Confagri, realizado no Centro Cultural. 

Os riscos profissionais  e os apoios na agricultura em colóquio. Foto:  © CM  Macedo de Cavaleiros
Na intervenção final da tarde, Duarte Moreno defendeu uma proteção maior do Estado aos agricultores e um esforço dos “governantes em garantir que os pagamentos à fileira se façam em calendários mais curtos e que se reduzam ao máximo as devoluções a Bruxelas dos apoios acordados para a Agricultura.”

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Lamentando ter “sido preciso chegar a uma situação económica como a verificada em 2011, para os governantes perceberem que o país não conseguiria sobreviver sem uma agricultura forte”, o autarca defendeu o reforço dos apoios aos jovens agricultores, com os prémios à primeira instalação e os pagamentos por hectare e “incentivado o empreendedorismo no mundo rural, com novas formas de financiamento, o acesso ao Banco de Terras e a profissionalização dos mecanismos de comercialização, por exemplo”.

Perante uma plateia de agricultores, responsáveis de gabinetes agrícolas e membros de cooperativas olivícolas de todo o país, Duarte Moreno reafirmou que “a valorização da atividade agrícola é contribuir decisivamente para o desenvolvimento de territórios como o do concelho de Macedo de Cavaleiros”, reforçando a necessidade de fomento “das estratégias de parceria, também com as Câmaras Municipais, mas sobretudo com o incremento cooperativo, numa lógica de que todos juntos somos mais fortes”.

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O colóquio, centrado na sensibilização para a prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho e nos apoios no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, foi seguido do encontro de cooperativas agrícolas, centrada na informação, pela GNR, sobre a fiscalização de lagares de azeite.

Nélio Pimentel

Negócio do Pistácio pode criar riqueza no Nordeste Transmontano

Chama-se Fruystach e é um novo projecto empresarial que quer criar mais riqueza e postos de trabalho para combater a desertificação da Região Transmontana. 

Negócio do Pistácio pode criar riqueza no Nordeste Transmontano
A iniciativa é da consultora agrícola, líder de mercado, Espaço Visual - Consultores de Engenharia Agronómica, e tem já previstas sessões públicas de esclarecimento e apresentação do projecto para janeiro e fevereiro de 2016 no distrito de Bragança, nomeadamente em Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor.

A ideia é privilegiar as zonas do interior de Portugal mais deprimidas e onde o clima é mais adequado à cultura do pistácio (frio no Inverno e muito quente no Verão), para produzir e exportar este fruto, contribuindo para gerar mais riqueza na região. Depois de Bragança, a Espaço Visual vai apresentar a Fruystach nos concelhos do distrito de Vila Real.

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A Espaço Visual é uma empresa que já potenciou outros negócios no país na área agrícola dos pequenos frutos como o mirtilo, morango, framboesa, amora e kiwi, apostando agora em toda faixa interior de Portugal, desde Bragança a Beja, para promover a produção em larga escala de pistácio.

José Martino, CEO da Espaço Visual, quer arrancar em janeiro com as primeiras plantações , com a perspectiva de chegar em dois anos a mais de 3.000 hectares de uma cultura praticamente inexistentes em Portugal. Trata-se de um negócio altamente rentável, que implica um baixo investimento e baixos custos de produção. Para o efeito foi constituída a primeira organização de produtores de pistácio, em Portugal, que, além da comercialização e distribuição, dará assistência técnica aos associados.

José Martino garante que o escoamento da produção está assegurado para a União Europeia, onde a procura supera em muito a oferta. Na perspetiva do CEO da Espaço Visual, para suprir as necessidades dos mercados da União Europeia será necessário plantar mais 120 mil hectares.

Os frutos secos estão na moda, pelos benefícios para a saúde, pelo que José Martino defende que o pistácio é uma oportunidade única para dar dinâmica económica a regiões deprimidas.

Nas contas deste especialista, o pistácio pode gerar, em plena produção, um rendimento superior a 10 mil euros por hectare. Para José Martino, não há muitas actividades na agricultura que se aproximem desta cultura em regadio.

Estudo revela que urina de vaca tem muitas vantagens na fertilização agrícola

A utilização de urina de vaca na fertilização agrícola atinge resultados superiores aos fertilizantes comerciais, segundo um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). 

Estudo revela que urina de vaca tem muitas vantagens na fertilização agrícola
Orientado por Henrique Trindade, docente e investigador do Departamento de Agronomia da UTAD, este estudo propôs-se avaliar a recuperação de nutrientes contidos na urina de vaca enquanto fertilizante agrícola e em que medida pode constituir-se uma alternativa interessante para reduzir o impacte no meio ambiente e permitir a valorização agronómica desse material.

O trabalho de investigação, realizado no âmbito do mestrado em engenharia agronómica de Teresa Monteiro Gonçalves, teve lugar numa das estufas da área experimental da Universidade, onde foi avaliado o efeito da diluição crescente de urina de vaca como fertilizante, através de um delineamento experimental composto por oito tratamentos com três repetições no tempo, utilizando como material vegetal o milho (Zea mays) amarelo da região do vale de Vila Pouca de Aguiar.

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Seguindo os trâmites da investigação, foram efetuados três ensaios nos quais se testaram oito tratamentos em tabuleiros individualizados, um dos quais utilizando apenas água, um outro utilizando um fertilizante químico comercial com a designação “Tecnifol”, sendo os restantes tratamentos constituídos por soluções com concentrações distintas de urina de vaca em água. Estes ensaios, acompanhados ao longo de 27 dias, permitiram concluir que as elevadas concentrações de urina de vaca produzem um efeito inibidor não permitindo uma boa taxa de germinação da semente, contudo a utilização da mesma matéria-prima com baixas concentrações, permitiu fertilizar o material vegetal com resultados superiores ao fertilizante comercial.

De acordo com as conclusões do estudo, a utilização da urina de vaca como fertilizante orgânico apresenta muitas vantagens para o agricultor, não só por proporcionar bons resultados nas diversas formas de aplicação, dosagens e concentrações, como a vantagem de ser obtida nas próprias explorações agropecuárias gerando economia de produtos adquiridos nos comércios e melhorando o meio ambiente.

A urina de vaca é um ótimo fertilizante por ser muito rico em nutrientes essenciais às plantas, não demonstra fitotoxicidade (quando utilizada em dosagens corretas), apresenta baixo custo de aquisição, efeito rápido, bem como mostra efeito inseticida e fungicida, sendo uma alternativa aos fitofármacos e não causa risco à saúde do produtor nem do consumidor.

Rosa Rebelo (Assessoria de Comunicação UTAD )

Instituto Europeu de patentes prepara-se para aprovar mais uma patente sobre a nossa comida

O Instituto Europeu de Patentes (IEP) está a conceder cada vez mais patentes sobre plantas resultantes de cruzamento tradicional. Agora está a ser tomada uma decisão final sobre uma patente de tomate com conteúdo de água reduzido (EP1211926).

Instituto Europeu de patentes prepara-se para aprovar mais uma patente sobre a nossa comida
Amanhã o IEP levará a cabo a audiência final sobre esta patente e prevê-se que ela seja aprovada sem limitações significativas. Esta patente, tal como outra sobre brócolos (EP1069819) ganhou atenção internacional e provocou uma intensa controvérsia ao longo de vários anos.

Em março deste ano o IEP usou estes dois casos para criar jurisprudência e assim definir como patenteáveis tanto plantas como animais derivados de cruzamentos tradicionais. Desde então o protesto está a crescer: a Áustria, França, Alemanha e a Holanda estão entre os países que criticam publicamente esta decisão do IEP. "Neste momento só uma forte decisão política pode impor moralidade e estancar o conflito de interesses que liga o IEP às grandes empresas que querem privatizar para benefício próprio o que sempre pertenceu a toda a sociedade," afirma Margarida Silva da Plataforma Transgénicos Fora, uma das muitas organizações que apoiam a coligação internacional No Patents On Seeds.

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"O Instituto Nacional de Propriedade Industrial, que representa Portugal no IEP, tem de focar a sua voz na preservação do livre acesso às plantas e animais de que dependemos para comer. Infelizmente o INPI continua sem responder aos nossos pedidos de clarificação da sua posição." , refere Margarida Silva. O Artigo 53(b) da Convenção Europeia de Patentes (CEP) proíbe as patentes sobre variedades de plantas e processos de criação essencialmente biológicos.

Contudo, na sua interpretação questionável da lei, o IEP passou por cima das proibições existentes e esvaziou-as de qualquer efeito. Isto é demonstrado pelo relatório atualizado da No Patents on Seeds, apresentado hoje em Munique e disponível aqui .

O relatório inclui também um plano de ação política, detalhando as iniciativas que dirigentes europeus devem agora implementar para impedir este desenvolvimento e garantir proibições efetivas. A patente sobre o tomate com conteúdo de água reduzido já não poderá ser travada, pelo menos por agora. E, note-se, no passado dia 10 de setembro o IEP também aprovou a patente sobre brócolos. Só uma intervenção política focalizada poderá mudar as decisões do IEP. "A inação não é opção.

"Mais de mil pedidos de patente sobre plantas obtidas através de melhoramento tradicional estão neste momento pendentes," avança Lanka Horstink, da Campanha portuguesa em defesa das Sementes Livres, "e cerca de 120 foram já concedidas. Isto é uma bomba relógio para o nosso futuro comum", refere em comunicado a Plataforma Transgénicos Fora.

UTAD promove Workshop para combate à vespa asiática

A universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), promove no próximo dia 5 de dezembro um workshop destinado a combater a vespa asiática.

UTAD promove Workshop para combate à vespa asiática
“A Vespa velutina, vulgarmente conhecida por Vespa asiática, é uma espécie invasora que entrou em Portugal em 2011 e que paulatinamente se tem vindo a instalar na região de Trás-os-Montes. Esta vespa tem provocado elevados prejuízos no sector apícola em resultado da predação que efectua sobre as abelhas. Actualmente ocupa já uma vasta área, tendo sido detectados os primeiros exemplares em Vila Real no corrente ano.  Por esse motivo, a universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), promove no próximo dia 5 de dezembro um workshop destinado a combater a vespa asiática.

Investigadores da UTAD confirmaram, recentemente, a presença de Vespa velutina na região de Vila Real.

“No decorrer de trabalhos no apiário da UTAD, um aluno de mestrado capturou dois exemplares de vespa e, após observação, confirmou-se que se tratava de vespa asiática, uma rainha e uma obreira mais concretamente. Não há dúvida sobre a presença desta espécie em Vila Real, à semelhança de outros locais na região norte do país”, afirma o investigador especialista em apicultura da UTAD, Paulo Russo Almeida, citado pelo site de notícias da universidade transmontana.

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A presença da espécie invasora está a preocupar os responsáveis, pelo que os mesmos pretendem uma mobilização de apicultores e entidades no domínio da actividade para combater de forma mais concertada esta praga que tem causado avultados prejuízos no sector.

“Dada a acção destrutiva que esta espécie exerce sobre as colmeias de abelhas melíferas, e o perigo que pode constituir para a saúde pública, o que suscita preocupação a apicultores, investigadores, técnicos, agentes da Protecção Civil, pensámos que a melhor forma agir seria dar formação sobre estratégias de combate”, sublinha Paulo Russo.

O workshop a realizar no próximo dia 5 de dezembro na UTAD pretende informar todos os interessados sobre o perigo que constitui esta espécie e concertar acções que visem o seu combate, dirigindo-se por isso a apicultores, técnicos apícolas, dirigentes associativos, entidades da Protecção Civil e público em geral.

Nova marca de azeite, de Macedo de Cavaleiros para o mundo

Chama-se “Azeite Terras Dazibo” e é definido como um azeite de qualidade superior e único, obtido a partir das variedades típicas de Olival de Trás-os-Montes com origem em produtores de Macedo de Cavaleiros. 

A nova marca foi apresentada esta terça-feira na Praia da Fraga da Pegada, na Albufeira do Azibo, em cerimónia que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Duarte Moreno.

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Esta nova marca é promovida por uma empresa Macedense, que exibe como parceiros a Olimontes, a Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros e o Instituto Politécnico de Bragança. A aposta é a de, respeitando o legado de gerações, prosseguir na inovação e produção de um azeite de qualidade superior, que os mercados nacional e externo irão acolher.

As ímpares condições naturais e climáticas do concelho permitem o cultivo de azeitona e fabrico de azeite com o melhor dos sabores, razão para a existência no mercado de diferentes marcas promovidas quer pela Cooperativa Agrícola, quer por outros agentes da fileira com produção em Macedo de Cavaleiros.

O azeite “Terras Dazibo” apresenta-se nas gamas Ânfora, Clássico, Seleção e Superior, e dispõe desde esta semana de uma loja on-line .

CONFAGRI recomenda uma imediata campanha de esclarecimento

Devido às notícias recentemente publicadas sobre o relatório da Organização Mundial de Saúde sobre carne processada, a CONFAGRI recomenda às Autoridades portuguesas uma imediata campanha de esclarecimento.

A propósito do anúncio de que as carnes vermelhas e a carne processada — como bacon, salsichas ou presunto — é cancerígena para os seres humanos, a CONFAGRI diz não haver razões para alarmismo, devendo sobre o assunto proceder-se a uma campanha nacional que tenha como fundo uma informação rigorosa.

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“A opinião pública portuguesa tem sido confrontada nos últimos dias com notícias, algumas delas tratadas de forma alarmista, com origem na Agência Internacional para a Investigação em Cancro da OMS, referentes ao consumo de carnes vermelhas e processadas. Dado o impacto que tais notícias têm na população e em especial junto dos consumidores de carnes vermelhas e processadas, a CONFAGRI e a sua Associada FENAPECUÁRIA – Federação de Cooperativas de Produtores Pecuários, entendem que os Ministérios da Agricultura e da Saúde devem desenvolver de imediato uma campanha de informação e esclarecimento rigorosa e cientificamente suportada junto da população portuguesa”, refere em comunicado a aquela organização da agricultura portuguesa.

A CONFAGRI realça ainda “que os hábitos alimentares dos portugueses fundamentalmente baseados numa equilibrada dieta mediterrânica são bem diferentes dos de outros países, nomeadamente os que serviram de base a este estudo agora divulgado” e por isso, sublinham, é necessário que as “autoridades portuguesas promovam uma imediata campanha de esclarecimento”.

Instituto Europeu de Patentes atribui patente a planta convencional

Um pimento igual aos que todos conhecemos... mas agora ninguém o pode cultivar porque é propriedade privada.

O Instituto Europeu de Patentes (IEP) em Munique concedeu à gigante suíça da área das sementes, Syngenta, uma patente que abrange o pimento e os seus usos “como um produto fresco, produto fresco cortado, ou para processamento, como por exemplo, a conservação em lata” (EP 2 166 833 B1). As plantas foram desenvolvidas para produzir pimentos sem sementes e são provenientes de cruzamentos normais, usando a biodiversidade existente. Esta variedade não foi produzida através de engenharia genética e como tal é totalmente natural – resultou de séculos de atividade agrícola por um sem número de produtores e não foi "inventada" por nenhuma empresa.

A lei europeia proíbe a concessão de patentes para processos de cruzamento convencional. Mas apesar disso o IEP continua a patentear plantas e suas características, sementes e ainda frutos provenientes de tais processos. Ao fazê- lo transgride a legislação mas serve os seus próprios interesses, uma vez que as receitas deste instituto aumentam com cada patente atribuída.

“Passo a passo, patente a patente, as multinacionais estão a tomar o controlo da nossa alimentação quotidiana. No futuro poderemos ter até de pedir permissão antes de cortar um pimento em peçados”, diz Christoph Then da coligação No Patents on Seeds! (Não às patentes sobre sementes!). “Agora a Syngenta pode impedir qualquer pessoa de cultivar e colher este pimento, de o vender ou de o usar em mais cruzamentos. A privatização da nossa alimentação levanta preocupações profundas e pede uma resposta clara e urgente por parte do poder político.”

Ações políticas estão já a ser desenvolvidas a vários níveis. Por exemplo, há mais de um ano, a Comissão Europeia criou um grupo de trabalho para discutir patentes sobre cruzamento convencional. São esperados resultados dentro das próximas semanas mas a maioria dos observadores está cética de que a Comissão Europeia tome medidas com vista a uma mudança real.

Contudo os governos europeus podem agir diretamente através do Conselho Administrativo do IEP, que actua como órgão supervisor. E podem assim aprovar novas regras, de carácter vinculativo, para melhor interpretação das proibições existentes e que garantam o seu cumprimento.

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“Temos de reforçar as proibições existentes. Patentes para variedades de plantas e para métodos de cruzamento convencional são proibidas a nível europeu. O Conselho Administrativo do IEP pode decidir como aplicar essas proibições eficazmente e assim travar futuras patentes de cruzamento convencional”, disse François Meienberg da Declaração de Berna, uma organização não-governamental humanitária. “Os governos europeus não deviam esperar mais, uma vez que o IEP continua a conceder mais e mais patentes sobre a nossa alimentação quotidiana. Eles têm de agir nas duas frentes, junto do IEP e da Comissão Europeia”, acrescentou.

E Portugal? Segundo Margarida Silva, da Plataforma Transgénicos Fora, "Portugal tem tudo a perder. Podemos compreender que países como a Suíça ou a Alemanha, onde as multinacionais como a Sygenta e a Bayer estão sediadas, defendam o atual apoio incondicional aos interesses da indústria. Mas a agricultura portuguesa vai fazer o quê, quando deixar de poder guardar e cruzar sementes e tiver de pagar direitos de autor por cada pé de tomate, de bróculo ou de pimento? Esperemos que o próximo governo perceba que tem de se envolver neste assunto, e com urgência."

ViniPortugal reconhecida como Organização Interprofissional

O Secretário de Estado da Agricultura presidiu ontem à cerimónia de formalização ViniPortugal como Organização Interprofissional. A cerimónia foi realizada no Instituto da Vinha e do Vinho, em Lisboa.

ViniPortugal reconhecida como Organização Interprofissional
O reconhecimento da ViniPortugal enquanto Organização Interprofissionalfoi assim concluído, "um processo em que o sector do vinho sai vencedor e fortalecido na sua representação” afirmou José Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura, na assinatura do reconhecimento da ViniPortugal como Organização Interprofissional da fileira do vinho, nas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, em Lisboa.

Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, destacou que “este reconhecimento da ViniPortugal, como organismo de âmbito nacional representativo de toda a fileira vitivinícola, resulta do cumprimento dos requisitos previstos em regulamentação comunitária, em particular a efetiva representatividade sectorial. Com esta distinção, a ViniPortugal vê enaltecido o seu relevante papel na agregação do setor vitivinícola, consolidando o seu estatuto no cumprimento da missão de promover a imagem dos Vinhos de Portugal”.

A estrutura foi criada com o intuito de agregar os diferentes estádios de cada setor, tendo em vista a contribuição destas estruturas para uma maior eficiência e competitividade dos operadores e para a melhoria da qualidade e da promoção dos seus produtos, tendo em conta os interesses dos consumidores.

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Sobre a ViniPortugal
A ViniPortugal é a associação interprofissional do setor vitivinícola que tem como missão promover a imagem de Portugal, enquanto produtor de vinhos por excelência valorizando a marca “Vinhos de Portugal” e contribuindo para um crescimento sustentado do volume e do valor dos vinhos portugueses, assim como da sua diversidade. Promove os vinhos tranquilos portugueses em 11 mercados internacionais.

A ViniPortugal agrupa estruturas associativas e organizações de profissionais ligadas ao comércio (ANCEVE e ACIBEV), à produção (FENAVI e FEVIPOR), às cooperativas (FENADEGAS), aos destiladores (AND), aos agricultores (CAP) e às regiões demarcadas (ANDOVI).

O seu Plano de Marketing para 2015, no montante de 7,5 Milhões de euros, prevê implementar mais de 110 projectos distribuídos por 11 mercados, dos quais 50 acções envolverão diferentes agentes económicos.

UTAD apresenta solução para combate à Doença da Tinta no Castanheiro

Um porta-enxerto de castanheiro desenvolvido na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é apresentado como uma possível solução para impedir a propagação da Doença da Tinta no castanheiro. 

O porta-enxerto, com o nome ColUTAD®, deverá estar brevemente nos circuitos comerciais, refere uma nota de imprensa publicada no sitio web da instituição de ensino superior tranamontana.

O ColUTAD® resulta do cruzamento entre os Castanheiros europeu (Castanea sativa) e japonês (Castanea crenata) e vai ser utilizado para “travar o avanço da Doença da Tinta, responsável pela morte de milhares de castanheiros na Europa”, afirma José Gomes Laranjo, docente do Departamento de Biologia e Ambiente da Universidade de Trás-ao-Montes e Alto Douro (UTAD) e Presidente da RefCast.

A Doença da Tinta é provocada por um fungo (Phytophtora cinnamomi) que vive no solo e que ataca as raízes do castanheiro, impedindo a absorção de água e nutrientes pela árvore, causando a sua morte.

O ColUTAD® permite a plantação de novos castanheiros, com maior segurança em solos afetados por esta doença, mesmo em soutos onde ocorreu a morte de outros castanheiros.

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“Depois de plantado, o porta-enxerto funciona como barreira à progressão da doença. A enxertia vai permitir o normal desenvolvimento da árvore e a produção de castanha”, sublinha José Gomes Laranjo.

Esta nova ferramenta está em experimentação tendo já sido obtidos “resultados positivos em vários locais de Trás-os-Montes”.

Fruto do trabalho de dezenas de anos dos investigadores da UTAD, António Lopes Gomes, Carlos Abreu, Luis Torres de Castro e Alberto Santos, o ColUTAD® está em processo de registo e entrará brevemente nos circuitos comerciais.

O ColUTAD® foi apresentado no VI Encontro Europeu da Castanha que se realizou entre 9 e 12 de Setembro.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UTAD (Rosa Rebelo)

CONFAGRI e AATM pedem Integração de Aproveitamento Hidroagrícola no «Plano de Ordenamento das Albufeiras do Baixo Sabor – POABS»

A CONFAGRI em colaboração com a Associação de Agricultores de Trás-os-Montes- AATM pediram a Integração de Aproveitamento Hidroagrícola no «Plano de Ordenamento das Albufeiras do Baixo Sabor – POABS». O objectivo é aumentar a área de regadio na região de forma a potenciar os recursos agrícolas locais.

Contra embalse da Barragem do Baixo sabor. Foto: A Terceira Dimensão Fotografia Aérea 
Segundo a CONFAGRI, "é na região de Trás-os-Montes que se verifica um dos maiores aumentos da temperatura média do ar, em relação ao período de 1971 a 2000, com reflexos negativos no desenvolvimento de muitas culturas, e condicionando fortemente a competitividade da agricultura de uma vasta região".

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A confederação refere que o aproveitamento hidroagrícola das albufeiras do Baixo Sabor é um anseio de muitos agricultores e, em particular, dos agricultores dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Alfandega da Fé, Mogadouro, Vila Flor e Torre de Moncorvo, "e poderia, tendo em consideração os 3.500 Km2 do Baixo Sabor, beneficiar cerca de 17.000 hectares".

Considerando os importantes benefícios que podem advir em termos da preservação e do desenvolvimento daquele espaço rural, bem como do surgimento de novas oportunidades para os agricultores da região, a CONFAGRI, em colaboração com a sua associada Associação de Agricultores de Trás-os-Montes- AATM, solicitou ao Governo a integração da possibilidade de aproveitamentos hidroagrícolas no POABS, informa uma nota de imprensa daquela confederação de agricultura.

Autarcas esboçam plano de acção para combater doenças do castanheiro

big>A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes quer desenvolver um plano de acção para combater as doenças do castanheiro, uma das mais importantes fontes de receita da agricultura da região.

Castanheiro. By Wildfeuer, via Wikimedia Commons
Os autarcas estão empenhados em gerar um projecto comum de combate às varias doenças que envolvam instituições com competências no sector. Para isso pretendem juntar o Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, Instituto Politécnico de Bragança, associações florestais e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.

O anúncio deste objectivo foi realizado na passada semana pelo presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, Américo Pereira. Em declarações à Lusa, o também autarca de Vinhais disse que " é agora o tempo de começar a tratar e a estabelecer acções concretas de combate a estas pragas”, uma vez que, salientou “ essas doenças, como o cancro ou a vespa das galhas do castanheiro, têm muita mais evidência por altura da primavera”.

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Américo Pereira sublinhou o papel do Instituto Politécnico de Bragança que “está a trabalhar convenientemente esta matéria e a dar uma ajuda no que diz respeito à resolução destes problemas”.

O Presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes declarou ainda, citado pela Lusa, que esta questão “ já não é um assunto que diga respeito apenas ao Ministério da Agricultura, mas diz respeito a todos”, e por isso considera  a necessidade de “ uma intervenção muito séria por parte das instituições ligadas ao sector, mas também das autarquias”.

Depois do cancro do castanheiro que teve efeitos significativos na economia rural desta região, surgiu na primavera passada outro problema de igual ou maior gravidade, como é o caso da vespa das galhas do castanheiro que provocou fundamentado alarme entre os produtores de castanha da zona da Terra Fria Transmontana.

Ministra da Agricultura apresentou à CONFAGRI Medidas de Apoio à Agricultura

A CONFAGRI reuniu ontem, dia 9 de Setembro, com a Ministra da Agricultura e do Mar para análise do pacote de ajudas entretanto, tendo sido transmitido o conjunto de apoios que estão que foram aprovados no último Conselho de Ministros no passado dia 7 de Setembro.

Dos assuntos debatidos destaca-se a informação relativa aprovação de um pacote de 500 milhões de euros em ajudas aos Agricultores europeus, tendo a CONFAGRI sido informada da não existência, ainda, de um critério para a distribuição do envelope a nível europeu (entre os Estados-membro), sendo a posição da tutela que o mesmo deveria ser repartido em função do valor da última quota nacional.

A CONFAGRI defendeu que os critérios utilizados não podem ser discriminatórios, tanto a nível europeu como nacional, ou mesmo regional, salienta um comunicado daquela organização.

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No âmbito do apoio à agricultura há a salientar ainda a criação de um pacote para o leite, aprovado esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, que contempla tanto medidas de apoio à tesouraria dos agricultores, como ao nível da Segurança Social.

Neste encontro com Assunção Cristas, a CONFAGRI defendeu também a criação de um incentivo ao abate de animais leiteiros em fim de carreira produtivo, visando a redução da oferta de leite em Portugal e o reequilibro do mercado. Por outro lado, a CONFAGRI expressou a importância para o sector de Portugal acompanhar eventuais ajudas excepcionais que venham ser criadas em Espanha (anunciada ajuda de 300€/vaca) no sentido de evitar distorções da concorrência.

Comissão Europeia Reage à Manifestação de Agricultores de 7 de Setembro em Bruxelas

A Comissão Europeia anunciou, esta segunda-feira, um pacote de 500 milhões de euros para apoiar os agricultores europeus em dificuldades. 

Manifestação de Agricultores de 7 de Setembro em Bruxelas 
A CONFAGRI -Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal, que participou activamente na manifestação de ontem realizada em Bruxelas, considera que este pacote é uma resposta directa da Comissão Europeia à grande mobilização dos agricultores e dos representantes das Cooperativas Agrícolas em Bruxelas.

"Consideramos que a resposta da Comissão, através deste pacote de medidas, é positiva, mas ainda insuficiente face à gravidade da situação", refere um comunicado da CONFAGRI .

Em relação ao sector do leite, a Comissão propõe alterações ao nível das medidas de Intervenção, nomeadamente a revisão dos valores para a sua activação, sendo certo que o processo legislativo para o efeito será sempre demorado.

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Uma outra medida proposta pela Comissão Europeia diz respeito à antecipação do pagamento das ajudas aos agricultores, de Dezembro para 16 de Outubro de 2015, autorizando que Portugal faça o adiantamento de 70% dos pagamentos das ajudas directas e o adiantamento de 85% dos pagamentos das ajudas do desenvolvimento rural nos sectores pecuários, medidas aliás já antes reivindicadas  pela CONFAGRI e agora consideradas como positivas por esta confederação. No entanto,  considera a CONFAGRI, "estes adiantamentos estão dependentes da eficácia da Administração Pública Portuguesa, nomeadamente os controlos 'in loco' aos agricultores, pelo que apelámos as sentido de responsabilidade das entidades envolvidas".

O Aumento da comparticipação de 50% para 70-80% em programas de promoção para o leite e os lacticínios, é entendida também como uma medida com efeito positivo pela CONFAGRI, embora considerem "estar muito diferido no tempo (finais de 2016)".

Para os suínos, a Comissão propõe abrir a armazenagem privada, pela segunda vez, mas num período ainda menos favorável ao consumo, e que não irá resolver o problema, considera a confederação em comunicado, sendo esta, no seu entender,  "a solução menos favorável".

Para os bovinos, a Comissão propõe a antecipação das ajudas directas e de desenvolvimento rural, a pagar a 16 de Outubro, nas mesmas condições referidas anteriormente para o leite.


Alfândega da Fé debateu instalação da cultura da amêndoa

Valorizar e incrementar a cultura da amêndoa na região de Trás-os-Montes é o objetivo do projeto “amendoeira”. Uma iniciativa que une organizações do setor e instituições do ensino superior da região de Trás-os-Montes e Alto Douro num mesmo desígnio: cooperar na inovação e implementar estratégias que contribuam para o aumento da produtividade da amendoeira na região.

Visita de campo
A cooperação visa produzir conhecimento, estudar a cultura na região, apoiar produtores, incentivar o investimento na produção rentabilizando as potencialidades das terras transmontanas para esta cultura. Um projeto PRODER, liderado pela Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé e que tem como parceiros a AmêndoCoop, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Recorde-se que o amendoal é uma das principais culturas de frutos secos cultivadas em Portugal e em Trás-os-Montes a cultura representa cerca 67% da área total nacional. Contudo, a produtividade é muito baixa, fruto da instalação deficiente de muitos amendoais tradicionais de sequeiro, em áreas pouco aptas, técnicas culturais pouco adequadas, ocorrência de geadas tardias que se traduzem numa grande irregularidade nas produções, com consequências nefastas para a rentabilidade das explorações agrícolas e também ao nível das cooperativas do sector e de toda a atividade económica conexa, local e regional.

É para fazer face a estes condicionalismos que surge o projeto Amendoeira. Para tal vão ser instalados três campos experimentais (dois em Alfândega da Fé e um em Torre de Moncorvo). Aqui serão estudadas questões relacionadas com a rega, gestão dos solos e fertilização, variedades tradicionais e características organolépticas. Com este trabalho espera-se contribuir para apoiar e esclarecer agricultores e técnicos do sector, promovendo o aumento da produtividade e a qualidade da produção.

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Foram estas e outras questões que estiveram em debate no Dia Aberto, com o tema “Amendoeira – Instalação da Cultura”, promovido em Alfândega da Fé no dia 16 de julho. A iniciativa juntou quase duas centenas de pessoas entre investigadores, agricultores e representantes do sector. Este foi o primeiro evento, de um conjunto de três, promovidos no âmbito do projeto amendoeira. Para além do seminário, onde foi apresentado o projeto e vários temas ligados à instalação da cultura, o dia aberto da amendoeira contou também com uma componente prática com a visita a um amendoal recentemente instalado no concelho de Alfândega da Fé. Neste local os participantes puderam observar no terreno algumas das questões abordadas durante o seminário, nomeadamente aspetos relacionados com a poda de formação.

Centro de Investigação de Montanha e Bralúpulo querem recuperar a cultura do lúpulo no distrito de Bragança

Sabia que o distrito de Bragança já foi um dos maiores produtores de lúpulo do país? Pois bem, o lúpulo, uma planta que é utilizada na indústria cervejeira, foi durante a década de setenta do Séc. XX uma das culturas mais importantes do distrito, numa altura em que Portugal chegou a ser auto-suficiente na produção deste vegetal.

Lúpulo
Com o objectivo de imprimir um novo dinamismo ao sector, de forma a torná-lo competitivo a nível internacional, o Centro de Investigação de Montanha (CIMO) em parceria com a Bralúpulo (Produtores Lúpulo de Bragança e Braga), realizam no próximo dia 14 de julho, em Bragança, as Jornadas de Lúpulo e Cerveja.

O evento terá lugar na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança e pretende debater temas relacionados com a produção, mercados e escoamento do lúpulo, de forma a conseguir imprimir um novo dinamismo para o sector que nos anos noventa do passado século foi definitivamente abandonado pela maioria dos produtores nordestinos, restando na actualidade apenas dois produtores localizados no concelho de Bragança que cultivam um total de 12 hectares.

“A ideia subjacente a estas Jornadas é demonstrar as potencialidades ecológicas da região de Bragança para produzir lúpulo e aproveitar a semente e o conhecimento dos produtores que ainda resta na região para relançar a cultura. Combinando as duas variáveis como as boas condições ecológicas e conhecimento dos produtores com forte inovação tecnológica ao nível do sistema de produção (rega, gestão do solo, fitossanidade, etc.) para a preparação do extracto para a indústria”, lê-se no sítio web de apresentação das “Jornadas de lúpulo e cerveja: novas oportunidades de negócio”.

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Em debate estarão temáticas como a história do lúpulo em Portugal, a cultura do lúpulo em Bragança, a biotecnologia associada ao lúpulo, novos mercados potenciais para o lúpulo, entre muitas outras apresentações que terão o lúpulo como objecto temático.

O Lúpulo é considerado uma liana europeia da espécie Humulus lupulus, da família Cannabaceae, tradicionalmente usado na indústria cervejeira. No calor do cozimento o lúpulo liberta resinas de sabor amargo, dando à cerveja um sabor característico. A planta é também considerada como um conservante natural que transmite à cerveja intensidade de aroma e sabor.

Paralelamente a esta iniciativa será também realizado, no dia 15 de julho, um Workshop de Cerveja Artesanal dirigido a cervejeiros e a apreciadores daquela que é considerada uma das bebidas alcoólicas mais antigas do mundo.

Granizo da passada terça-feira também causou avultados prejuízos numa aldeia no concelho de Murça

Na passada terça-feira uma forte tempestade provocou um rasto de destruição na agricultura da aldeia de Porrais, Freguesia de Candedo, Concelho de Murça. Uma forte chuvada acompanhada de potentes rajadas de vento e muito granizo foi o suficiente para causar avultados prejuízos nas vinhas desta aldeia.

Foto: CM Murça
A tempestade não durou mais do que 20 minutos, mas este foi o tempo suficiente para provocar a destruição de vinha e de outras culturas, derrocadas de terrenos e a obstrução de estradas e caminhos, o que levou à necessidade da intervenção da Protecção Civil  e da autarquia local para repor as ligações viárias que permitem o acesso às aldeias de Porrais e Sobreira.

“Ainda durante a manhã de hoje uma equipa de avaliação, constituída por técnicos da DRAPN - Norte, Câmara Municipal de Murça e Junta de Freguesia de Candedo, percorreu a área afectada (cerca de 50 hectares) verificando que os vitivinicultores da localidade de Porrais perderam entre 70% a 80% da sua produção vitícola, agravando ainda a poda dos anos seguintes e consequentemente as produções nos próximos dois anos”, refere o site do município de Murça .

Segundo a mesma fonte, “a maioria dos agricultores, como medida paliativa, fez aplicações com substâncias à base de Cálcio e Boro para colmatar e tentar vitalizar os tecidos afectados da planta”.

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“Para além das vinhas, foram afectadas todas as restantes culturas agrícolas, muros de suporte e caminhos agrícolas, ficando com largos quilómetros totalmente intransitáveis. Numa primeira análise estima-se que exclusivamente em vinho haverá um prejuízo de meio milhão de euros”, relata o site da Câmara Municipal.

O Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), Manuel Cardoso, acompanhado do presidente da Câmara Municipal de Murça, José Maria Costa, e do vice-presidente, Raul António Luís, estiveram durante a tarde de visita a Porrais, na freguesia de Candedo, acompanhados de técnicos da DRAPN que efectuaram o levantamento de dados para a realização de um relatório que será enviado ao Ministério da Agricultura e do Mar.

Granizo destrói produção de vinho em Celeirós do Douro, concelho de Sabrosa

Não é um fenómeno a que os agricultores duriense não estejam habituados, uma vez que entre os meses de maio e junho é frequente haverem trovoadas que levam à destruição da produção de vinho na região duriense.

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Este ano aconteceu, mais uma vez, em Celeirós do Douro, uma aldeia vinhateira do concelho de Sabrosa que ao fim da tarde de ontem, terça-feira, viu a sua produção vinícola destruída em cerca de 50 por cento, devido à queda de uma forte trovoada de granizo que dizimou a maior parte das videiras da aldeia.

Durante aproximadamente 30 minutos, o granizo que caiu esta terça-feira em Celeirós deixou um rasto de destruição profundo, um imenso rio de gelo a correr pelas ruas da aldeia, repetindo o cenário que há três anos também se registou nesta localidade e também com sérias consequências na produção agrícola.

Os agricultores ainda estão a fazer os cálculos aos prejuízos provocados pela tempestade, mas numa primeira avaliação estima-se que cerca de 50 por cento da produção de vinho tenha sido perdida.

A tempestade de granizo que se abateu sobre os campos daquela zona, trouxe consigo um rasto de destruição. A vinha, sendo a cultura de maior expressão na região, foi a mais afectada, resultando daí sérias consequências para a economia local, nomeadamente para os agricultores que dependem dos rendimentos auferidos por esta monocultura.

Pastores encontram-se em Alfândega da Fé

A Festa da Cereja de Alfândega da Fé recebe pela primeira vez na sua história um Encontro de Pastores, acompanhado pela tradicional merenda e pelo primeiro Concurso de Ovinos e Caprinos de Alfândega da Fé. 

Pastores encontram-se em Alfândega da Fé
A iniciativa, agendada para 6 de junho, é organizada pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé, em parceria com Associações do sector (ANCRAS e ANCOTEQ) e pretende aproximar a Festa do mundo rural, dando a conhecer atividades e sectores que muito contribuem para a dinamização da economia local.

O concurso vai premiar os melhores, em diferentes categorias, e pretende assumir-se como um incentivo para os criadores concelhios, valorizando a actividade e estimulando a aposta neste sector. Esta é também uma forma de valorizar a pastorícia no concelho, promovendo o convívio e a troca de experiências e dando a conhecer uma atividade que poderá estar ameaçada.

A Festa da Cereja enquanto montra do território e um dos principais cartazes turísticos do concelho presta, assim, a devida homenagem aos pastores, que se assumem, muitas da vezes, como guardiões do território e como os melhores guias para o dar a conhecer. De facto os pastores conhecem como ninguém, os trilhos, as serras, o montes e vales, têm formas de estar próprias e usos e rotinas que importa dar a conhecer, valorizar e preservar.

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É isso que a autarquia alfandeguense está a fazer com esta iniciativa e com outras que tem no terreno. É o caso do estudo e levantamento que fez sobre os pastores e rebanhos no concelho. Um levantamento das necessidades, expectativas e do modo como encaram uma atividade que poderá estar em vias de extinção. O resultado deste trabalho pode ser visitado na Galeria da Casa da Cultura Mestre José Rodrigues. Trata-se de uma exposição fotográfica “O Olhar do Pastor” e um documentário sobre o dia-a-dia dos 41 pastores, que fizeram parte da primeira fase deste levantamento.

Mais um motivo para visitar Alfândega da Fé durante a Festa da cereja que acontece na localidade de 5 a 7 de junho.

NI Município de Alfândega da Fé (Sónia Lavrador)


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