A decisão foi tomada na última reunião do Conselho Intermunicipal que decorreu em Palaçoulo, Miranda do Douro. Os membros do Conselho consideram que o desenvolvimento agrícola do território tem que passar pela elaboração de um Plano Estratégico de Regadio. Uma forma de responder às alterações climáticas e criar as condições para uma agricultura mais competitiva.
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Plano Estratégico para o Regadio: CIM-Terras de Trás-os-Montes defende estratégia comum para todo o território |
Num território onde a agricultura ainda se assume como uma das principais atividades económicas a elaboração deste Plano é entendida como um contributo essencial para a criação de riqueza, identificando prioridades, adaptando culturas e definindo os impactes económicos. A ideia passa por promover a otimização dos regadios já existentes e avançar para a implementação de novos, criando as condições necessárias para uma gestão eficiente da água nas Terras de Trás-os-Montes. Tal permitirá também fazer face aos períodos de seca que nos últimos anos têm afetado o território.
Para tal, o Conselho Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes quer envolver as instituições de ensino superior da região, num plano que irá abranger toda a região. A CIM-Terras de Trás-os-Montes integra os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
A elaboração deste Plano Estratégico deverá a assumir-se como um instrumento chave para conseguir o financiamento necessário para os investimentos que são precisos nesta área, tanto nos concelhos da Terra Fria como nos da Terra Quente Transmontana.
Vespa das Galhas do Castanheiro
A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes continua a colaborar com o Instituto Politécnico de Bragança no Plano de Combate à Vespa das Galhas do Castanheiro no Território. A CIM vê nesta Instituição um parceiro estratégico na dinamização do plano de ação para combater esta praga. No terreno já estão a decorrer ações de sensibilização e largada de parasitoides. A primeira aconteceu no concelho de vinhais, no dia 9 de maio. O Plano inclui 41 largadas. Nas Terras de Trás-os-Montes foram sinalizados 181 focos no concelho de Vinhais, um no concelho de Bragança e um no concelho de Macedo de Cavaleiros. Só neste último município foram definidos 39 locais para largada de parasitoides, em Bragança e Macedo de Cavaleiros vai ser realizada uma largada em cada.
Paralelamente às ações de sensibilização realizadas nos concelhos de Alfândega da Fé, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Vinhais, também a CIM-Terras de Trás-os-Montes lançou uma campanha nos órgãos de comunicação locais para alertar agricultores para os comportamentos a adotar de modo a contribuir para o controle da praga.
Estes foram dados apresentados na última reunião do Conselho Intermunicipal da CIM-Terras de Trás-os-Montes, onde esteve presente o Professor Albino Bento do Instituto Politécnico de Bragança. Na altura foi transmitida a necessidade de reforçar meios materiais para continuar a desenvolver este trabalho durante os próximos anos. A CIM-Terras de Trás-os-Montes entende este trabalho como de extrema importância para a economia da região.
Recorde-se que este território produz, em média, 40 mil toneladas/ano de castanha, representando este número mais de 70% da produção a nível Nacional. Este fruto é uma importante fonte de rendimento para os agricultores e tem vindo a ganhar importância crescente na economia local.
Sónia Lavrador