Durante este mês, os dois maiores planetas do Sistema Solar só poderão ser observados pelos madrugadores ou pelas “corujas”, pois no início de abril, Saturno nasce por volta das 5 da manhã e Júpiter por volta das 5h30, enquanto no dia 30 já se começa a ver Saturno por volta das 3h15 e Júpiter por volta das 4h00. Ambos os planetas estarão visíveis até que o Sol nasça, o que acontece por volta das 7h20 no dia 1 e pouco depois das 6h30 no dia 30.
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Figura 1: O céu virado a Sudeste, às 6 da manhã do dia 7 de abril de 2021, com a Lua perto do planeta Júpiter e o planeta Saturno próximo dos dois. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)[/caption]No dia 4, a Lua atinge o quarto minguante e no dia 6 passa a apenas 5 graus de Saturno. Como nasce por volta das 5 da manhã, continuamos a vê-la mesmo depois do Sol nascer.
No dia 7, a Lua passa a 5 graus de Júpiter e no dia 12 atinge a fase de lua nova. No dia 17, já iluminada a 25%, a Lua passa a 3 graus do planeta Marte, ambos na constelação do Touro. Esta constelação, assim como as constelações de Orion e Cão Maior, ficam visíveis assim que anoitece, entre Sudoeste e Oeste.
No dia 20 a Lua atinge o quarto crescente. Dois dias depois ocorre o máximo da chuva de meteoros das Líridas. A constelação da Lira, onde está situado o radiante (o ponto de onde parecem emanar os meteoros), nasce a Nordeste, pouco depois do anoitecer. Apesar de não ser das chuvas mais intensas (prevêem-se apenas 10 meteoros por hora, em céus escuros) e do máximo estar previsto para as 14:00, ainda assim deve dar para observar alguns meteoros, em especial depois da Lua se pôr, por volta das 4:30.
Se decidirem esperar pelas Líridas, aproveitem também para observar a Lua, que passa a Sul às 22:00, na constelação do Leão.
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Figura 2: A Lua na constelação de Leão, a passar a Sul, às 22h00 do dia 22 de abril de 2021. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)[/caption]Este era um gigantesco leão que vivia na Lua e atacou a carruagem de Selene, a deusa da Lua, que prontamente o expulsou para a Terra. Este caiu perto de Nemeia, na Grécia, onde começou a atacar as pessoas. Muitos perderam a vida a tentar abatê-lo, pois a sua pele era praticamente impenetrável.
Matar o Leão de Nemeia foi o primeiro dos doze trabalhos de Hércules, mas com a pele impenetrável, o herói só teve sucesso depois de estrangular o animal. De seguida, Hércules decidiu retirar-lhe a pele, para usar como proteção durante os restantes onze trabalhos. Para o fazer, usou a única coisa que conseguia penetrar no couro do animal - as garras do próprio Leão!
Para fechar o mês, no dia 27 vejam a “super” lua cheia, isto é, uma lua cheia que coincide com o perigeu (ponto de maior aproximação à Terra) do nosso satélite, aparecendo por isso um pouco maior do que a média no nosso céu.
Boas observações.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Fig1: O céu virado a Oeste, às 22:00 do dia 28 de fevereiro de 2021, com indicação da localização do planeta Marte nos dias 1 e 28 de fevereiro 2021. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)[/caption]
Fig 2: O “carrinho” de exploração de Marte Perseverance, da NASA. (Imagem: NASA/JPL-Caltech)[/caption]
Figura 1: Céu a leste na madrugada de dia 3. Igualmente é visto o radiante da chuva de estrelas Quadrântidas e a posição do quarto minguante de dia 6. (imagens adaptadas de Stellarium)[/caption]
Figura 2: Céu a sudoeste ao início da noite de dia 10. Igualmente é indicada a posição de Vénus nos dias 11 e 14 e da Lua nos dias 14 e 20. (imagens adaptadas de Stellarium)[/caption]
Fig1: O céu virado a Sul, às 00:40 do dia 14 de dezembro de 2020, com indicação da localização do radiante da chuva de meteoros das Geminíadas. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)[/caption]
Fig2: O céu virado a Sudoeste, ao anoitecer do dia 21 de dezembro de 2020, com a “super-estrela” formada por Júpiter e Saturno cerca de 15 graus acima do horizonte. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)[/caption]
Fig1: O céu virado a Este, às 20:00 do dia 13 de outubro de 2020, com o planeta Marte a parecer uma autêntica “superestrela” alaranjada. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)[/caption]
Fig2: O céu virado a Sul, ao anoitecer do dia 23 de outubro 2020, com a Lua e os planetas Júpiter e Saturno a formarem um triângulo no céu. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)[/caption]
Figura 1: Céu a Sudeste pela uma hora da madrugada de dia 2. Igualmente é visível a posição da Lua no dia 6.[/caption]
Figura 2: Céu a Sudoeste ao anoitecer de dia 19. Igualmente é visível a posição da Lua nos dias 24 e 25.[/caption]
Figura 1: O céu virado a Este no dia 9 de agosto de 2020, por volta da uma da manhã, com a Lua bem perto de Marte. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis/Stellarium).[/caption]
Figura 1: Céu a sudeste às 2 horas da madrugada de dia 6. Igualmente é visível a posição da Lua na madrugada de dia 12 e o radiante da chuva de estrelas Delta Aquaridas.[/caption]
Figura 2: Céu a sudeste pelas 5 horas da madrugada de dia 22. Igualmente é visível a posição de Marte no dia 12; de Mercúrio e Vénus no dia 17 e da Lua nos dias 12, 17 e 19.[/caption]
Figura 1: Céu a leste ao final da madrugada de dia 6. Igualmente é visível o radiante da chuva de meteoros Eta Aquáridas, a posição de Marte no dia 15, da Lua nos dia 13 e 15 e do cometa ATLAS na madrugada de dia 23.[/caption]
Figura 2: céu a poente ao início da noite de dia 15. Também é indicada a posição da Lua e dos planetas Mercúrio e Vénus na noite de dia 24.[/caption]
Figura 1: O céu virado a Sudeste às 5 da manhã, com indicação das posições do planetas Marte, Saturno e Júpiter, e da Lua nos dias 14, 15 e 16 de abril 2020 (Imagem: Ricardo Cardoso Reis/Stellarium)[/caption]
Figura 2: O céu virado a Norte, por volta das 21:00, com indicação da posição aproximada do cometa ATLAS durante o mês de abril de 2020. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis/Stellarium)[/caption]









