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|Hélio Bernardo Lopes| |
Razões diversas fizeram com que só agora tenha podido escrever esses meu alinhavos sobrre o tema. Assim, a notícia referia que certa escola vinha funcionando em contentores desde 2009, passando a fazê-lo, no dia seguinte, em instalações adequadas. Citavam-se mesmo as palavras de certa vereadora, a cuja luz, finalmente, os pequenotes iriam agora passar para instalações condignas e adequadas. Bom, achei graça.
Acontece que a aatual liderança desta autarquia leva já três anos e meio de funções, pelo que também se pode olhar por este prisma o regresso atual às novas e rejuvenescidas instalações. Não pondo nunca em causa o trabalho realizado pela autarquia e pela sua equipa liderante atual, a verdade é que esta, afinal, precisou de três anos e meio para pôr fim no que a notícia referia como sendo mau e sempre havia sido apresentado como transitório.
Mostra isto, pois, que em oito anos de transitoriedade, três e meio foram mantidos pela atual equipa liderante da autarquia. Ou seja, quarenta e quatro por cento do tempo de transitoriedade – por ligeiro excesso – ficou a dever-se à atual liderança autárquica. Pelo meio, como se sabe, decorreu o resto do Governo de Sócrates, bem como todo o de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Uma situação que, inevitavelmente, teve de produzir perturbações, mudanças e atrasos.
Como referi ao início, este meu texto nada tem que ver com a qualidade da gestão da atual liderança autárquica, tenha ela sido boa, medina ou de outro tipo. Apenas aborda o modo como o tema foi noticiado. Convém, pois, ser-se criticamente atento ao que se lê e ouve.