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|Hélio Bernardo Lopes| |
Sem espanto, pude ouvir a entrevistadora questionar Arménio Carlos sobre se certos benefícios dados aos trabalhadores do Estado não serão um privilégio em face do que se passa com as empresas privadas.
Trata-se, obviamente, de um problema mal formulado. Quando a anterior Maioria-Governo-Presidente usou o argumento igualizador, fê-lo para baixar os valores pagos aos funcionários do Estado e não para promover os que trabalhavam nas empresas privadas. Pelo contrário, essa Maioria-Governo-Presidente da Direita fez tudo para fragilizar quem trabalha por conta de outrém e para beneficiar quem é patrão. É uma realidade que só mesmo tolos dizem não acreditar.
Acontece que um país que paga mal aos funcionários do Estado nunca pode ser bem olhado. Até nos Estados Unidos é esta a realidade. Simplesmente, a anterior Maioria-Governo-Presidente tinha como objetivo seguir a cartilha privatizadora de um modo tão profundo quanto pudesse, com os terríveis resultados que se puderam observar. E sentir...
Lamentavelmente, Raquel Abecassis, assumiu uma posição rebaixadora da dignidade de quem trabalha, porque se fosse seguida levaria a uma saída, ainda maior, de portugueses à procura de sustento lá por fora. Em vez de tomar como exemplo o que se passa nos países do Norte da Europa, Raquel deitou mão do que está presente em Malta, em Chipre ou na Polónia. Faltou a Raquel Abacassis, e também à Renascença, defender as posições do Papa Francisco, procurando promoveer as pessoas e pondo de lado o modelo neoliberal, onde o dinheiro, o lucro e a competitividade são hoje como deuses ou santos. E por isso está Portugal como se vê, apesar do excecional trabalho deste Governo e dos partidos que o suportam na Assembleia da República.