PEV diz que Classificação do Alto Douro Vinhateiro está marcada por muitas feridas e poucos proveitos para a população

Assinala-se hoje o 15º aniversário sobre a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade. O distintivo da UNESCO foi atribuído no ano de 2001 e desde essa altura até aos dias de hoje poucos foram os proveitos que reverteram em prol das populações locais, considera o Parido Ecologista “Os verdes” (PEV) num comunicado endereçado às redações dos meios de comunicação social.

Fotografia aérea "A Terceira Dimensão "
Segundo o PEV esta é “uma classificação que se assume como o reconhecimento de valor único, inestimável e universal desta paisagem cultural, resultante de séculos de uma relação sofrida mas harmoniosa entre o Homem e a Natureza. Uma classificação que o país deveria respeitar e acarinhar e tudo fazer para que esta fosse um pilar importante de um desenvolvimento harmonioso desta região.”

PUB
Anuncie no Notícias do Nordeste! Contacte-nos!
Consulte a tabela de preços 

Mas para “Os Verdes” não é isso que tem acontecido. “Em 15 anos passados, esse desígnio não só não tem sido cumprido, como a classificação tem sido manchada por sucessivas violações dos compromissos assumidos por Portugal”, salientam no comunicado.

O PEV aponta “a construção da Barragem do Tua e as Linhas de Muito Alta Tensão que vão rasgar o Alto Douro Vinhateiro como um dos expoentes máximos dessas violações”.

Mas as críticas também recaem nas políticas de gestão das redes ferroviárias que nas últimas décadas os sucessivos governos têm levado a efeito. “O encerramento da linha ferroviária do Douro, entre o Pocinho e Barca D`Alva e a destruição dos seus ramais, linha do Tua, Corgo e Tâmega são ainda exemplos da incapacidade de aproveitar plenamente esta Classificação em prol do desenvolvimento regional e do bem-estar de toda a sua população”, sublinham.

No mesmo comunicado, o PEV considera ainda que  "o pleno aproveitamento da Classificação do Alto Douro Vinhateiro para o desenvolvimento da região e do país, tem de passar pelo respeito minucioso dos compromissos assumidos no quadro da Classificação, nomeadamente com a implementação de projetos que não sejam agressivos com a paisagem e que não ponham em causa as características que levaram seu reconhecimento do seu valor, isto é, a  ligação à tradição, à vinha e à vitivinicultura, projetos de desenvolvimento que irradiem bem-estar para todos, como a reativação da Linha do Douro até Barca D´Alva e dos seus Ramais e que garantam rendimento aos pequenos vitivinicultores, construtores desta paisagem".

www.CodeNirvana.in

© Autorizada a utilização de conteúdos para pesquisa histórica Arquivo Velho do Noticias do Nordeste | TemaNN