Douro é Património da Humanidade há 15 anos

Foi há 15 anos que a região vinhateira do Douro ganhou a classificação de Património da Humanidade, enquanto paisagem Cultural, Evolutiva e Viva. Depois de passada uma década e meia, a "marca da qualidade" correu o mundo e hoje a região é um importante destino turístico do nosso país.

Foi a 14 de dezembro de 2001 que a mais antiga região demarcada do mundo entrou na lista da UNESCO e desde então muitas alterações surgiram neste território.

Para João Rebelo, professor do departamento de economia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a elevação do Douro a Património Mundial da UNESCO “ trouxe claros benefícios sociais e económicos, como no turismo e viticultura, mas também teve custos a nível da restrição do uso do bem”, defendeu o professor universitário, citado pela Lusa. "O Douro está muito melhor", concluiu este docente.

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Segundo o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, em declarações à Agência Lusa, a classificação “ permitiu avançar na transformação do território. Ainda não temos tudo o que queríamos, é verdade que esta classificação também implicou responsabilidades, nomeadamente na capacidade de mexer no território em termos urbanísticos, de construção e de cuidado com o território, mas julgo que é inegável que foi um fator positivo”, salientou o autarca.

Já para Ricardo Magalhães, que foi chefe de projeto da Estrutura de Missão do Douro entre 2007 e 2012 e é atualmente vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), “os principais ganhos foram o reconhecimento externo da excelência do Alto Douro Vinhateiro e a projeção internacional alcançada”.

Para comemorar esta data, dia 14 de dezembro Vila Real acolhe uma sessão evocativa do aniversário, juntando  para a celebração a CCDR-N, através da Missão Douro, o Município de Vila Real, a CIM do Douro e a Liga dos Amigos do Alto Douro Vinhateiro.

A iniciativa decorrerá da parte da manhã nos claustros do edifício do Governo Civil de Vila Real e contará com a presença do Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e do Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.

“A sessão evocativa terá como objetivo apresentar um balanço da projeção do Alto Douro Vinhateiro nos últimos anos e demonstrar como é que o território tem sabido preservar e conciliar os valores fundamentais da região que estiveram na origem da candidatura apresentada à UNESCO”, refere fonte da CCDR-N.

Na parte da tarde realiza-se um debate sobre o tema “Valores do Douro - Uma paisagem cultural, Evolutiva e Viva”, em cujo painel estarão presentes Alberto Tapada, Secretário-geral da AETUR, Artur Sá, Professor da Cátedra UNESCO na UTAD, Belém Lima, Arquiteto e Celeste Pereira, representante da Greengrape.