A empresa que vai retomar a exploração, a MTI - Ferro de Moncorvo, S.A, diz que vai investir 114 milhões de euros num processo de exploração dos recursos de ferro da Serra de Reboredo que deverá iniciar-se no prazo de 18 meses e prolongar-se em diferentes fases até 2026.
A previsão de investimento para início de exploração está orçamentado em cerca de 38,5 milhões de euros e os investimentos futuros deverão evoluir em conformidade com o volume do minério explorado ao longo desse tempo, que será de 800 mil toneladas no primeiro ano e de 1,6 milhões de toneladas no quinto.
PUB
Anuncie no Notícias do Nordeste! Contacte-nos!
Consulte a tabela de preços
O retomar da exploração de ferro em Torre de Moncorvo deverá ter repercussões muito positivas na economia nacional, regional e local. Calcula-se que a partir do oitavo ano esta produção deverá representar 0,2% do valor total das exportações nacionais e 0,07% do PIB.
O arranque do projeto poderá também ter um grande impacto económico na região e particularmente na vila de Torre de Moncorvo. Note-se que atualmente existem profundos problemas de empregabilidade na desertificada região transmontana.
Segundo anunciou o responsável do MTI, António Frazão, a transformação do minério em concentrado de ferro deverá ser feita numa lavaria situada junto à área da antiga exploração, e a produção, com destino às siderurgias europeias, deverá ser escoada pela via férrea e por estrada, não tendo sido deixada de parte a hipótese do escoamento do minério poder ser realizado pela via fluvial, tirando partido de futuros projetos de melhoramento da navegabilidade do rio Douro.
A prospeção de ferro na Serra do Reboredo já dura desde 2008, altura em que o MTI assinou um contrato com o Estado português. A partir de 2012 foram lançados os primeiros estudos de viabilidade técnica e económica do projeto de exploração, tendo igualmente sido lançado um Estudo de Impacto Ambiental para determinar os impactos e as medidas mitigadoras a ter em conta na fase de execução.
PUB
Anuncie no Notícias do Nordeste! Contacte-nos!
Consulte a tabela de preços
Nuno Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, em declarações gravadas à TSF, disse que esta é uma boa notícia para todo o país, mas é sobretudo bom e importante para o seu concelho porque, sublinhou, “vai proporcionar na fase de exploração o incremento de um problema que nós temos em todo o interior que é a empregabilidade, a empregabilidade dos jovens, mas também vai permitir que todo o setor hoteleiro, setor da restauração, possam ter também um novo incremento e um novo impulso”.
A serra do Reboredo, onde se concentram os filões do minério, abrange uma área com cerca 4,624 hectares localizada num território sob a alçada administrativa da União de Freguesia de Felgar e Souto da Velha, Felgueiras e Maçores, e das freguesias de Mós, Carviçais, Larinho, Torre de Moncorvo e Açoreira.