Temos excelentes polícias

|Hélio Bernardo Lopes|

O recente caso passado com quatro argelinos no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, permitiu perceber uma realidade por mim conhecida há muito e de que os portugueses se deram conta durante o Euro 2004: temos excelentes polícias e uma capacidade instalada no domínio da segurança interna muito elevada e que fará, com toda a certeza, a inveja das suas congéneres estrangeiras. Na Europa ou fora dela.

É absolutamente essencial manter este padrão de qualidade, dado que o setor do turismo nos é inteiramente essencial. Para tal, dispomos de recursos humanos de mui elevada preparação e qualidade, oriundos de institutos superiores mui qualificados e já extremamente referentes. O Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna é uma dessas instituições, herdeira da inicial Escola Superior de Polícia.

As caraterísticas do País e as da generalidade dos portugueses permitem perceber que Portugal poderá, com elevada probabilidade, levar de vencida o terrorismo internacional, se o mesmo por aqui se aventurar. E é essencial que, logo a começar pelo Presidente da República, seja reconhecida a qualidade e a eficácia das nossas polícias. Impõe-se-nos uma atitude preventiva em face dos riscos potenciais que hoje se desenvolvem no seio do espaço europeu.

Estão de parabéns, pois, as nossas polícias, que continuam a dar provas de elevada qualidade no domínio que está à sua guarda. E estou eu mesmo pleno de satisfação e orgulho por ter sido professor da Escola Superior de Polícia e membro do seu Conselho Científico, recordando tantos amigos, colegas e antigos alunos, de que destaco, entre todos, Fernando Manuel Afonso de Almeida, Mário Gonçalves Amaro, Francisco Oliveira Pereira e Paulo Valente Gomes.