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Foto de Plutão obtida apenas 15 minutos depois da maior aproximação da sonda New Horizons a Plutão, a 14 de julho de 2015 |
Segundo a resolução B5, os planetas anões são os objetos do Sistema Solar que: 1 - Orbitam o Sol; 2 - Têm massa suficiente para estar em equilíbrio hidrostático (grosso modo, têm uma forma "arredondada"); 3 - Não "limparam" a sua órbita; 4 – Não são luas.
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Desde a despromoção, foram criados vários movimentos populares para restaurar Plutão ao seu “estatuto planetário”, sendo um dos seus principais defensores Alan Stern (SwRI), o investigador principal da missão New Horizons (NASA ) a Plutão e à Cintura de Kuiper.
Mas para Ricardo Cardoso Reis, (Planetário do Porto – Centro Ciência Viva e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA ) a polémica não faz sentido: “A reclassificação foi largamente aceite pela maioria da comunidade astronómica mundial, pois mesmo antes da despromoção, Plutão era visto como algo que não encaixava no grupo dos planetas – nem era um planeta telúrico como a Terra, nem era um gigante como Júpiter.”
Reis acrescenta ainda: “Este tipo de despromoção já aconteceu antes. Ceres foi descoberto no início do séc. XIX, sendo de imediato classificado como planeta. Mas nas décadas seguintes, com a descoberta de cada vez mais objetos semelhantes, basicamente na mesma órbita, foi criada uma nova categoria para os classificar – os asteroides. Na altura a despromoção também foi polémica, no entanto hoje ninguém põe em causa que Ceres não é um planeta.”
Aos 3 planetas anões conhecidos em 2006 (Plutão, Éris e Ceres), juntaram-se em 2008 Makemake e Haumea . E em julho do ano passado, Plutão foi finalmente observado de perto, pela sonda New Horizons.
Planetário do Porto – Centro Ciência Viva e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva