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| Instituto Europeu de patentes prepara-se para aprovar mais uma patente sobre a nossa comida |
Em março deste ano o IEP usou estes dois casos para criar jurisprudência e assim definir como patenteáveis tanto plantas como animais derivados de cruzamentos tradicionais. Desde então o protesto está a crescer: a Áustria, França, Alemanha e a Holanda estão entre os países que criticam publicamente esta decisão do IEP. "Neste momento só uma forte decisão política pode impor moralidade e estancar o conflito de interesses que liga o IEP às grandes empresas que querem privatizar para benefício próprio o que sempre pertenceu a toda a sociedade," afirma Margarida Silva da Plataforma Transgénicos Fora, uma das muitas organizações que apoiam a coligação internacional No Patents On Seeds.
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Contudo, na sua interpretação questionável da lei, o IEP passou por cima das proibições existentes e esvaziou-as de qualquer efeito. Isto é demonstrado pelo relatório atualizado da No Patents on Seeds, apresentado hoje em Munique e disponível aqui .
O relatório inclui também um plano de ação política, detalhando as iniciativas que dirigentes europeus devem agora implementar para impedir este desenvolvimento e garantir proibições efetivas. A patente sobre o tomate com conteúdo de água reduzido já não poderá ser travada, pelo menos por agora. E, note-se, no passado dia 10 de setembro o IEP também aprovou a patente sobre brócolos. Só uma intervenção política focalizada poderá mudar as decisões do IEP. "A inação não é opção.
"Mais de mil pedidos de patente sobre plantas obtidas através de melhoramento tradicional estão neste momento pendentes," avança Lanka Horstink, da Campanha portuguesa em defesa das Sementes Livres, "e cerca de 120 foram já concedidas. Isto é uma bomba relógio para o nosso futuro comum", refere em comunicado a Plataforma Transgénicos Fora.
