Alfândega da Fé |
Berta Nunes, presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé considera ser este um dos mais graves problemas com que actualmente se debate, uma vez que a autarca, num curto espaço de tempo, vê duplicar a taxa de desemprego no seu concelho.
Berta Nunes, em declarações à Antena 1, diz que o quadro económico concelhio é débil e incapaz de criar muitos postos de trabalho. “ A agricultura, não cria muitos postos de trabalho e os serviços estão neste momento em grande contenção, pelo que estas duas actividades económicas não trazem no momento grandes oportunidades de emprego”, referiu.
A autarca está interessada em manter no concelho todos os jovens que agora perderam o emprego com o fim das obras de construção da barragem do Baixo Sabor, mas isso só se pode fazer se houver motivos de atractividade que não deixem os mais jovens emigrar na busca de melhores oportunidades de vida, contribuindo desta forma para o processo imparável de despovoamento da região.
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Por isso Berta Nunes pede ao poder central mais investimento público em Alfândega da Fé. “ O problema só se resolve com um forte investimento da parte do poder central. Se não houver essas políticas públicas e de apoio à iniciativa privada que se direccionem para o interior, o que vai acontecer é o que tem vindo sempre a acontecer, ou seja, as pessoas ficam desempregadas, não conseguem arranjar emprego e emigram”.
Berta Nunes, na mesma entrevista à Antena 1, mostra-se um pouco céptica ao referir-se ao novo quadro comunitário, enquanto instrumento de investimento no interior capaz de diminuir a fraca atractividade destes territórios. “Há muito pouco dinheiro nestes fundos comunitários. Há muito investimento que é direccionado às empresas mas é direccionada para a inovação e internacionalização. A nossa suspeita, o nosso medo e o nosso receio é que no fim deste quadro comunitário, da forma como nós estamos a ver o quadro a ser desenhado, é que estejamos ainda pior”.