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|Hélio Bernardo Lopes| |
Em primeiro lugar, eu quero mesmo poder desempenhar a altíssima magistratura do Presidente da República. É uma importante condição, dado que um bom desempenho pressupõe, primeiro que tudo, uma vontade forte. Pois eu tenho essa vontade e de um modo fortíssimo.
Em segundo lugar, acompanho, interessadamente, a vida política, seja a interna ou a internacional, desde muito jovem. Ao bater a primeira dúzia dos meus anos, eu sabia já muito bem a História Mundial do Século XX.
Em terceiro lugar, tive a oportunidade de viver por dentro a política portuguesa durante sete anos. Visitei o estrangeiro e pude perceber como até era fácil fazer muito melhor que o que se ia vendo ao tempo.
Em quarto lugar, por razões ligadas ao ambiente científico e tecnológico, mas também em domínios da área das ciências sociais e políticas, eu estive, por cinco vezes, cada uma com duração quinzenal, em países diversos da Europa, onde, para lá do tema específico do encontro, sempre as conversas desembocavam na política, fosse a portuguesa, a internacional ou outra. Tal como um dia disse Salazar, também eu pude comparar.
Em sexto lugar, depois de quarenta anos da nossa III República, e perante o estado do mundo destes dias, nem por um segundo duvido de que posso desempenhar as funções de Presidente da República melhor do que a generalidade dos que têm sido por aí badalados. E, sobretudo, muito melhor que o Presidente Cavaco Silva.
E, em sétimo lugar, falo bem cinco línguas: português, espanhol, francês, inglês e italiano. Comigo, todo o diálogo seria mais fácil, ao menos no espaço europeu e nos contactos com os ambientes anglo-saxónico e hispânico.
Por tudo isto, vou agora deitar-me a pensar se virei a participar na corridinha já em andamento. Porque se Marcelo e Santana já se puseram em bicos de pés, porque não haverei de fazê-lo eu? Ou não tenho razão? Pois claro que tenho!