Seguro automóvel tende a baixar em Portugal

Em Portugal, embora não exista informação estatística sobre a evolução dos preços dos seguros automóveis, a forte concorrência existente no sector tende a induzir a diminuição dos preços.

Os preços do seguro baixaram em França, sob o efeito combinado de vários factores. Por um lado, a sinistralidade baixou fortemente graças a uma política de segurança rodoviária voluntarista. A diminuição de acidentes conduz assim a uma redução da pressão exercida pelos preços das apólices de seguro.

Por outro lado, a concorrência foi particularmente forte no mercado. O desenvolvimento da banca de seguros, emergência de actores da Internet e outros factores como as promoções, multiplicaram-se desenvolvendo fortes campanhas de fidelização dos clientes. Por último, a criação de novas coberturas pay as you drive jogaram a favor de um controlo dos preços. Baseadas numa adaptação do preço do seguro à quilometragem realmente percorrida, estas fórmulas seduziram particularmente os jovens condutores que, muitas vezes, tinham de fazer face a tarifas incomportáveis.

Em Portugal, embora não exista informação estatística sobre a evolução dos preços dos seguros automóveis, a forte concorrência existente no sector tende a induzir a diminuição dos preços. Pelo contrário, os preços do seguro aumentaram significativamente em Itália e no Reino Unido.

A Itália constitui um mercado singular para o seguro automóvel. Com um mercado regulado até 1991, a Itália conheceu, no momento da liberalização das tarifas de seguro, uma guerra frenética dos preços, no decurso da qual as seguradoras se entregam a práticas de dumping praticamente ilimitadas. Em 1999, cientes de que o sistema não podia perdurar por muito mais com níveis de apólice tão baixos, as seguradoras aumentaram brutalmente as tarifas do seguro automóvel, com crescimentos anuais na ordem dos dois dígitos, e isto até 2006. Desde então, os aumentos normalizaram-se e, no período observado, o crescimento foi de 6,1%.

O crescimento dos preços de manutenção e de reparação no Reino Unido teve efeitos directos nos preços do seguro. Além disso, apesar do número de acidentes ter também diminuído no Reino Unido, a sua gravidade aumentou, impulsionando os preços do seguro para um aumento. Por último, as seguradoras britânicas devem fazer face a um número crescente de condutores sem seguro, uma fraude que é tanto causa como consequência do aumento dos preços dos seguros no Reino Unido.

Face ao aumento dos preços, cada vez mais condutores assumem o risco de não terem seguro.

O Grupo BNP Paribas Personal Finance acompanha há mais de 50 anos o desenvolvimento do consumo e das cadeias da distribuição no mundo. Em 1989, lançou, em França, uma publicação anual - o Observador Cetelem - cujos estudos sobre o consumo, a distribuição e o crédito, são fontes de informação e de reflexão ao dispor de todos os actores do mercado. A primeira edição portuguesa foi divulgada em 2000. O Observador Cetelem está presente em vários países: Brasil, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Portugal e República Checa.

As análises económicas e técnicas, bem como as previsões, foram realizadas em colaboração com o instituto de estudos e de consultoria BIPE (www.bipe.com). Os inquéritos aos consumidores foram realizados no decurso do terceiro trimestre de 2009 em colaboração com a sociedade Research International na Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal e Reino Unido. No total, foram inquiridos 3600 indivíduos (amostra representativa das populações nacionais).

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