O actual contexto económico e financeiro está, em grande parte, ligado aos esforços levados a cabo para suportar toda a actividade económica do país.
Mas, apesar das medidas levadas a cabo pelo governo, o cenário não se revela animador. O aumento do desemprego e o regresso da inflação, levam-nos a considerar que as perspectivas de consumo serão limitadas em 2010. No entanto, as soluções low-cost poderão representar uma oportunidade de crescimento para o sector automóvel.
O êxito dos incentivos para a troca de carros e para abate no sector automóvel são reveladores de alguma eficácia relativamente a medidas tomadas pelo governo. Por outro lado, as autoridades monetárias intervieram para baixar as taxas de juro e diminuir o custo do crédito. O activismo das autoridades acabou por contribuir para a subida dos índices bolsistas elevando a confiança nos mercados, retomando a produção industrial e a estabilização das trocas comerciais.
É nesse contexto que o centro de estudos económicos BIPE, considera que a retoma económica terá uma amplitude limitada, nos próximos meses, nos países industrializados. No passado, o crescimento foi fortemente sustentado (sobretudo em Espanha e no Reino Unido) por excessos em determinados mercados, como o do imobiliário. Esta situação de crescimento excessivo, marcado por desequilíbrios, não deverá reproduzir-se num futuro próximo, ainda que seja difícil recuperar os níveis de crescimento pré-crise. Do lado das empresas, surgirão algumas dificuldades no que se refere à recuperação do investimento. As margens de manobra financeiras dos Estados para apoiar e estimular a retoma estão cada vez mais limitadas. Ainda que a retoma já esteja em marcha, o contexto não é de todo favorável a uma aceleração significativa do consumo na Europa.
Depois de vários meses sustentados por uma regressão da inflação na sequência de uma baixa dos preços das matérias-primas e da energia, o poder de compra vai, a partir de agora, ser afectado pelo retorno da alta dos preços. O aumento do índice geral dos preços na zona euro deverá rondar 1,7% em 2010, contra 0,5% em 2009.
Os consumidores europeus são igualmente afectados com um aumento do desemprego que se deverá manter nos próximos trimestres e baixar só no decurso de 2010. Além dos rendimentos do trabalho, os rendimentos patrimoniais das famílias e, nomeadamente, os ligados ao imobiliário, continuarão a diminuir sob o efeito da diminuição dos preços da construção.
Com efeito, neste campo, enquanto alguns países como o Reino Unido conhecem um início de estabilização, os mercados imobiliários, como é o exemplo de Espanha, mantêm-se globalmente deprimidos, sendo pouco provável um ressalto rápido.
Perante este cenário pouco animador, poder-se-á mesmo dizer que o aumento do desemprego e regresso da inflação, levam-nos a considerar que as perspectivas de consumo serão limitadas em 2010. Tanto mais que os factores que o sustentaram em 2009 deverão desaparecer progressivamente na sua maioria (plano de retoma fiscal dos governos, incentivos para a troca de carros para abate…). Ainda que as perspectivas também não melhorem de forma significativa e duradoura, a verdade é que as famílias poderão privilegiar uma poupança de precaução a desfavor do consumo. O que, considerando o peso do consumo no crescimento, constitui um risco importante para a consolidação da retoma, nos próximos meses.
Mas, apesar das medidas levadas a cabo pelo governo, o cenário não se revela animador. O aumento do desemprego e o regresso da inflação, levam-nos a considerar que as perspectivas de consumo serão limitadas em 2010. No entanto, as soluções low-cost poderão representar uma oportunidade de crescimento para o sector automóvel.
O êxito dos incentivos para a troca de carros e para abate no sector automóvel são reveladores de alguma eficácia relativamente a medidas tomadas pelo governo. Por outro lado, as autoridades monetárias intervieram para baixar as taxas de juro e diminuir o custo do crédito. O activismo das autoridades acabou por contribuir para a subida dos índices bolsistas elevando a confiança nos mercados, retomando a produção industrial e a estabilização das trocas comerciais.
É nesse contexto que o centro de estudos económicos BIPE, considera que a retoma económica terá uma amplitude limitada, nos próximos meses, nos países industrializados. No passado, o crescimento foi fortemente sustentado (sobretudo em Espanha e no Reino Unido) por excessos em determinados mercados, como o do imobiliário. Esta situação de crescimento excessivo, marcado por desequilíbrios, não deverá reproduzir-se num futuro próximo, ainda que seja difícil recuperar os níveis de crescimento pré-crise. Do lado das empresas, surgirão algumas dificuldades no que se refere à recuperação do investimento. As margens de manobra financeiras dos Estados para apoiar e estimular a retoma estão cada vez mais limitadas. Ainda que a retoma já esteja em marcha, o contexto não é de todo favorável a uma aceleração significativa do consumo na Europa.
Depois de vários meses sustentados por uma regressão da inflação na sequência de uma baixa dos preços das matérias-primas e da energia, o poder de compra vai, a partir de agora, ser afectado pelo retorno da alta dos preços. O aumento do índice geral dos preços na zona euro deverá rondar 1,7% em 2010, contra 0,5% em 2009.
Os consumidores europeus são igualmente afectados com um aumento do desemprego que se deverá manter nos próximos trimestres e baixar só no decurso de 2010. Além dos rendimentos do trabalho, os rendimentos patrimoniais das famílias e, nomeadamente, os ligados ao imobiliário, continuarão a diminuir sob o efeito da diminuição dos preços da construção.
Com efeito, neste campo, enquanto alguns países como o Reino Unido conhecem um início de estabilização, os mercados imobiliários, como é o exemplo de Espanha, mantêm-se globalmente deprimidos, sendo pouco provável um ressalto rápido.
Perante este cenário pouco animador, poder-se-á mesmo dizer que o aumento do desemprego e regresso da inflação, levam-nos a considerar que as perspectivas de consumo serão limitadas em 2010. Tanto mais que os factores que o sustentaram em 2009 deverão desaparecer progressivamente na sua maioria (plano de retoma fiscal dos governos, incentivos para a troca de carros para abate…). Ainda que as perspectivas também não melhorem de forma significativa e duradoura, a verdade é que as famílias poderão privilegiar uma poupança de precaução a desfavor do consumo. O que, considerando o peso do consumo no crescimento, constitui um risco importante para a consolidação da retoma, nos próximos meses.