Tive já a oportunidade de abordar esta candidatura potencial, logo que se começou a perceber esta realidade elementar: existindo muitas personalidades no Partido (designado de) Socialista com todas as condições para o exercício do cargo de Presidente da República, a verdade é que tais personalidades, ou não querem candidatar-se, ounão são razoavelmente apelativas junto do eleitorado.
Em contrapartida, e como pôde ver-se na anterior eleição presidencial, Manuel Alegre mostrou possuir as caraterísticas essenciais à captação do voto do eleitorado, só não sendo eleito pelos mil e um erros cometidos pelos partidos da designada esquerda. Tudo junto, o saldo foi a tangente vitória de Aníbal Cavaco Silva, que só conseguiu reunir cerca de trinta mil votos acima do nível então exigido para sereleito.
A prova de que Manuel Alegre é um candidato com as mais fortes condições para sair vencedor está na fortíssima persistência com que Pedro Marques Lopes, no Eixo do Mal, tanto procura mostrar que Cavaco Silva estaria perdido antes, sem a candidatura de Manuel Alegre, mas que esta se transformou, nos termos das suas palavras, no melhor trunfo de Cavaco Silva.
Acontece que Pedro Marques Lopes, de um modo absolutamente objetivo, é um jovem sincero, de molde que não consegue, ao menos tentar, vender gato por lebre. É como aquela histórica norte-americana: read in my
lips.
Para além de tudo isto, a candidatura de Manuel Alegre, se vier a ter lugar, reveste-se de toda a lógica, porque este primeiro mandato de Cavaco Silva como Presidente da República mostrou a sua permanente tendência para intervir, mesmo que indiretamente, na forma da governação, o que ficara já percebido com a ideia-chave da sua candidatura, e que foi a da cooperação estratégica.
Como pude já escrever, tratou-se de uma ideia sem grande conteúdo, porque o Presidente da República terá sempre de cooperar com o Governo, sobretudo, naquilo que é de importância estratégica para o País, pelo que tal expressão sempre foi vista como depois se pôde ver ao vivo, aquando da inenarrável historieta das escutas, ou vigilâncias, a gente do Palácio de Belém.
Simplesmente, com um Governo do Partido (designado de) Socialista em maioria relativa na Assembleia da República, uma nova vitória de Cavaco Silva será sempre um ponto de arranque para uma direita que sempre viu nas conquistas do 25 de Abril que ainda restam - Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social Pública - alvos a abater.
Nasceria, em tais condições, a desde sempre desejada, e até hoje nunca almejada, maioria-governo-presidente, mas agora de direita e num tempo sem outros valores que não o do dinheiro a rodos para uma ínfima minoria de portugueses.
Por tudo isto, um bom senso elementar determinará que um Presidente da República oriundo da esquerda e das lutas contra o regime constitucional da II República será sempre uma garantia para que a democracia se não venha a resumir aos dias de votos, já quase sem votantes, ou com o voto tornado obrigatório, para evitar a visibilidade do desinteresse pela coisa pública. Está, com esta eleição presidencial, imensa coisa em jogo...
Em contrapartida, e como pôde ver-se na anterior eleição presidencial, Manuel Alegre mostrou possuir as caraterísticas essenciais à captação do voto do eleitorado, só não sendo eleito pelos mil e um erros cometidos pelos partidos da designada esquerda. Tudo junto, o saldo foi a tangente vitória de Aníbal Cavaco Silva, que só conseguiu reunir cerca de trinta mil votos acima do nível então exigido para sereleito.
A prova de que Manuel Alegre é um candidato com as mais fortes condições para sair vencedor está na fortíssima persistência com que Pedro Marques Lopes, no Eixo do Mal, tanto procura mostrar que Cavaco Silva estaria perdido antes, sem a candidatura de Manuel Alegre, mas que esta se transformou, nos termos das suas palavras, no melhor trunfo de Cavaco Silva.
Acontece que Pedro Marques Lopes, de um modo absolutamente objetivo, é um jovem sincero, de molde que não consegue, ao menos tentar, vender gato por lebre. É como aquela histórica norte-americana: read in my
lips.
Para além de tudo isto, a candidatura de Manuel Alegre, se vier a ter lugar, reveste-se de toda a lógica, porque este primeiro mandato de Cavaco Silva como Presidente da República mostrou a sua permanente tendência para intervir, mesmo que indiretamente, na forma da governação, o que ficara já percebido com a ideia-chave da sua candidatura, e que foi a da cooperação estratégica.
Como pude já escrever, tratou-se de uma ideia sem grande conteúdo, porque o Presidente da República terá sempre de cooperar com o Governo, sobretudo, naquilo que é de importância estratégica para o País, pelo que tal expressão sempre foi vista como depois se pôde ver ao vivo, aquando da inenarrável historieta das escutas, ou vigilâncias, a gente do Palácio de Belém.
Simplesmente, com um Governo do Partido (designado de) Socialista em maioria relativa na Assembleia da República, uma nova vitória de Cavaco Silva será sempre um ponto de arranque para uma direita que sempre viu nas conquistas do 25 de Abril que ainda restam - Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social Pública - alvos a abater.
Nasceria, em tais condições, a desde sempre desejada, e até hoje nunca almejada, maioria-governo-presidente, mas agora de direita e num tempo sem outros valores que não o do dinheiro a rodos para uma ínfima minoria de portugueses.
Por tudo isto, um bom senso elementar determinará que um Presidente da República oriundo da esquerda e das lutas contra o regime constitucional da II República será sempre uma garantia para que a democracia se não venha a resumir aos dias de votos, já quase sem votantes, ou com o voto tornado obrigatório, para evitar a visibilidade do desinteresse pela coisa pública. Está, com esta eleição presidencial, imensa coisa em jogo...