Uma videira de aço

Paulo Moura, escultor transmontano que possui o seu atliê na vila nordestina de Carrazeda de Ansiães, terminou já a sua obra com que está a participar no Simpósio Internacional de Escultura que decorrerá até hoje na vila de Vinhais.

O escultor nordestino foi o quarto dos cinco artistas que participam neste evento a finalizar o seu trabalho, faltando apenas Carlos Barreira concluir a sua escultura intitulada de “Bulideira”.

A peça de Paulo Moura, ainda sem nome, forma um conjunto escultórico com 7 metros de altura e representa a torção da videira, já que o nome Vinhais sugere uma derivação etimológica da palavra Vinha.

Paulo Moura tem 38 anos de idade e aproximadamente 12 anos de carreira artística, tendo-se formado em Escultura na Faculdade de Belas Artes do Porto há apenas 2 anos.

Moura é a jovem aposta neste importante Simpósio Internacional de Escultura que conta com mais quatro escultores de grande reputação a nível internacional, como Manuel Patinha, Paco Pestaña, Carlos Barreira e Paulo Neves.

A obra do escultor transmontano inspira-se no universo telúrico da região que o viu nascer e que ainda acolhe o seu ateliê de arte, sendo um tributo e “uma alegoria inspirada na morfologia da cepa da videira que se ergue retorcida em altura como numa procura do infinito, tendo na sua base um socalco sustentado por um muro desmoronado, sugerindo o desaparecimento da própria vinha”.

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