Dispersão de sementes |
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dispersão de sementes A interação com fungos mutualistas e a dispersão de sementes são dois processos fundamentais para a conservação e regeneração dos ecossistemas. Este estudo, que compreendeu a análise de duas mil plantas de mais de uma centena de famílias da flora europeia, revela que a capacidade das plantas para estabelecer relações com os fungos do solo não condiciona a dispersão das sementes para longas distâncias.
Ou seja, «encontrar fungos mutualistas compatíveis não é um constrangimento importante para a dispersão das plantas. Descobrimos assim que, exceto em casos muito específicos, a evolução de estruturas de dispersão das sementes é vantajosa para as plantas e não é limitada pela disponibilidade de fungos mutualistas compatíveis», explica Marta Correia, investigadora principal do estudo, já publicado na revista Ecology Letters, uma das principais revistas da área.
A principal inovação do estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), «foi considerar as implicações cruzadas entre processos ecológicos que são quase sempre estudados de forma isolada. O nosso trabalho revela uma complexa “vida social” das plantas com importantes consequências ecológicas e evolutivas, ficando claro que apenas integrando os vários tipos de interações que formam o grande puzzle da vida das plantas e dos animais, poderemos compreender os mecanismos responsáveis pela geração e manutenção da biodiversidade», afirma, por seu lado, a ecóloga Susana Rodríguez-Echeverría.
«Face às alterações climáticas este conhecimento é essencial para desenhar planos de gestão que permitam a conservação dos ecossistemas», conclui.
Cristina Pinto (Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva