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Pedro Soares |
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Mas o seu estudo foca-se na Idade do Bronze, com a chegada a partir das estepes de homens pastoris e domesticadores de cavalos que falariam um ramo do indo-europeu, um tipo de língua das raízes do hinduísmo e que teria originado as línguas hoje faladas por mais de mil milhões de pessoas no Norte e Centro da Índia. A teoria é defendida por cientistas europeus, no modelo chamado “invasões arianas”, mas tem sido ferozmente rejeitado por nacionalistas hindus, que criticam ainda as conotações racistas e colonialistas.
“O hinduísmo é das civilizações mais antigas do mundo e terão sido migrantes arianos a ajudá-lo a nascer, segundo o estudo. Mas a última coisa que queremos com a ciência é insultar, o que fazemos é olhar, ler e interpretar”, diz Pedro Soares, que teve a caixa inundada de emais indignados. O artigo também tinha autores indianos, que pediram para sair aquando das conclusões. O estudo teve destaque na imprensa asiática.
No “The Hindu”, com 1.4 milhões de exemplares de circulação, houve centenas de reações na notícia online , levando mesmo ao fecho da secção de comentários. O trabalho uniu 16 investigadores das universidades do Minho, Porto, Huddersfield (Inglaterra), Sydney (Austrália), Edimburgo (Escócia) e Gales (País de Gales), incluindo oito portugueses – Pedro Soares, Marina Silva, Marisa Oliveira, Daniel Vieira, Andreia Brandão, Teresa Rito, Joana B. Pereira e Luísa Pereira.
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Ter as duas linhagens e o resto do genoma “deu muita força às conclusões”, que a equipa quer fortalecer. “Vamos tentar arranjar a nossa própria amostragem e avançar para mais análise genética, embora saibamos da dificuldade de não existirem fósseis humanos com ADN antigo da Índia ou estudos com dados suficientes, ao contrário da realidade da Europa", elucida Pedro Soares. O geneticista acrescenta que os homens falantes indo-europeus terão saído ao mesmo tempo das estepes para o subcontinente indiano e para a Europa central, influenciando também as línguas e a cultura deste continente. A teoria da migração global tem gerado cada vez mais consenso na comunidade científica.
Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem - Universidade do Minho
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva