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Mariana Gomes de Pinho.Créditos: Clara Azevedo/Ciencia Viva |
“Dentro da comunidade científica temo-nos debatido sobre qual é a força que provoca a separação física da bactéria em duas: será o esqueleto da célula, o citoesqueleto, que as empurra? Ou será que é a incorporação do peptidoglicano na formação da nova parede, pela sua rigidez, o responsável pelo empurrar do septo que vai separar as novas células? Conseguimos agora responder em definitivo a esta questão” conta Mariana Gomes de Pinho, líder do laboratório do ITQB NOVA onde o trabalho foi desenvolvido. “Aquilo que descobrimos permite incorporar os dois modelos que estavam a ser propostos, porque na realidade acontece um pouco de cada um deles, explicando os detalhes moleculares dos eventos”.
A divisão das células, chamada citocinese, ocorre então em dois passos: o primeiro, inicial e lento, é provocado pelo citoesqueleto e é responsável pela invaginação da membrana da célula mãe no sítio certo para se dividirem ao meio. O segundo passo é rápido, e é continuado pela incorporação do peptidoglicano nas duas novas paredes celulares.
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O objectivo era de entender de que forma é que os componentes da parede celular são postos no sítio certo de forma a permitir às bactérias resistirem ao ataque de antibióticos e se tornarem patogénicas. A investigadora Mariana Gomes de Pinho recebeu em Novembro de 2017 uma nova bolsa ERC para desenvolver novas ferramentas para tentar resensibilizar bactérias aos antibióticos aos quais se tornaram resistentes, para as quais estes resultados são fundamentais.
ITQB NOVA – Gabinete de Comunicação
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva