Paremos na rua para observar. Hoje temos no mundo Ocidental pelo menos sete gerações: A Geração Grandiosa ou Grande Geração que nasceu entre 1901 e 1924, que lutou na Segunda Guerra Mundial e que se desenvolveu durante a Grande Depressão.
A Geração Silenciosa ou Geração dos Pouco Afortunados que nasceu entre 1925 e 1945 e que lutou na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia. A Geração Baby Boomers que nasceu entre 1946 a 1964 após a Segunda Guerra Mundial, numa altura em que se deu um aumento na taxa de natalidade. A Geração X que nasceu entre 1965 e 1979 e que se desenvolveu num tempo hippie com ideais, que se desenvolveu num tempo incerto, hostil, de Guerra Fria, mas também num tempo em que viu nascer o computador pessoal, a internet, o telemóvel, a impressora e o e-mail.
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A Geração Z ou Nativos Digitais que nasceu entre 1991 e 2010 e que se desenvolveu num tempo de uma enorme expansão da internet e dos aparelhos tecnológicos, num tempo de uma conexão online ininterrupta, dos fones nos ouvidos e de um mundo global, num tempo de trabalhar a partir de casa ou num co-work, num tempo de ter um blogue ou um canal youtube, tornando-se numa geração que fala pouco e ouve ainda menos. Como é que estas sete diferentes gerações se movimentam? Como é que elas se exprimem? Como é que elas se vestem? Repararam nalguma diferença entre elas? Repararam nalguma particularidade de cada uma das sete?
Talvez já vos tenha acontecido que, para a mesma situação, uma pessoa da Geração Silenciosa vos disse “escreve-me”, outra da Geração Baby Boomers vos disse “telefona-me”, outra da Geração X vos disse “envia-me um email”, outra da Geração Y vos disse “envia-me um sms” e outra da geração Z vos disse “envia-me um whatsapp”.
Muitos falam de guetos geracionais. Outros de conflito entre gerações. Voltemos aos conceitos de conexão e comunicação. Há pelo menos quatro coisas que se pode fazer para manter uma boa conexão e manter as linhas de comunicação abertas entre estas sete gerações: 1. estar disponível, conversar e preocupar-se com as outras gerações;
2. conviver semanalmente numa actividade individualizada com as outras gerações, e conhecer e reconhecer os respectivos interesses e hobbies;
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4. repetir o que ouviu para garantir que se compreendeu correctamente, respondendo de forma que ouçam, e suavizar reacções fortes, expressando a sua opinião, mas reconhecendo que está certo discordar, resistindo a argumentar sobre quem está certo e concentrando-se nos sentimentos das outras gerações durante a conversa.
Estaremos a falar de um novo QI? O Quociente da Inteligência Intergeracional?
Marta Pimenta de Brito (Psicóloga)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva