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Henrique Girão |
O estudo, já publicado na revista “Cardiovascular Research”, foi realizado em duas fases. Primeiro em contexto clínico, envolvendo perto de uma centena de doentes e um grupo de pessoas saudáveis (para efeitos de controlo), e posteriormente em laboratório, com recurso a modelos animais de hipertensão pulmonar.
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Após o estudo das alterações observadas nos doentes, a equipa prosseguiu o trabalho em laboratório, para investigar as causas e implicações do aumento da MicroRNA-424(322) na doença. Os resultados obtidos permitiram identificar a forma como as alterações iniciais, ao nível do pulmão, são transmitidas ao coração.
A compreensão dos mecanismos de comunicação entre órgãos, neste caso entre o pulmão e o coração, «é muito importante para se poder ter uma visão mais integrada da doença. Assim, foi possível conhecer melhor como é que as modificações ao nível dos vasos do pulmão, que estão normalmente na base da doença, são transmitidas ao coração, em particular ao ventrículo direito, cujas paredes começam a ficar mais grossas e menos elásticas», sublinha Henrique Girão.
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O passo seguinte da investigação passa por aumentar o número de amostras de doentes, para haver uma validação consistente com vista a uma utilização clínica do marcador agora descoberto. «A ideia poderá ser, num futuro próximo, por exemplo num contexto de diagnóstico clínico, fazer a recolha de sangue, ir à procura deste MicroRNA e, consoante os níveis detetados, podermos antecipar e prever de que forma é que a doença vai evoluir», sugere.
Além da importância clínica e qualidade científica da descoberta agora publicada, Henrique Girão destaca ainda o facto de «este trabalho ter contado com a participação ativa, na componente de natureza laboratorial, de um clínico, o que é fundamental para o sucesso do estabelecimento da ponte entre a investigação fundamental e a investigação clínica».
Cristina Pinto (Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva