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Ana Ledo |
Ana Ledo explica que «a produção do mensageiro químico óxido nítrico apresenta na Doença de Alzheimer alterações muito diferentes das registadas num envelhecimento normal. Para além de comprometer a comunicação entre células, estas alterações poderão diminuir a capacidade das células produzirem energia para suportar o funcionamento regular do cérebro».
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Numa primeira fase da patologia o óxido nítrico é produzido em grandes quantidades num local específico do hipocampo, de modo a compensar as falhas de comunicação entre neurónios. A progressão da doença é associada no entanto a uma redução do óxido nítrico disponível para mediar o processo de comunicação, que se poderá explicar em parte pelo desvio da sua bioatividade. Neste contexto, o óxido nítrico reage dentro das células, produzindo-se moléculas com potencial tóxico.
A investigadora defende que «um melhor conhecimento dos processos bioquímicos, moleculares e celulares subjacentes ao desenvolvimento da doença de Alzheimer permite desenhar novas estratégias terapêuticas, no sentido de travar a progressão da doença ou reverter os seus sintomas».
O estudo foi realizado num modelo animal da doença de Alzheimer que desenvolve, ao longo da sua vida, características da doença semelhantes às observadas no ser humano. A evolução da patologia foi investigada através da observação do tecido do hipocampo de animais jovens, de meia-idade e idosos.
O estudo foi financiado pelo FEDER, QREN - Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013, com o apoio do Mais Centro e da União Europeia e Programa Operacional Fatores de Competitividade via Fundação para a Ciência e Tecnologia.