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Figura 1: O céu virado a Sul, às 20h00 do dia 9 de outubro de 2016. Em grande destaque o Triângulo de Verão, a apontar para Sul. (Imagem: Stellarium/Ricardo Cardoso Reis) |
Para os índios Norte-Americanos, as três estrelas desenhavam uma mão, com a linha Deneb/Vega a representar os nós dos dedos, e a linha Vega/Altair a representar o dedo indicador esticado. Quando a mão apontava para Sul logo ao anoitecer, era altura da migração das tribos para as paragens mais quentes a Sul, pois o tempo frio estava a chegar.
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Também no dia 8 vai ocorrer o máximo da chuva de meteoros das Dracónidas. Infelizmente este ano o crescente da Lua irá ofuscar a maioria dos meteoros desta chuva. Os mais velhos talvez se lembrem das verdadeiras tempestades que foram as Dracónidas de 1933 e 1946, anos em que o número de meteoros por hora durante o máximo ultrapassou os 10 mil! Estas foram duas das maiores chuvas de “estrelas” do séc. XX. No dia 9 a Lua atingirá o Quarto Crescente.
Dia 16 é dia de Super Lua Cheia, isto é, uma Lua Cheia que ocorre próximo da altura do perigeu (ponto de maior aproximação da Terra). A definição de Super Lua Cheia não é consensual (talvez por ter sido originalmente cunhada por um astrólogo, não por um astrónomo), e por isso dependendo da interpretação, o número de super luas num ano pode ser diferente. A de Outubro deste ano, no entanto, é consensual entre todas as interpretações.
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Figura 2: Na madrugada do dia 30 de outubro, os relógios atrasam 1 hora. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis/IA/Planetário do Porto) |
No dia 28, mesmo antes do amanhecer, uma Lua já bem pequena passará a apenas 1 grau de Júpiter. Depois do seu trajeto aparente no céu o ter levado a passar em frente ao Sol, que o ofuscou durante mais de um mês, Júpiter volta a estar visível no fim de outubro, agora antes do amanhecer.
O mês termina com uma Lua Negra no dia 30 – a segunda Lua Nova no mesmo mês (a primeira foi logo no dia 1). Também neste dia, que é o último domingo de outubro, voltaremos à verdadeira hora solar – os relógios devem ser atrasados uma hora, às 2h00 de Portugal Continental e da Madeira (volta a ser 1h00), e à 1h00 do Arquipélago dos Açores (volta a ser meia-noite).
Boas observações.
Ricardo Cardoso Reis (Planetário do Porto/Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva