Caça clandestina coloca em perigo a reserva natural de veados de Montesinho

Os veados do Parque Natural de Montesinho estão a ser ameaçados pela caça clandestina. A maior reserva portuguesa daquela espécie, situada na Zona Nacional de Caça da Lombada, próximo da cidade de Bragança, está a ser destruída por ações ilegais de caça, colocando em perigo os animais que integram esta reserva.

Caça clandestina coloca em perigo a reserva natural de veados de Montesinho
Entidades ligadas ao setor, denunciaram a situação e querem mudanças na gestão, noticiou a agência Lusa.

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Hernâni Dias, presidente da Câmara Municipal de Bragança mostra-se preocupado com a situação tendo garantido que vai levar a questão até ao secretário de Estado adjunto do Ambiente, na abertura da feira Norcaça, Norpesca e Norcastanha, que decorre, em Bragança no próximo fim-de-semana, entre os dias 27 e 30 de outubro.

Em declarações citadas pela agência Lusa o autarca eleito pelo PSD sublinhou que o problema já é muito antigo, sendo do conhecimento de vários governos, mas nenhum ainda encontrou uma solução capaz de potenciar esta mais valia cinegética com retorno económico para o território em causa.

Júlio de Carvalho, um dos autores da Lei da Caça que vigora atualmente disse, citado pela Lusa, que "em termos de riqueza cinegética a Lombada é um diamante por polir".

A Zona de Caça da Lombada já tem três décadas de existência com uma gestão da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), mas segundo alguns agentes locais está enfermada por alguns problemas extensíveis a outras realidades do atual Parque Natural de Montesinho.

O que se passa neste espaço cinegético é comparado pelos interlocutores à degradação das casas abrigo do Parque Natural de Montesinho", que durante anos enchiam-se de turistas, principalmente no inverno, e agora encontram-se ao abandono e vandalizadas", referem, e apontam a falta de fiscalização como o motivo principal que levou a um aumento gradual da caça clandestina neste espaço cinegético.

Esses mesmo agentes locais, onde se inclui a autarquia de Bragança, consideram que uma forma de resolução do problema consistiria em operar uma  mudança no modelo de gestão, que incluísse  a  participação camarária, a junta de freguesia e as organizações de caçadores locais.

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Hernâni Dias disse, citado pela Lusa, que "se tudo funcionasse de uma forma normal e houvesse uma exploração correta daquela zona de caça, o número de animais que seriam abatidos de forma legal teriam um retorno financeiro para o território”, salientando ainda que “na Zona de Caça da Lombada é onde existe o maior efetivo de veados do país", mas sem retorno económico para esta região, nomeadamente ao nível do turismo cinegético que poderia ser um elemento de atratividade capaz de "trazer gente de fora", para dinamizar as estruturas turísticas locais, defendem.

"É necessário que aquela zona de caça tenha uma atenção especial por parte das entidades gestoras para que possamos ter uma zona de caça devidamente gerida para que resultem benefícios para todos", defendeu o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, em declarações prestada à Agência Lusa.

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