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“Não me deixem cair”. Autarca de Mirandela exige solução para a estação de caminho-de-ferro da cidade |
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O autarca é perentório quanto à sua posição, tendo referido à Agência Lusa que a câmara municipal está disponível para adquirir o imóvel. "Estamos dispostos a pagá-lo, é preciso é que alguém se decida em relação a esta situação, porque a estação um dia destes cai e depois, nessa altura, quando cair, eu quero saber a quem é que é assacada a responsabilidade, porque a nós pouco nos interessa quem é o proprietário, nós queremos é uma solução para o edifício. Nós mais não podemos fazer, além de aceitarmos aquele edifício, se no-lo quiserem dar, e intervirmos nele e recuperarmos. Até já nos propusemos comprá-lo", afirmou o autarca citado pela Lusa.
Segundo António Branco "a propriedade da estação nunca ficou muito clarificada: a CP reclamava-a para si e a REFER reclamava-a também". Pelo meio ainda há a empresa Infraestruturas de Portugal (IP), para complicar ainda mais um processo que se tem vindo a arrastar por demasiado tempo. "Nós só pretendemos que alguém defina de quem é a estação", disse o autarca.
Esta indefinição sobre o verdadeiro proprietário tem vindo a repercutir-se no estado de completa degradação a que chegou o edifício, que na atualidade apresenta quase todos os vidros partidos e um processo gradual que se não for interrompido poderá culminar no seu desmoronamento.
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António Branco garantiu que já foram apresentadas, por parte da autarquia, propostas concretas para aproveitamento do imóvel, mas ainda ninguém deu uma resposta. O problema incide agora também na imagem turística da cidade, tanto mais que existe um projeto de reabilitação turística da linha que resulta do Plano de Mobilidade da Barragem de Foz-Tua e que poderá, num futuro próximo, trazer turistas para a região, sendo o ponto de paragem em Mirandela precisamente na estação de caminho-de-ferro que atualmente está completamente degradada.
Por isso, António Branco considera que um dos melhores aproveitamentos que poderia ser dado à estação era transformá-la numa unidade hoteleira para exploração turística, de forma a que aquele edifício se transformasse numa marca turística da cidade e atraísse turistas à região.