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| Representação artística mostrando a sonda Juno aproximando-se de Júpiter. Crédito NASA-JPL-Caltech. |
Durante 35 minutos, a sonda ligou o seu motor principal e diminuiu em 1900 km/h a sua velocidade de viagem. Isto permitiu a sua captura pela gravidade de Júpiter e Juno ficou numa órbita inicial com uma periodicidade de 53 dias. A entrada na magnetosfera de Júpiter ficou gravada num registo sonoro que se pode ouvir aqui . São 13 segundos de música espacial., a celebrar o “reencontro” cósmico de Juno com Júpiter!
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Mas a fase científica não vai começar já. Uma segunda manobra, prevista para 19 de Outubro deste ano, permitirá colocar a sonda na sua órbita polar final, essencial para os objectivos científicos da missão. E até lá, ainda terão de ser efectuados os últimos testes aos subsistemas da sonda, para além de calibrações dos nove instrumentos científicos e à câmara a cores de alta resolução, a JunoCam. Contudo, espera-se que esta câmara comece dentro de pouco tempo a enviar para a Terra imagens espectaculares da turbulenta atmosfera joviana. Refira-se que um sinal enviado por dois transmissores da sonda Juno demora 48 minutos a chegar à Terra, assim como as instruções a enviar pelo centro de controlo no JPL.
Despois, e ao longo de 20 meses, a sonda Juno irá realizar 33 órbitas em torno de Júpiter, passando por vezes a apenas 5 mil quilómetros do topo das nuvens da sua atmosfera, mergulhando repetidamente nos perigosos cinturões de radiação da magnetosfera do gigante gasoso (Júpiter tem 11 vezes o diâmetro da Terra e 122 vezes a sua área superficial). A missão tem como principais objectivos a observação da atmosfera, da magnetosfera e do campo gravitacional de Júpiter, com o intuito de testar as teorias que descrevem a formação deste tipo de planetas e compreender melhor a formação do nosso sistema solar, há 4,5 mil milhões de anos.
António Piedade
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
