Tudo clarificado

|Hélio bernardo Lopes|
Finalmente, o Governo de António Costa, deu a conhecer a realidade que envolve o caso dos contratos de associação. Bom, caro leitor, até mesmo eu consegui ver-me apossado de espanto.

Por um acaso, na manhã de hoje tive que deslocar-me com a minha mulher para longe da nossa zona residencial, onde nos foi dado falar com amigos já não contactados há muito. Pois o espanto era geral, logo que trazido o tema à conversa. Além do mais, todos tinham sido docentes, desde a área da educação infantil à da universidade. Um espanto geral.

No regresso, determinámo-nos a almoçar no McDonalds, onde é raro irmos. Já pela uma da tarde, eis que entrou nesse espaço um histórico colega meu de liceu, médico, acompanhado da mulher. Foi no que ficaram as apresentações. Um velho amigo, com que recordei rapidamente cenas inesquecíveis, colegas, professores e contínuos. E, como teria de dar-se, lá veio a conversa dos contratos de associação.

Facilmente se descortina a resultante geral das tomadas de posição, tendo a esposa do meu colega dito, a dado passo, que, assim, até ela gostaria de ter um colégio privado. E logo completou, com um ligeiro sorriso, para mais numa cara bonita e de uma jovem com classe: uma maravilha!

Espero agora que o Governo não venha a ceder à fantástica campanha de propaganda, por onde até foi possível a Daniel Oliveira descobrir aquela mudança radical de ponto de vista de Manuela Ferreira Leite sobre este tema. Se há um tempo atrás nos dizia que existe uma rede pública que, por motivo de reduzir tantos alunos, aquilo que está a acontecer é fechar escolas, porque está a diminuir a procura, no caso em que existe uma rede pública, porque é que nós vamos ter que apoiar uma rede privada, se temos uma pública e se vamos ter que a pagar e se não podemos deixar de a pagar?, disse-nos na passada semana que o problema foi levantado pelo Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, porque se em 2015 os critérios estavam estabilizados, as contas feitas, houve concursos, tenciona (agora o ministro) fazer o quê? É claro que não existe aqui uma evidente contradição formal, mas sim de posicionamento político.

Um dado é certo: o Governo de António Costa, graças ao ministro Tiago Brandão Rodrigues e à Secretária de Estado Alexandra Leitão, tornaram tudo clarinho. E aqui está como históricas considerações de Jorge Jesus até ajudam à clarificação desta “geringonça” dos contratos de associação.

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