Lamentavelmente, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa não se determina a pôr silêncio sobre a desde há muito perigosa ideia dos consensos. Uma ideia que pertence, muito acima de todos os restantes atores políticos, aos partidos e aos seus deputados eleitos.
Como muito bem conhece o Presidente da República, nunca, desde a entrada em vigor da Constituição de 1976, se conseguiram grandes consensos. Logo a começar pela votação do CDS histórico contra a própria Constituição de 1976. Mas por igual com as mil e uma vicissitudes em que o PSD se mostrou como o partido campeão. De resto, e como pude já escrever por vezes diversas, Francisco Sá Carneira era um liberal, não um social-democrata. O PSD, de um modo que só por má vontade se pode continuar a negar, nunca foi um partido social-democrata.sa ideia dos consensos. Uma ideia que pertence, muito acima de todos os restantes atores políticos, aos partidos e aos seus deputados eleitos.
Acontece que o anterior Governo da Direita, liderado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, fez o que a grande maioria dos portugueses pôde ver: deitou-se a destruir o Estado Social, privatizando tudo e umas botas mais, deixando Portugal e os portugueses muitíssimo pior do que estavam antes da sua chegada ao poder. E é bom recordar que o histórico PEC IV havia merecido o apoio da Comissão Europeia e de Angela Merkel. Não tivesse sido a lamentável posição do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes, e Portugal não teria sido atirado para as garras neoliberais que deixaram os portugueses no estado que se conhece.sa ideia dos consensos. Uma ideia que pertence, muito acima de todos os restantes atores políticos, aos partidos e aos seus deputados eleitos.
Por tudo isto, percebe-se facilmente que, mesmo no que resta da destruída democracia hoje presente em Portugal, não existem consensos possíveis entre partidos com preocupações sociais objetivas e outros de pendor neoliberal. Os primeiros estão em consonância com o espírito da Revolução de 25 de Abril e com a Constituição de 1976. Os segundos estão inteiramente dominados pela destruidora visão neoliberal. Ou seja: não há consensos possíveis, a menos que o PS, no âmbito desta ação do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, se volte a passar, com armas e bagagens, para a execução da política desde sempre pretendida pela Direita portuguesa, ou seja, pelo PSD e pelo CDS/PP.sa ideia dos consensos. Uma ideia que pertence, muito acima de todos os restantes atores políticos, aos partidos e aos seus deputados eleitos.
Será muito bom para Portugal, pois, que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa deixe de continuar a seguir as pisadas do seu antecessor, aceitando que quem governa em nome dos portugueses tem todo o direito – e o dever – em defender a Constituição da República e em cumprir o seu programa eleitoral. Já chega dessa perigosa ideia dos consensos (ao redor dos interesses da Direita).
sa ideia dos consensos. Uma ideia que pertence, muito acima de todos os restantes atores políticos, aos partidos e aos seus deputados eleitos.
Outra vez os consensos
Categorizado por:
Hélio Bernardo Lopes,
Opinião
/ Foi publicado
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Notícias do Nordeste
