Em projetos anteriores, investigadores do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) desenvolveram de raiz um programa de treino cognitivo e aplicaram-no em pessoas idosas com diagnóstico de doença de Alzheimer (fase inicial).
Este programa, que evidenciou «ser bastante eficaz», é constituído por exercícios de treino das capacidades mnésicas baseados em técnicas já testadas quanto à sua eficácia (aprendizagem sem erros, recuperação espaçada, eliminação de pistas, etc.).
Agora, a equipa pretende testar um programa semelhante em idosos saudáveis, com o objetivo de verificar a sua eficácia na prevenção do declínio da memória, típico do envelhecimento normal: projeto +Memória.
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O programa de estimulação de memória desenvolvido no âmbito da pesquisa, financiada pela Fundação Bial e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), consiste «num conjunto de tarefas com diferentes níveis de dificuldade, entre as quais, associação de faces e nomes, aprendizagem e evocação de listas de palavras (p. ex., lista de compras) e visualização de cenários visuais complexos (p. ex., paisagens), entre outras», explicam Ana Rita Martins e Lénia Amaral, investigadoras no projeto.
O plano, que inclui ainda «a estimulação neuronal (estimulação direta do cérebro)», fornece estratégias que «possam melhorar a capacidade mnésica dos idosos, ou seja, apresenta uma abordagem eficaz para prevenir o declínio da memória, uma das principais capacidades cognitivas que diminui com o envelhecimento. O objetivo é treinar a capacidade de memória de forma a melhorar o desempenho diário dos participantes e prevenir o declínio, promovendo um envelhecimento saudável», realçam as investigadoras do CINEICC.
Cristina Pinto
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva