Quinze anos de prisão para agricultor de Alfândega da Fé que escravizou pessoas

Ficou ontem provado em tribunal que um homem de 44 anos, residente na localidade de Santa Justa, concelho de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, escravizou e violentou cinco pessoas que trabalhavam nas suas propriedades agrícolas.

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O tribunal de Bragança deu como provado os factos de escravatura e violência de vária ordem sobre cinco pessoas de quem o condenado se aproveitou da sua vulnerabilidade para explorar de forma inconcebível.

"Julguei que isto envergonharia qualquer homem dos primórdios da civilização e a si ainda hoje não envergonha. Por isso vai condenado a 15 anos de prisão", afirmou o juiz Diogo Oliveira, no final da leitura da sentença, citado pela Agência Lusa.

As vítimas eram exploradas na sua força de trabalho, a quem o arguido, agora condenada, não pagava. O agricultor ainda cometeu repetidas ofensas sexuais sobre uma mulher do grupo.

Durante o julgamento o arguido não mostrou qualquer arrependimento e negou a acusação no início do julgamento, tendo concluído o coletivo de juízes que o arguido "atuou com dolo".

Durante o julgamento o arguido não mostrou qualquer arrependimento e negou a acusação no início do julgamento, o que levou o colectivo de juízes a concluir que o agricultor "atuou com dolo".

O arguido foi condenado a quase 30 anos de prisão por cinco crimes de tráfico de pessoas e um de posse de arma proibida, que, em cúmulo jurídico, resultou numa pena única de 15 anos.

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