Cerca de 68% dos portugueses manifestam essa preocupação, uma percentagem acima da média europeia (60%). A origem dos produtos é também tida em consideração por 73% dos consumidores em Portugal.
De uma forma global, os consumidores estão cada vez mais atentos à qualidade e ao impacto das suas compras. Atualmente, o impacto ambiental do consumo é um fator a que prestam atenção cerca de seis em cada dez europeus e mesmo 65% a 75% dos franceses, portugueses, húngaros, italianos e romenos. As mulheres são um pouco mais sensíveis do que os homens (63% contra 57% de homens), mas sem diferenças no que toca a faixas etárias.
Os portugueses estão também entre os europeus que, desde a crise, mais atenção dão à origem e composição dos produtos: cerca de 73% contra uma média europeia que ronda os 67%. À frente de Portugal está apenas a Roménia (86%), a Itália (83%) e a República Checa (75%), onde a percentagem de inquiridos interessados em conhecer a origem dos produtos é ligeiramente superior. Esta atenção dada à composição traduz-se pela escolha de produtos “livres de”, como confirmado pelo aumento do consumo de produtos orgânicos, seja em produtos alimentares, em cosméticos ou em vestuário de algodão orgânico.
«Nos últimos anos, a procura de produtos não poluentes e naturais tem-se afirmado como verdadeira tendência de consumo que se revela muito positiva para a proteção do meio ambiente e conservação das espécies. Os portugueses estão cada vez mais preocupados com a origem dos produtos e com o impacto que os mesmos possam ter no ambiente. Isto traduz-se na adoção de comportamentos de compra mais responsáveis e conscientes, que colocam Portugal à frente da média europeia», explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.
Para as análises e previsões deste estudo foram inquiridos 8.719 europeus (pelo menos 500 indivíduos por país, com idade superior a 18 anos) através da Internet, em 12 países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido, Hungria, Polónia, República Checa, Eslováquia e Roménia. Os inquéritos foram realizados entre 4 de novembro e 2 de dezembro de 2014 pelo Observador Cetelem, em parceria com a sociedade de estudos e consultoria BIPE, com base num inquérito barométrico conduzido pela TNS Sofres.
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