Movimento Cívico pela Defesa da Linha do Corgo (MCLC) indignado com a "venda" de automotoras

O Movimento Cívico pela Defesa da Linha do Corgo (MCLC) tornou publica a sua indignação face à última acção  realizado pela CP – Comboios de Portugal  e em ofício  enviado ao presidente da empresa o movimento mostra-se indignado com a "venda" das últimas automotoras que circulavam na Linha do Corgo.

O movimento documentou fotograficamente a recolha e o transporte das automotoras Diesel
O movimento documentou fotograficamente a recolha e o transporte das automotoras Diesel da serie 9500 (LRV 2000) que estavam estacionadas na Livração e na Régua, que presumem se destinarem a um negócio a realizar pela CP, mediante a venda deste material, o último a circular na Linha do Corgo. Algumas dessas fotos foram recolhidas por membros do MCLC e da Comissão de Defesa dos Utentes da Linha do Tâmega e ainda do MCLT.

Segundo o MCLC, numa carta que endereçou ao Presidente do Conselho de Administração da CP – Comboios de Portugal, Manuel Queiró, “a CP (Comboios de Portugal) ao não ter dado conhecimento prévio às autarquias locais e população “deixou patente uma imagem péssima, de descrédito, de desrespeito, e de algum desprezo para com todos aqueles a quem esta empresa publica deveria estar focada em servir e da melhor maneira possível através da prestação de serviços ferroviários”.

Nessa missiva , que foi também distribuída aos meios de comunicação social,  o MCLC exprime o “seu veemente protesto por esta medida” que contribui para liquidar mais uma das linhas estreitas da região transmontana, restando agora na região apenas a linha do Douro que ainda vai estabelecendo algumas ligações entre o Peso da Régua e o Pocinho.

O movimento documentou fotograficamente a recolha e o transporte das automotoras Diesel
“Nem sequer a CP admitiu a possibilidade de que estas automotoras pudessem contribuir para exploração de um pequeno segmento turístico nas vias estreitas ou quando muito para alimentar um núcleo museológico 'vivo' a situar na Régua, importante cidade entreposto do Douro, digna de tal. Ideias não faltariam certamente”, refere-se na carta enviada ao responsável da CP.

O MCLC defende “que linha do Corgo caso não tivesse sido desclassificada, teria todo o potencial para vir a fornecer um importante serviço ferroviário ao distrito de Vila Real, no transporte de passageiros e mercadorias mas também no segmento do turismo ferroviário onde as sublimes paisagens de montanha do eixo Régua-Chaves e a particular beleza romântica da vasta região termal que vai das Pedras Salgadas até Chaves seriam um motivo mais do que suficiente para uma forte aposta ferroviária”.

E por isso, diz o Movimento Cívico que a sua luta irá de encontro ao “potencial” que detém a Linha do Corgo, porque, consideram, se a Linha do Corgo estivesse “noutro país da UE e com outros operadores ferroviários, estaria a ser reactivada (como tem acontecido noutros países, em Espanha por exemplo) e constituiria um caso de sucesso, um grande dinamizador da economia regional, um bem de verdadeira utilidade publica tal como todos pretendemos”.

[post_ad]
O ofício enviado ao Presidente do Conselho de Administração da CP termina com uma má memória, que relacionam com as “situações e sentimentos de vergonha e revolta como aconteceu com a famosa “Noite do Roubo” em Bragança (linha do Tua),e mais recentemente com o levantamento de carris na estação de Vila Real em Outubro de 2011 numa altura em que a Linha do Corgo ainda não tinha sido desclassificada”.

O ofício de protesto do Movimento Cívico pela Defesa da Linha do Corgo (MCLC) pode ser lida na íntegra aqui .

www.CodeNirvana.in

© Autorizada a utilização de conteúdos para pesquisa histórica Arquivo Velho do Noticias do Nordeste | TemaNN