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|Hélio Bernardo Lopes| |
Aí nos foi dado ver, mais uma vez, uma outra materialização potencial da referida rede, referida pela Procuradora-Geral da República, e sobre a qual tive a oportunidade de alinhar algum pensamento meu. Ela está aí, bem à vista de todos, e produzindo novos dados sobre a sua ação, desde que as autoridades estejam atentas e se determinem a atuar à luz das funções que devem desempenhar.
Na altura em que a palavra rede foi proferida, de pronto surgiram concidadãos nossos, muitos deles juristas, expressando o sentimento de que a palavra conteria imprecisão, e por isso devendo a Procuradora-Geral da República materializar melhor a ideia que expendera. Mas, como logo se pôde perceber, a frase, mais que reconhecidamente verdadeira, incomodou muita gente, até porque, sendo vasto o domínio da rede em causa, nunca se sabe por onde poderão surgir de novo as autoridades. Uma chatice...
Pois, caro leitor, a rede é também isto mesmo – ao menos, uma sua parte –, o que mostra como seria sempre simples perceber o que Joana Marques Vidal expôs naquela sua entrevista. Sem espanto, não estranhei a aparente perplexidade de tantos concidadãos nossos, apresentando-se-nos como perplexos, quando estranho será nunca se ter percebido que a corrupção e a jogatina do pilim atravessa quase todo o nosso tecido social, desenvolvidas como têm sido ao longo da nossa III República. A rede é isto mesmo.