Museu Abade de Baçal |
A primeira exposição diz respeito a obras de desenho e pintura de Abel Salazar, intitulada “Abel Salazar, Luz e Sombra”. O desenho foi a sua primeira atividade artística, antes mesmo de se tornar um homem da medicina. As obras expostas fazem parte do espólio da Casa-Museu Abel Salazar (localizada em S. Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos) e do Museu do Abade de Baçal. “Graça Morais no Museu do Abade de Baçal”, é uma outra exposição que vai estar patente ao público, integrada no Plast&Cine, certame que distingue anualmente um artista plástico. Com coorganização do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais. “Segundo a Vossa Palavra”, uma coleção de obras de Arte Sacra, subordinada ao tema da palavra. Com coorganização da Diocese de Bragança-Miranda, constitui a terceira exposição que deverá passar pelo museu brigantino.
Ao longo da manhã serão várias as ações, entre as quais a conferência “Abade de Baçal, Vida e Obra”, proferida pelo Prof. Doutor Luís Carlos Amaral, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que pretende dar a conhecer a vida e a obra do Abade aos participantes.
No decorrer da tarde, a programação inclui também atividades para as escolas, com demonstrações experimentais, baseadas na “Ciência e o Abade”, além da apresentação do número especial da revista “Brigantia”, dedicada à obra do P. Ernesto Augusto Pereira Sales “Gente de Mirandela”, pelo Prof. Doutor Telmo Verdelho, entre outras ações de apresentação.
Francisco Manuel Alves, mais conhecido como Abade de Baçal, (Baçal, 9 de abril de 1865 — Baçal, 13 de novembro de 1947) foi um arqueólogo, historiador e genealogista português.
Nascido numa aldeia do concelho de Bragança, onde nasceram também seus pais Francisco Alves Barnabé e Francisca Vicente, foi ordenado sacerdote em 13 de junho de 1889, desde então, até a sua morte, tornou-se pároco da sua aldeia natal.
Dedicou a sua vida a recolher testemunhos arqueológicos, etnológicos e históricos respeitantes à região de Trás-os-Montes e, especialmente ao distrito de Bragança. Autodidata erudito, rústico e pitoresco.
A sua obra principal são as memórias arqueológicas-históricas do distrito de Bragança (1909-1947), em onze volumes.
Em 1925, foi nomeado diretor-conservador do Museu Regional de Bragança, que, desde 1935, é designado por Museu do Abade de Baçal em sua homenagem.