Afinal,...

|Hélio Bernardo Lopes|
Diz um velho ditado popular digno de registo que não há fumo sem fogo. Precisamente o que agora a Comissão Nacional de Proteção de Dados, (CNPD), nos veio confirmar ao redor do já histórico caso da Lista VIP. 

Uma lista composta apenas por quatro nomes: Aníbal Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Paulo Núncio. E se com os três primeiros parece até encontrar-se alguma lógica, muito para lá dos aspetos de legalidade, já no que respeita ao quarto caso, ele se nos mostra como deveras estranho.

Tal como há dias mostrei no meu texto, TEM A SUA LÓGICA, compreende-se que Paulo Núncio, tal como a Ministra das Finanças e o Primeiro-Ministro, não entendam que exista aqui uma qualquer responsabilidade política, uma vez que os portugueses, de um modo imensamente geral, nada ligam a estas coisas.

Outro é o caso da responsabilidade penal. Ao que hoje mesmo se noticia, a CNPD enviou para a Procuradoria-Geral da República, (PGR), as suas conclusões. De modo que ficamos agora à espera do resultado da PGR, sendo certo que, a uma primeira vista, o que nos explicou a CNPD será algo que nunca poderia ter lugar. Mesmo num país com o grau de laxismo reinante em Portugal.

Dizem alguns que as coisas da Justiça parecem estar a mudar para melhor. Como pude também já salientar, é minha convicção que tudo não passa de uma circunstância outlier. E este caso da Lista VIP é um excelente exemplo para se confirmar ou infirmar a minha convicção sobre a referida circunstância outlier. De resto, se acaso não erro, a CNPD é presidida por um juiz, o que sempre confere alguma garantia à conclusão agora publicitada e remetida à PGR. A ver vamos...

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