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| Pavilhão da Associação Empresarial Industrial de Bragança (NERBA) |
O tribunal de Bragança não reúne condições para acolher as mais de duzentas pessoas que estão envolvidas neste processo, entre arguidos, testemunhas e agentes judiciais, pelo que vai ser montado uma sala de audiências provisória dentro do pavilhão do NERBA que custará ao erário público, com encargos de montagem e rendas, cerca de 70 mil euros.
O esquema durou cerca de nove anos com situações ilegais de aprovação nos exames de condução teóricos e práticos.
Nesta investigação, que começou há mais de um ano, foram identificados “centenas” de condutores que beneficiaram de um esquema de corrupção, uma parte dos quais não reunia os requisitos mínimos para obter a carta, como saber ler e escrever.
Todos os que pretendiam obter uma carta de condução, mesmo que para o efeito não reunissem o saber e as habilitações mínimas consideradas como indispensáveis, pagavam valores que podiam oscilar entre o 2 mil e quinhentos e os 7 mil euros, de forma a ficarem possuidores do documento legal que os habilitava a conduzir um automóvel nas estradas públicas do nosso país.
O processo resulta de uma operação com o nome de código “Carta Branca” levada a cabo na Região Norte , e contou com a participação de investigadores da Directoria do Norte e das unidades de Vila Real e da Guarda que realizaram cerca de meia centena de buscas.
