Recordando Rui Machete

|Hélio Bernardo Lopes|
Uma notícia a nós chegada na passada semana, contava que cem combatentes estrangeiros ao serviço do Estado Islâmico haviam sido executados, dado que haviam tentado fugir do teatro de operações e das suas funções no quartel-general do Estado Islâmico em Raqqa, na Síria.

Ao que parece, o Estado Islâmico, em face de tais circunstâncias e do que as mesmas naturalmente parecem significar, terá agora criado uma espécie de polícia militar, que num ápice passará também a desempenhar funções objetivas de política-política. Ao que se noticia agora, parece que dezenas de casas terão sido bombardeadas e muitos membros do Estado Islâmico detidos. E tudo porque muitos dos que aderiram de-alma-e-coração ao Estado Islâmico estão agora desiludidos com a realidade que sobreveio.

Claro está que estas notícias podem ter como comando o serviço secreto britânico, de molde a criar nos potenciais interessados britânicos um sentimento de desinteresse. Até de medo. De resto, das imagens mostradas sabe-se pouco, mormente no domínio da localização e das identidades das vítimas ali apresentadas. Objetivamente, tudo pode não passar de contra-informação. Mas podem, por igual, ter fundamento.

É à luz desta hipótese que de novo me surgiu no pensamento Rui Machete, depois das referências que fez publicamente a alguns portugueses que estariam descontentes e desejosos de regressar e de deixar o Estado Islâmico. É a esta tal polícia militar que passará a competir a descoberta de quem, à luz do Estado Islâmico, esteja a vacilar na defesa dos seus valores. E por aqui se percebe agora o que, teimosamente, alguns pretenderam ser cabalmente inconsequente, ou seja, se essa tal polícia militar vier a tomar conhecimento daquelas declarações de Rui Machete, resta-nos imaginar como atuarão sobre a nossa pequena comunidade ao serviço do Estado Islâmico...

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